Facebook Twitter Instagram
    BrasileirasPeloMundo.com
    • Home
    • Sobre o BPM
      • Time do BPM
      • Autoras
      • Contato
      • Na Mídia
      • Blogs
    • Colabore
    • Custo de Vida
      • Quanto custa
      • Cheguei e agora?
      • Custo de Vida Pelo Mundo
    • Países
      • Alemanha
      • Austrália
      • Áustria
      • Canadá
      • EUA
      • Espanha
      • França
      • Inglaterra
      • Itália
      • Japão
      • Polônia
      • Portugal
      • Suécia
    • Mais
      • Dicas para viajar sozinha
      • Relacionamentos online
      • Turismo Pelo Mundo
      • Vistos
    • Intercâmbio
      • Intercâmbio pelo Mundo
    Facebook Instagram
    BrasileirasPeloMundo.com
    Home»França»O preço da ilegalidade na França
    França

    O preço da ilegalidade na França

    Carolina van HeesewijkBy Carolina van HeesewijkJune 13, 2016Updated:October 10, 201715 Comments4 Mins Read
    Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn Pinterest Email

    Dias desses estava numa padaria tranquilamente, quando uma cena me chamou a atenção: um senhor de idade avançada destratava, descaradamente, a funcionária que o atendia, pelo simples fato de que ela se negou a vender uma cerveja por um preço mais baixo do que estava sendo cobrado. Para encerrar a conversa, ele falou em alto e bom som que ela estava naquela função de atendente porque ela não tinha estudo. Pude observar que o cliente já era conhecido do estabelecimento, pois a própria dona do comércio reclamou que não era a primeira vez que ele fazia isso. Não pude, entretanto, deixar de notar como a moça que sofreu a ofensa se sentiu envergonhada por ter sido exposta daquela maneira sem necessidade alguma.

    Após presenciar esse pequeno incidente, parei para refletir como as pessoas podem se propor a viver ilegalmente num país estrangeiro, mesmo tendo consciência de que estarão sujeitas ao desprezo e a uma qualidade de vida degradante. A ilusão das pessoas que nunca pisaram fora do Brasil chega a ser preocupante, pois não levam a sério os conselhos que recebem. Por mais que os noticiários recentes confirmem as dificuldades que imigrantes passam, diariamente, em terras estrangeiras, pensam que a história será diferente com eles.

     

    Acredito sinceramente que ninguém mereça ser tratado sem respeito e consideração, independentemente da atividade profissional exercida ou nível social que pertença. Ocorre que, no mundo real, o preconceito está fortemente enraizado em toda e qualquer cultura, inclusive na cultura francesa.

    Embora a migração faça parte da história mundial, quando pessoas partem de uma região para outra com a finalidade de se estabelecer em outro local, nada impede que a intolerância cresça vertiginosamente. Tal qual no Brasil, a França é um país conhecido por ter uma grande diversidade de povos. Ao frequentar cursos de francês como língua estrangeira em Toulouse, tive a oportunidade de conviver com pessoas vindas da Tailândia, da Alemanha, da Rússia, do Congo, de países árabes, da Espanha, do Sri Lanka, da Síria, de Bangladesh, de Kosovo, de Portugal, dentre outros países que somente conhecemos de ouvir falar. Seja em razão de guerras civis em seus países de origem, de uma transferência de emprego ou simplesmente para acompanhar a família, todos têm suas peculiaridades culturais, com as quais aprendi muito sobre a vida.

     

    Entretanto, todos tinham algo em comum: haviam entrado legalmente na França. Muitos, inclusive, recebiam ajuda financeira do governo francês por serem refugiados de guerras ou de outras situações de risco. E não pensem que isso garante uma vida de facilidades, porque ainda assim as dificuldades de adaptação são muitas. A integração à sociedade francesa é gradual. Desde o aprendizado da língua francesa ao ingresso no mercado de trabalho formal, podem se passar anos.

