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    Home»Brasil»Brasil – O medo que algum dia o mar também vire sertão
    Brasil

    Brasil – O medo que algum dia o mar também vire sertão

    Fabi MesquitaBy Fabi MesquitaMay 5, 2015Updated:May 5, 20154 Comments5 Mins Read
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    Imagem de Maurício de Souza
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    A escassez de água afetará dois terços da população mundial em 2050, alerta a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Atualmente, cerca de 40% da população do planeta já sofre com a escassez de água. 

    Um dos últimos trabalhos que realizei no Brasil antes de me aventurar por oito anos de Ásia foi uma ação de educação ambiental voltada à temática da água.

    Um ônibus educativo levava atividades itinerantes de educação e conscientização sobre meio ambiente através do teatro de rua. Isso foi há cerca de dez anos atrás, e naquela época já tentávamos chamar a atenção do povo brasileiro sobre a questão da água como recurso natural em vias de escassez.

    Ninguém levava muito a sério. Eu era a “ecochata” de plantão.

    O Brasil sempre foi considerado como o país mais rico em matéria de água por possuímos o segundo maior aquífero do mundo, o Aquífero Guarani. Aquífero é um enorme reservatório de águas subterrâneas que se localizam a centenas de metros de profundidade. O Aquífero Guarani é o segundo maior manancial de água doce subterrânea do mundo. A maior parte (70%) da área ocupada pelo aquífero está no subsolo do centro-sudoeste do Brasil. O restante se distribui entre Argentina, Uruguai e Paraguai.

    Para se compreender o tamanho dessa reserva basta entender que ela tem capacidade para abastecer cerca de 400 milhões de habitantes com 43 trilhões de metros cúbicos de água doce por ano, ou seja, capaz de abastecer a população brasileira durante 2 500 anos. Eu digo teria porque em algumas regiões do Brasil essa reserva já vem sendo contaminada por agentes poluentes.

    Isso pode ser considerado um verdadeiro desastre, já que 39% dos nossos municípios dependem integralmente do abastecimento por águas subterrâneas.

    O Brasil conta com 27 aquíferos no total, além dos mananciais, o que nos coloca na condição “privilegiada” de possuir de 12 a 16% de toda a água doce disponível no mundo.

    Essa posição no ranking nos dava a falsa sensação de que a falta d’água no Brasil jamais seria um problema. No entanto, o crescimento do setor agropecuário, o desmatamento, as ocupações regulares e as mudanças climáticas ocasionadas pelo aquecimento global, nos afetaram consideravelmente.

    Até mesmo as “Águas de março”, imortalizadas na música de Tom Jobim, deram este ano espaço para a música “Tempo de estio” de Caetano Veloso.

    A crise de abastecimento nos pegou em cheio. Contrariando todas as expectativas de que a falta d’água nunca viria a nos ser um problema, estamos encarando uma crise hídrica sem precedentes na história do Brasil.

    O maior exemplo foi o colapso da cidade de São Paulo, que enfrentou sua pior seca em quase cem anos, mas outras localidades também foram bem afetadas. Diversas cidades de Minas Gerais suspenderam o carnaval de rua, cidades litorâneas conclamaram aos turistas não as visitassem nas férias Manaus conta hoje com mais de 626 mil pessoas sem acesso à rede de abastecimento de água.

    No entanto, embora tudo isso pareça muito novo, a situação dos recursos hídricos já vinha se degradando há tempos. Em 2002 o governo federal “encomendou”ao Tribunal de Contas da União, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência Nacional de Águas e Ministério do Meio Ambiente um estudo que avaliasse a situação real do problema e buscasse medidas preventivas a serem adotadas.

    O laudo concluiu entre outras coisas que: “a crise de água não é conseqüência apenas de fatores climáticos e geográficos, mas principalmente do uso irracional dos recursos hídricoso fato de que a água não é tratada como um bem estratégico no país, a falta de integração entre a política nacional de recursos hídricos e as demais políticas públicas, os graves problemas na área de saneamento básico e a forma como a água doce é compreendida, visto que muitos a julgam como um recurso infinito ”. Naquela época, a auditoria já demonstrava que a crise seria iminente em regiões metropolitanas como as de São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, e Belém, apenas para citar alguns. No entanto, muito pouco foi feito para prevenir o colapso que enfrentamos hoje. Para aprender mais sobre o assunto clique aqui.

