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    Home»Dicas para aprender idiomas»Aprendendo o idioma birmanês
    Dicas para aprender idiomas

    Aprendendo o idioma birmanês

    Natalie LimaBy Natalie LimaAugust 17, 2017Updated:February 12, 20192 Comments5 Mins Read
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    Livros em Birmanes. Créditos: arquivo pessoal Sebastian Zmlatt, http://instagram.com/z.bastian
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    Uma das minhas maiores frustrações, enquanto licenciada em idiomas e linguista por hobby, é o fato de eu ainda não falar um idioma asiático fluentemente. Idioma asiático é algo muito abrangente, o correto seria indicar o ramo da família de cada idioma, mas como são línguas muito diferentes das ocidentais, me referir assim serve, para mim, como patamar para algo que ainda desejo atingir.

    O birmanês – também conhecido como língua de Myanmar – é uma língua sino-tibetana. O idioma, assim como mandarim e tailandês, e uma língua tonal. O que significa que um fonema pronunciado em tons diferentes, tem significados diferentes. Fato que pode causar bastante confusão para aqueles que aprendem. Esse é o idioma oficial em Myanmar e conta com cerca de 55 milhões de falantes nativos. A língua Myanmar tem seu próprio alfabeto, constituído por 33 consoantes e 12 vogais. A maior característica deste alfabeto são as letras circulares. A escrita é uma chamada abugida – com todas as letras tendo um “a” pertencente automaticamente. Existem os marcadores de tom e caracteres que modificam o som das letras, estes que são postos à direita, à esquerda, em cima ou embaixo das letras.

    A sequência na frase em birmanês é sujeito-objeto-verbo. Os pronomes podem variar de acordo com gênero e status – existem pronomes que indicam o grau de hierarquia, o respeito para alguém mais velho, por exemplo. Isso é algo muito importante na comunicação. O mais comum é a forma de tratar pessoas mais novas ou mais velhas por irmão/irmã mais novo ou mais velho. Ou para pessoas de mais idade ou em cargos importantes também é comum serem chamados de “mestre”: sayar na forma masculina ou  sayarmar na forma feminina. A linguagem usada para falar com monges difere da linguagem coloquial, sendo que há determinadas palavras e pronomes utilizados somente na comunicação com monges. Por exemplo: a palavra para sim – hote / hoke / hoke ba (variando um pouco de acordo com o grau de formalidade), na comunicação com monges é substituída por thinba.

    Em um monastério. Créditos: Pixabay,
    https://pixabay.com/de/users/LoggaWiggler-15/

    Muito importante no idioma é o uso de partículas, que podem indicar o tempo, formalidade, etc. Assim, para expressar respeito e formalidade, por exemplo, falantes do sexo feminino adicionam a partícula shin ao final de uma expressão ou frase. Já os falantes masculinos adicionam kamya. Para ilustrar melhor, um exemplo: muito obrigada, dito por uma mulher fica kyiezu thin ba tal (obrigada) shin (partícula de formalidade). Estas partículas também são usadas quando chamamos as pessoas e elas respondem, como nosso o “oi?” .

    Eu aprendi o básico de birmanês ainda na Alemanha, por alguns meses, porque o aprendizado do alfabeto exige tempo e faltava oportunidade para praticar. Chegando aqui, confesso que relaxei um pouco, cheguei a ter lições com uma professora particular, mas ela não tinha tempo, acabemos perdendo o contato. Após 6 meses, percebi que entendia muito mais do que sabia efetivamente. Entendo frases, palavras, as vezes o sentido da conversa. Consigo expressar coisas simples, como o que vou comer, perguntar o preço, falar com o taxista, indicar direções, etc. A maioria dos estrangeiros vivendo aqui não aprendem o idioma, além dos básicos “obrigado, olá”. Eu sou muito exigente em relação ao aprendizado de línguas. Por um lado, às vezes me falta a disciplina, e por outro, me sinto como se não falasse fluentemente nenhum destes idiomas por falta de capacidade intelectual, o que sei que não é verdade. Mas para mim a sensação é de ser uma lacuna – o fato de ainda não falar um idioma asiático, tão diferente das famílias das nossas línguas indo-europeias.