    Em razão da grave crise política e econômica pela qual o Brasil está passando, escuto com muita frequência a vontade que as pessoas têm de morar num país onde possam viver melhor. Porém, quando pergunto se pretendem entrar legalmente no destino escolhido, tornou-se comum a resposta de que entrarão como turistas, sem solicitar um novo visto para regularizar sua situação legal. Sempre aconselho a procurarem uma bolsa de estudos ou uma oportunidade de emprego que lhes garanta um visto de permanência no país estrangeiro.

    Posso afirmar que morar no exterior não tem esse glamour todo que tantos procuram ao se aventurar em terras desconhecidas. Por mais problemas que nosso país tenha (e sei que não são poucos), o Brasil sempre será o país onde você possui mais oportunidades de subir na vida. Sinta-se acolhido em terras tupiniquins e abrace cada boa oportunidade para alcançar tudo o que mais deseja na vida. A real mudança começa conosco, não importa onde você esteja.

    Textos relacionados

    • Islamismo na França
    • A cultura do descartável na França
    • O poder das ruas e a reforma trabalhista na França
    • Atentado em Nice
    • A rotina logo após um ataque terrorista na França
    • Os benefícios da maternidade na França
    Clique aqui para ler mais artigos da mesma autora
    #brasileirasnafrança blog de brasileiras no exterior Franca ilegal imigrantes imigrantes na Europa morar na França
    Share. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Carolina van Heesewijk
    • Website

    Carolina é advogada especializada em Direito Tributário. Nascida em São Paulo, descendente de holandeses, tem o coração curitibano em razão de ter fortes ligações na capital paranaense. Apaixonada pela França, morou em Toulouse, com o propósito de aprender a língua francesa e conhecer novas culturas.

    Related Posts

    Como enfrentar essa onda de negatividade global

    September 20, 2021

    As férias do improviso

    August 11, 2021

    Você, sendo você mesma

    July 16, 2021

    15 Comments

    1. Francisco Nobre on June 13, 2016 5:45 pm

      Sensacional Carolina. É por aí mesmo. Tenho diversos amigos e parentes que imigraram. Aqueles que foram ilegalmente e/ou que tinham baixa qualificação profissional ou educacional são os que mais sofrem e se arrependem. O tempo que estão no país estrangeiro é gasto 200% com a sobrevivência e mal tem tempo de aprender a língua. Os que foram legalmente e que tinham uma boa formação, garantem sua sobrevivência e conseguem manter um padrão de vida semelhante ao que mantinham ou poderiam ter no Brasil.
      Enfim, o que aprendi é que, as oportunidades que existem por aqui, principalmente as criadas na última década, ainda tornam o Brasil mais atrativo para os brasileiros do que aqueles oferecidos no estrangeiro. É possível estudar, é possível encontrar uma colocação (desde que a pessoa esteja disposta a sair de seu bairro ou cidade ou estado, pois o país é imenso), é possível conseguir um moradia (para aqueles que se formam e garantem uma poupança morando com a família por um tempo), há mecanismos sociais que garantem transporte e saúde, mesmo para desempregados. São serviços ruins, com toda certeza, mas eles existem e estão à disposição (prova disso é que conheço diversos brasileiros que, mesmo morando fora, vem anualmente se tratar por aqui, alguns até utilizando o malfadado SUS). Para mim, a única justificativa para que eu decida pela imigração é a questão da violência urbana. Esse mal demorará para resolver, haja vista a degradação de nossas escolas e o descontrole estatal em nossas fronteiras (drogas e armas).

      Reply
      • Carolina van Heesewijk on June 14, 2016 2:26 am

        Olá, Francisco! Em primeiro lugar, agradeço sinceramente pela leitura do artigo. Concordo com seu ponto de vista. As dificuldades certamente serão imensamente maiores para quem não se prepara para a construção de uma vida no exterior, ainda mais para quem não se preocupa em legalizar sua situação. São tantos os fatores que levam os brasileiros a migrar para outros países. No meu ponto de vista, a violência urbana é o mais relevante. Após morar no exterior, senti o peso da violência no próprio bolso, porque limita nossa liberdade de ir e vir. Me vi obrigada a gastar mais com transporte particular, pois o medo nos impede de circular por lugares considerados perigosos, ainda mais em horários em que não há grande circulação de pedestres. Sua análise foi muito bem feita. Gostaria que mais pessoas tivessem a consciência que você tem. Abraços!

