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    Home»Brasil»Brasil – Diferenças Culturais na Infância
    Brasil

    Brasil – Diferenças Culturais na Infância

    Fabi MesquitaBy Fabi MesquitaMarch 18, 2014Updated:June 3, 201411 Comments3 Mins Read
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    Primeiro dia de aula. Coloco a roupinha da baby Dija, (apelido da minha filhinha Khadija), deixo que escolha o sapatinho, acessórios no cabelo, elmo debaixo do braço. Tudo corre bem até a entrada da escolinha, quando ele então abaixa e começa a tirar a sandalinha do pé.

    Eu explico pra ela que ela tem que calçar o sapatinho e ela responde na lata!

    _Como assim mamãe? Não podemos usar sapatos dentro da escola.

    Recobro minha cara de pastel e insisto que o sapatinho é necessário. Que ela PRECISA usar o sapato para ir à aula. Ela replica:

    _ Mas mamãe você disse que não podemos levar a sujeira da rua para dentro da sala de aula, que o s “bichinhos” da sola do sapato sobem no nosso bumbum quando nós
    sentamos no chão! (argumento brilhante e super pedagógico que eu usava quando tinha que convencê-la a ficar só de meia num frio de três graus e umidade relativa do ar de 80 %).

    Daí você corta um dobrado tentando explicar que as culturas são diferentes, e que o que é certo para um povo não é necessariamente certo para outro povo…

    Daí minha mãe para fazer boas vindas prepara um maravilhoso conchiglione italiano, cheio de mussarela, gratinado com catupiry, divino! Minha filha olha e pergunta: O que é essa coisa melequenta?

    Eu explico que é um prato delicioso preparado com molho de tomate fresco, massa e queijo derretido (minha boca saliva só de falar sobre isso). Ela retruca:

    _Isso é yakiiii! Tem muita gosma! Macarrão bom é o do Bún chả (prato típico vietnamita com churrasquinho de suíno, verduras e vermicceli).

    Eu contenho a saliva na boca, porque Bún chả é uma coisa maravilhosa mesmo, e argumento que o conchiglione é delicioso, que a vovó que fez e blá blá blá. Ela agradece a
    vovó, chama de fofa, mas reitera que quer Bún chả, ou quem sabe Pho? (sopa vietnamita cuja receita já foi publicada aqui no blog). Vencida, vou buscar um sushi na esquina porque não teve quem convencesse a criança das delícias italianas. Assim ela passou todas as primeiras semanas, comendo “fried rice” (arroz refogado com temperos e verduras) sushi e peixe cru. Quando muito, um arroz com ovo mexido e legumes com “carninha”.

    Entramos no carro e explicamos que agora ela precisa andar de cadeirinha (em Hanoi só andávamos de taxi ou moto, não tínhamos carro), e ela faz uma cara de choque: _ Como assim, mãe? Você vai me amarrar?

    Eu explico que é pra segurança dela, que é uma coisa boa, que todo mundo precisa fazer isso, porque é um gesto de amor dos papais para com seus filhinhos, e ela então solta a pérola:_então os papais dos meus amigos de Hanoi não amavam as criancinhas? Lá ninguém usa cinto e muito menos cadeirinha que amarra.

    Suspiro fundo dez vezes e penso com meus botões… Está apenas começando! Rs. Negocio a cadeirinha em troca de um sorvete coreano (que tinha em Hanoi e ela amava),
    abro o google no celular numa busca desesperada por um restaurante vietnamita.

    Confesso, ela me deixou com água na boca, e finalmente admito: Também prefiro Bún chả que conchiglione!

