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    Home»Suíça»Uma latino-asiática em terras europeias
    Suíça

    Uma latino-asiática em terras europeias

    Fabi MesquitaBy Fabi MesquitaMarch 28, 2018Updated:March 28, 2018No Comments4 Mins Read
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    Uma latino-asiática em terras europeias.

     Então você chega na Europa, em Genebra, na Suíça. Lugar sonho de consumo de metade da população mundial e você não para de pensar na Ásia.

    Primeiro almoço? Você quer Pad Thai (uma espécie de noodle de arroz, normalmente servido com camarões ou frango e acompanhado de pimenta e amendoim picado).

    Daí você sai pra jantar e quer Pho, uma sopa típica vietnamita, preparada com macarrão de arroz, canela e outras especiarias. Ainda não achou onde comer “nasi goreng”, (arroz frito da Indonésia, cheio de temperos e mix de frutos do mar e ovo, acompanhado de picles de pepino e cenoura) mas já está procurando enlouquecidamente.

     Anda pela rua buscando o cheiro agridoce de Bali, o calor abafado da Tailândia, a doçura no tratar dos indonésios. Quem diria, sente falta do tráfego intenso de Jakarta e do sotaque fofo dos filipinos. Você não surtou com os chocolates nem com os queijos. Não está ansiosa pelo fondue. Acha tudo muito branco, muito colonialista, muito burguês.

     Leia também: 5 diferenças entre morar no Japão e nos EUA

    Você desejava mesmo é estar ao lado do “colonizado” vagando pelas ruas sujas da Ásia, sentindo o calor do sol a queimar sua pele, fazendo o coração arder e a alma se agitar.

    Você sente falta do aroma do jasmim e do frangipani, sente falta dos sorrisos fáceis e dos gestos simples. Quer andar com pouca roupa e os pés com os dedos de fora, sentindo e tocando o calor das ruas. Deseja o ardor da pimenta na língua e o calor fumegante de um prato ensopado no curry.

    Ah menina! Você acabou de vagar pelo centro de Genebra e nada lhe saltou aos olhos. Então vagou até o “Red Light District” – como é chamada na Europa a região onde se encontram os prostíbulos e boates para sexo fácil. Lá encontrou  trabalhadoras do sexo, pessoas refugiadas e pessoas em situação de rua. Lá encontrou os restaurantes árabes e asiáticos, e lojinhas de imigrantes que vendem de peruca afro à farofa. Se deu conta que estava sorrindo como boba para os estranhos na rua. Se sentiu mais em casa ali, no meio daquele pequeno caos.

     A humanidade daquele lugar, daquele gente, contrastavam completamente com a aparência higienista do resto da cidade. Aliás, a cidade é bem menos “chique” do que  ela imaginava, mas em cada quadra em cada ônibus ou banco de trem, é possível ver nitidamente quem é quem: quem são os imigrantes, os refugiados e os pobres. Se vê logo pelas roupas, pelo porte e no jeito de olhar. São muitos mundos imersos em um só.

     Adentrou mais e mais naquele torvelinho que circunda as ruas próximas à estação de ônibus e foi se perdendo entre as lojinhas de bugigangas, batiks, kapulanas (artigos têxteis tradicionais da Indonésia e da África), narguilés e cremes para cabelo.

     Ela avistou dois jovens sorridentes na frente de um restaurante Thai e algo a impeliu naquela direção. O restaurante era só uma pequena portinha no meio do nada, mas tudo cheirava tão bem. Uma mistura de aromas de incenso, chá e especiarias inundavam o ar. Pediu um arroz frito tailandês e sorveu cada especiaria daquele prato como se nunca houvesse provado algo tão bom.

     O toque da toalha de seda na sua pele trouxe agradáveis memórias. Memórias de cores, flores e tantos amores.  O povo, a cultura, a história e a fé dessa gente que tanto se impregnou nela.

     Os vietnamitas que mascam ervas para disfarçar a fome, os indonésios que são gratos à vida e a Deus até diante de tragédias como o Tsunami, que matou centenas de milhares de pessoas e desabrigou outras tantas. A gentileza do povo filipino, mesmo após terem sofridos tantos crimes de guerra, durante a guerra com o Japão. A resiliência dessa gente não se aparta da alegria nem da gratidão.

     A comida confortou a alma, ali ela gastou sua tarde falando com os atendentes asiáticos e lembrando dos bons tempos de Ásia.  De toda simplicidade e pobreza, mas também de todo o amor.

     Saiu de lá cantarolando… “meu coração vagabundo quer guardar o mundo em mim…”

    É menina, vai ser difícil tornar-se europeia!

    Você é do povo!

    É uma latina asiática.

    Uma cucaracha, uma lagartixa, uma libélula.

    Ainda bem…

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    Fabi Mesquita
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    Fabi é uma mulher de fibra, que carrega no coração o mundo inteiro. Jornalista e bailarina, tem mestrado em Educação, Arte e História da Cultura e é doutoranda em Antropologia, mas nem liga para esses títulos porque o que ela gosta mesmo é de estar no meio da moçada, promovendo Direitos Humanos e empoderamento popular. Atua com educomunicação e juventude desde que se entende por gente, e ganhou em 2015 o título de mulher inspiradora pelo coletivo feminista "Think Olga" que nomeia os destaques femininos em suas áreas de atuação. Fabi é consultora em comunicação e mobilização social e ja trabalhou para diversas agências das Nações Unidas, além do CDC de Atlanta, além de diversas ONGs e Fundos. Escreve para esse blog desde 2013. Ela tem rodinhas nos pés e asas nas costas. Talvez por isso alguns a chamem de fada. Não tentem descobrir de onde ela é, porque ela pertence a muitos lugares e ao mesmo tempo a nenhum. Essa aquariana de riso farto, tira leite de pedra por onde quer que vá. Saiu do Brasil para morar na Indonésia em pleno pós Tsunami sem falar nenhuma palavra de inglês, se virou bem e daí pras Filipinas e Vietnã. Fez uma pausa no Brasil e depois Suíça. Agora está em Myanmar. Por quanto tempo? Não se sabe. Ela segue à risca o conselho de Frida Kahlo que diz: Onde não puderes amar, não te demores...

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