        Reply
    2. Elias on July 6, 2016 4:14 am

      Olá, qual é esse curso que vc faz em Toulouse?

      Reply
      • Carolina van Heesewijk on July 8, 2016 2:51 am

        Olá, Elias! Estudei francês língua estrangeira em associações dedicadas a apoiar os estrangeiros, não só no ensino da língua, mas em assuntos cotidianos. O custo é baixíssimo ou sequer são cobradas as aulas, uma vez que são ofertadas por pessoas que prestam serviço voluntário, inclusive por professores aposentados. Abraços!

        Reply
        • Cristiana Mara Arnoni de Carvalho Silva on November 1, 2018 3:49 am

          Olá Carolina, para conseguir visto os cursos que o consulado permite são os indicados pelo Campus France e são caros. Qual escola vc frequentou e foi através deste curso que vc conseguiu visto?

          Reply
          • Liliane Oliveira on November 2, 2018 1:23 pm

            Olá Cristiana,
            A Carolina van Heesewijk parou de colaborar conosco, mas temos outras colunistas na França que talvez possam te ajudar.
            Você pode entrar em contato com elas deixando um comentário em um dos textos publicados mais recentemente no site.
            Obrigada,
            Edição BPM

            Reply
    3. leila dos santos amorim on July 7, 2016 6:08 pm

      Muito bom seu post Carolina!

      Uma pessoa desorientada (em qualquer sentido) aqui no Brasil será uma pessoa desorientada em qualquer parte do mundo. A mudança ter que vir de dentro!

      Parabéns!

      Leila

      Reply
      • Carolina van Heesewijk on July 8, 2016 2:48 am

        Obrigada pelo seu comentário, Leila! Fico realmente feliz que tenha gostado do artigo! Concordo com você! Não importa o lugar que estamos no mundo, a mudança precisa ser de dentro para fora! Continue nos acompanhando! Abraços!

        Reply
    4. marco on September 18, 2016 1:42 am

      adorei sua colocação , li uma reportagem que falava que hossegor era uma exelente lugar para se viver e pegar ondas e a saude publica era uma das melhores do mundo , fiquei muito interessado em partir para lacom a cara e a coragem , porem agora estou mais pensativo , alguem conhece como é viver em hossegor ou biarridez

      Reply
    5. André on September 18, 2016 2:14 am

      Estava pensando em entrar e ficar ilegal sob conselhos de amigos, mas lendo este artigo, me fez reconsiderar a ideia, pretendo só visitar agora

      Reply
    6. kleber on October 11, 2016 3:07 pm

      Oi Carolina, bom dia!

      Parabéns pelo seu post, sensacional! Aproveito aqui para deixar um desabafo de um brasileiro que já morou na europa por 5 anos, e com imensas vontades de voltar. A minha vida não foi fácil quando criança, comecei a trabalhar com 14 anos, sou motorista profissional qualificado, só possuo faculdade da vida, eu tenho consciencia do que sou e a minha importância na sociedade onde vivo, o problema é que o país chamado Brasil não dá valor a essas pessoas como eu, portanto, imigrar e ser imigrante ilegal é uma opção vantajosa quando se tem o objetivo a educação dos filhos para que eles não passem pelas mesmas situações que estou passando. Brasil de poucos, europa também, humilhação por humilhação, procuro sempre o resultado final se vai compensar ou não. Já estou desgastado pelo tempo e pessoas, mesmo assim não desanimo, pois maior é o Deus a quem eu sirvo. Um abraço que Deus te abençoe e te guarde onde estiver,
      kleber