     

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    brasil
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    Fabi Mesquita
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    Fabi é uma mulher de fibra, que carrega no coração o mundo inteiro. Jornalista e bailarina, tem mestrado em Educação, Arte e História da Cultura e é doutoranda em Antropologia, mas nem liga para esses títulos porque o que ela gosta mesmo é de estar no meio da moçada, promovendo Direitos Humanos e empoderamento popular. Atua com educomunicação e juventude desde que se entende por gente, e ganhou em 2015 o título de mulher inspiradora pelo coletivo feminista "Think Olga" que nomeia os destaques femininos em suas áreas de atuação. Fabi é consultora em comunicação e mobilização social e ja trabalhou para diversas agências das Nações Unidas, além do CDC de Atlanta, além de diversas ONGs e Fundos. Escreve para esse blog desde 2013. Ela tem rodinhas nos pés e asas nas costas. Talvez por isso alguns a chamem de fada. Não tentem descobrir de onde ela é, porque ela pertence a muitos lugares e ao mesmo tempo a nenhum. Essa aquariana de riso farto, tira leite de pedra por onde quer que vá. Saiu do Brasil para morar na Indonésia em pleno pós Tsunami sem falar nenhuma palavra de inglês, se virou bem e daí pras Filipinas e Vietnã. Fez uma pausa no Brasil e depois Suíça. Agora está em Myanmar. Por quanto tempo? Não se sabe. Ela segue à risca o conselho de Frida Kahlo que diz: Onde não puderes amar, não te demores...

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    11 Comments

    1. Cristiane Leme on March 18, 2014 2:56 pm

      Eu confesso que morri de rir ao imaginar a cara da sua bonequinha falando tudo isso! Crianças são muito espertas! E se é um choque gigante pra gente a mudança, pra eles, que ainda estão descobrindo a vida, deve ser talvez até mais chocante que pra nós! Uma coisa muito boa e positiva de tudo isso é a riqueza cultural que fica das experiências. Mais tarde a Khadija vai entender tudo isso, e vai ser eternamente grata a você e ao Fabio pelas experiências, você vai ver! E como dizem por aí, o tempo é o melhor remédio pra tudo. Boa sorte pra vocês duas na adaptação. Bjs

      Reply
    2. karla on March 18, 2014 3:59 pm

      Nossa Muito bom o texto pricipalmente neste mundo globalizados as criancas ainda sao bem sinceras com as diferencas 😉

      Reply
    3. Odalea on March 18, 2014 5:59 pm

      Muito bom, Fabi. Fiquei só imaginando a carinha dela nessas cenas todas.
      Bjs

      Reply
    4. Eliana Pisanis on March 18, 2014 8:59 pm

      Dija é uma fofa… se nós adultos sofremos com essas idas e vindas, imagina eles…

      Reply
    5. Priscila on March 18, 2014 10:15 pm

      Adorei o texto! Já morei na Ásia e realmente é difícil se adaptar e depois se readaptar a algumas coisas né?
      Beijos, Fabi =)

      Reply
    6. Wendy on March 18, 2014 10:17 pm

      Adorei o texto e me diverti muito com a Kadija !! Uma menina linda de alma pura !! Bjos !!

      Reply
    7. claudia alonso on March 19, 2014 12:19 am

      Amei. Docemente e totalmente lúdico!

      Reply
    8. Ana Carina on March 20, 2014 4:50 pm

      Muito lindo o texto Fabi, e tua filha com as respostas sinceras que coisa mais linda!!
      Bom tá aí,uma das coisas que marcaram ela !!

      Reply
    9. Ana Cristina Kolb on March 22, 2014 11:05 am

      Nossa Fabi imagino a saia justa que voce ainda vai ter que passar neste período de adaptação, mas as crianças se adaptam tapigo e com certeza estas experiencias unicas vao ficar na memória de voces pra sempre, super beijo pra coces queridas nesta fase de readaptação! Namasté 🙂

      Reply
    10. Michele on March 25, 2014 1:16 am

      Amei o post querida Fabi, ri muito! =D
      Nossa fofíssima Khadija é muito esperta, além de um anjo!
      Pureza demais numa pessoinha só!
      beijo para vocês!

      Reply
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