    Eu aprendi inglês sozinha, em parte com músicas e vivendo na Europa; aprendi alemão na faculdade, na Alemanha, onde também aprendi espanhol e sueco. Lá também cheguei a aprender russo, japonês, tailandês e birmanês. Aprendi o básico da gramática e conversação destes idiomas e alguma escrita: leio cirílico, parte do alfabeto japonês (Hiragana e Katakana), um pouco do alfabeto de tailandês e birmanês. Sempre achei tailandês um idioma mais fácil para aprender do que o birmanês; os tons são mais fáceis de identificar e a melodia é mais suave. Mas gosto de ambos. Decidi me esforçar mais nos estudos este ano, voltar a estudar com um professor particular e treinar.  Trabalho com birmaneses e no meu departamento, sou a única estrangeira, algo que posso usar a meu favor.

    Os birmaneses sempre ficam muito felizes quando encontram alguém que tenta aprender seu idioma, e quando esta pessoa sabe mais do que o básico, eles têm verdadeira admiração. O alfabeto birmanês é tido como um dos mais bonitos do mundo. Fato que me animou até a fazer uma tatuagem no idioma, mostrando assim minha relação com o país.

    Algumas frases básicas, além de kyizu thin ba tal (obrigado) e mingalabar (cumprimento, traduzido como olá mas com sentido mais complexo):

    nay kaung lar (como vai)

    sar bi bi lar (você ja comeu? uma pergunta muito cultural, como já mencionei neste artigo)

    balaung lay (quando custa)

    Myanmar saga nay nay pyo tar tal (falo um pouco de birmanês).

    Não há uma regra para romanização do idioma, na internet muitos utilizam o burglish, como é chamado o birmanês escrito em alfabeto latino. Para entender melhor a pronúncia dos termos acima recomendo este link.

    Me considero uma language hoarder. Perdi a conta de quantos idiomas diferentes eu aprendi pelo menos um básico e em casa tenho livros sobre várias línguas. Não há idioma que não valha a pena aprender, pois é sempre uma experiência enriquecedora que traz o bônus de aprender mais sobre a cultura. Segundo alguns estudos, o bilinguismo ajuda a prevenir contra o Alzheimer. Se assim for, taí um mal do qual eu não vou sofrer.

    Até a próxima, tha tha!

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    Natalie Lima
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    Natalie é paulista e formada em Letras no interior de São Paulo. Depois de 12 anos morando na Alemanha decidiu se aventurar pela Ásia; depois de um ano em Myanmar está no Vietnã onde trabalha com turismo. Viajante incansável, poliglota e com uma fraqueza pelo sudeste asiático.

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    2 Comments

    1. Solon Mota e Silva on August 19, 2017 12:50 am

      Prezada Natalie:
      Sou como tu e gosto de idiomas e cultura geral,porém teria as mesmas dificuldades que você em aprender idiomas orientais,e te consola que estudei iniciação em alemão e tenho livros etc….mas não evolui por inércia e não querer mais aulas,além disso preciso de aprender russo para viajar e ler o alfabeto cirílico e não iniciei nada aina,mas tenho livrose não estou tendo aulas.Aprendeste muito,e a dificuldade em língua oriental vais superar porque vives no país e as aulas te darão respaldo.

      Reply
      • Natalie Lima on August 29, 2017 5:13 am

        Bom dia Solon! Muito obrigada pelo comentário e peço perdão pela demora em responder. Eu gosto muito de aprender idiomas em geral, esse desejo de aprender idiomas diferentes e também ocidentais me fez aprender russo, japonês, tailandês e agora vivendo em Myanmar claro o idioma local. Nao sou fluente em nenhum deles mas realmente como você diz, estando no país tenho melhores chances de aprender corretamente, diferente de russo e japonês por ex., eu nunca sequer visitei estes países. Que bom encontrar alguém que compartilha esse interesse em idiomas 🙂 Realmente alemão não é dos idiomas mas fáceis, fico feliz por ter morado lá e assim poder ter aprendido fluentemente.

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