      Reply
    7. Simone on April 21, 2017 4:18 am

      Olá,me chamo Simone, fico um pouco constrangida no que vou dizer aqui. Minha família tão pouco sabe,mas a mais dê um ano conheci um estrangeiro aqui no Brasil,que é do país do Congo e que insistir em eu casa com ele para ajudá lo a ir para França.
      Sou dê uma família muito humilde, com muita luta conseguir me formar em Serviço Social, mas com tantas dificuldades dê conseguir um trabalho como assistente social. .fico desanimada do Brasil. Sempre tive o sonho dê conhecer, aprender , e mora em Paris . E diante destas dificuldades que estou enfrentando fico ainda mais com este sonho em minha cabeça.
      Este senhor do Congo, que pouco tempo eu conheci me disse que se eu poderia ajudar ele a ir para França, é que ele poderia me ajudar a ir para França também, mas que para eu poder ajudar ele teria que me casa com ele aqui no Brasil e assim ele consegui seu visto para ir para França.
      Fico grilada com tudo isso. .pois posso se julgada e tudo mais pela minha família. .sociedade ao tá pensando em aceitar a proposta desse senhor.
      Ainda não sei se terei realmente coragem dê me casar com este homem. .até pq pra ele ainda é um desconhecido. .terei e sempre tenho medo do que pode acontecer com minha vida se eu leva essa história pra frente.
      Não sei. ..nao sei. .

      Reply
      • Paulo on May 17, 2017 8:01 pm

        Não faça isso, nao o conhece e se ele nao e cidadão frances como vai te ajudar ficar na França, saia dessa ilusão e fique com sua familia e lute em seu pais.

        Reply
    8. Eriete Silva on May 26, 2017 12:34 pm

      Gostei, é verdade. À vida de emigrante não é fácil. Considero ilusão. Somos escravos fora de nosso país. Eu fiz muitas burra das para permanecer na europa. Casei com um portugues, fui Maltratada, humilhada, fuigi dele, senão me matava, fui agredida por ladroes, tive traumatismo craniano, fui sequestrada, vivi em abrigos, vim para França, fui traída por pessoas que considerava amigos, fiquei na rua, fui perseguida. Enfim, só tragedias. Agora, estou doente, sem tratamento, ilegal, sonho voltar para minha terra, mas não tenho condições financeiras. Será que vou morrer aqui? Não sei. Não aconselho à ninguém, sair de seu país, e ficar aventurando à tentar à sorte.

      Reply
    9. maria on February 6, 2019 1:57 am

      Dificil falar,eu nao moraria ilegal mas tenho compaixao por estas pessoas. Se essa mulher aturou esse desaforo foi pq as pessoas ao redor nao interferiram para ajudar outro ser humano. Se cada 1 de nos defendessemos os mais vulneraveis: deficientes, minorias etc.. nao teriamos cenascomo esta. A pior coisa eh o silencio de quem se considera bom,mas nao moveu uma palha para ajudar. Culpar a vitima eh facil,mas e defender ninguem quer ne. E se ela fosse surda>? se fosse idosa? todos se calaram… esse eh o ser humano. Desculpe a franqueza.

      Reply

    Leave A Reply Cancel Reply

    This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

    • Facebook
    • Instagram
    Polônia

    Dia de Finados na Polônia

    By Ann MoellerOctober 28, 20240

    Dia de Finados na Polônia O Dia de Finados é comemorado oficialmente pela Igreja Católica…

    Novas gírias e expressōes faladas nos Estados Unidos

    March 1, 2023

    Terremoto na Turquia

    February 10, 2023

    Natal em tempos de guerra

    December 21, 2022
    Categorias populares

    Green Card e Residência permanente após o casamento

    April 26, 2015

    Como morar legalmente na Espanha

    August 7, 2015

    Como estudar no Ensino Superior em Portugal

    August 14, 2014

    Como é morar em Santiago no Chile

    June 28, 2014

    Validação do diploma brasileiro nos EUA

    May 20, 2016

    Cinco razões para não morar na Dinamarca

    April 19, 2015

    É brasileiro e reside no exterior? A Receita Federal ainda lembra de você!

    February 9, 2017

    Passo-a-passo para fazer mestrado ou doutorado com tudo pago nos EUA

    March 2, 2016
    BrasileirasPeloMundo.com
    Facebook Instagram
    • Sobre o BPM
    • Autoras
    • Na Mídia
    • Anuncie
    • Contato
    • Aviso Legal
    • Política de privacidade
    • Links
    © 2012-2025 BrasileirasPeloMundo.com

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.