    Para diminuir o impacto dessa situação, devemos cobrar dos governantes uma posição mais responsável (e sustentável) com relação ao uso dos recursos hídricos. De nossa parte devemos investir em uma verdadeira mudança de hábitos para combater o desperdício, gastando menos água e reutilizando-a sempre que possível. Faça como a Gisele Bündchen: xixi no ralo na hora do banho. Nada de duas horas no chuveiro! Desligue a torneira enquanto faz a barba ou escova os dentes. Acredite se puder mas todo esse desperdício pode levar à perda de até 80 litros de água! Fora isso, a gente já sabe: verifique vazamentos, feche torneiras e regule descargas e se eu te pegar lavando a rua com mangueira, te dou uma surra de frigideira ok? Ou de coelhinho, como diria a Mônica!

    Imagem de Maurício de Souza
    Imagem de Maurício de Souza

    Para finalizar, esse vídeo incrivel da agência publicitária DM9, que vai te fazer pensar um pouco.

    https://www.youtube.com/watch?v=c-jbYxNhEAI

    Para quem tem pequeninos, uma boa opção para conscientizar é esse trabalho com a turma da Mônica.

    https://www.youtube.com/watch?v=PQgYc9J5itA

     

     

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    Fabi Mesquita
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    Fabi é uma mulher de fibra, que carrega no coração o mundo inteiro. Jornalista e bailarina, tem mestrado em Educação, Arte e História da Cultura e é doutoranda em Antropologia, mas nem liga para esses títulos porque o que ela gosta mesmo é de estar no meio da moçada, promovendo Direitos Humanos e empoderamento popular. Atua com educomunicação e juventude desde que se entende por gente, e ganhou em 2015 o título de mulher inspiradora pelo coletivo feminista "Think Olga" que nomeia os destaques femininos em suas áreas de atuação. Fabi é consultora em comunicação e mobilização social e ja trabalhou para diversas agências das Nações Unidas, além do CDC de Atlanta, além de diversas ONGs e Fundos. Escreve para esse blog desde 2013. Ela tem rodinhas nos pés e asas nas costas. Talvez por isso alguns a chamem de fada. Não tentem descobrir de onde ela é, porque ela pertence a muitos lugares e ao mesmo tempo a nenhum. Essa aquariana de riso farto, tira leite de pedra por onde quer que vá. Saiu do Brasil para morar na Indonésia em pleno pós Tsunami sem falar nenhuma palavra de inglês, se virou bem e daí pras Filipinas e Vietnã. Fez uma pausa no Brasil e depois Suíça. Agora está em Myanmar. Por quanto tempo? Não se sabe. Ela segue à risca o conselho de Frida Kahlo que diz: Onde não puderes amar, não te demores...

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    4 Comments

    1. Beatriz Pacheco on May 6, 2015 3:11 am

      Nascemos e nos criamos com a idéia de que água é, realmente, um bem inacabável!
      “Cai do céu”, não é mesmo?
      Estamos rodeados de rios, lagoas, lagos…e esta idéia é reforçada… Entramos no chuveiro como se a responsabilidade de economizar água não fosse nossa… Daí, nossa amiga nos chama para lermos seu texto, e a chacoalhada é grande… Como nunca pensei nisto?! Ah, o que eu faço não é importante, não sou eu que vou fazer a diferença… Os outros que se preocupem com isto! E vamos levando as coisas, como se TODOS NÓS NÃO FOSSEMOS ABSOLUTAMENTE RESPONSÁVEIS POR ESTE PLANETA! Se cada um de nós fizer a sua parte, vamos conseguir, sim, garantir água potável para nossos filhos, netos , bisnetos…e toda a população que vier depois de nós. Mas, não basta só isto! Temos de educar nossa família para esta realidade que, apesar de não ser nova, só agora está nos “caindo a ficha” de que tem de ser JÁ a mudança de comportamento. A partir de HOJE vamos entender que cada um de nós é, também, responsável pela quantidade e qualidade que será consumida amanhã.
      Você topa o desafio de ajudar nesta mudança? Eu já topei! (y)
      Obrigada, Fabi Mesquita, pelo delicado e necessário “puxão de orelha”!

      Reply
      • Fabi Mesquita on May 6, 2015 12:52 pm

        hahah querida, eu diria que foi mais uma autocrítica do que um puxão de orelha, rs
        Obrigada por nos prestigiar :))

        Reply
    2. Marcos on May 21, 2015 5:14 am

      Muito legal o texto Fabi. Ja ouvi de amigos, imagina que para esperar o banho ficar quente, deixa a agua correr pelo ralo quase dez minutos… Complicado!

      Reply
      • Fabi Mesquita on May 21, 2015 2:12 pm

        vixi! Daí não dá né? rs
        obrigada pela visita
        bjs

        Reply

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