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    Home»Brasil»Brasil – Os Pets: A Saga
    Brasil

    Brasil – Os Pets: A Saga

    Fabi MesquitaBy Fabi MesquitaApril 21, 2014Updated:June 3, 20145 Comments6 Mins Read
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    Há algo que poucas pessoas se lembram de levar em consideração quando planejam sua viagem de volta pra casa. Os Pets! Trazer seu animalzinho de volta para o Brasil pode ser um verdadeiro drama. Dependendo do país, simplesmente não há companhias que tragam o bichinho. Felizmente há lugares como nos EUA onde os animais tem tratamento de família e podem até viajar dentro do avião, mas nem sempre é assim.

    Eu sou louca por bichos. Concorri seriamente a virar a “louca dos gatos”, numa época da minha vida em que montei um gatil no quintal de casa, que no auge da sua superpopulação, abrigou até 98 gatos de rua e 20 cães.

    Fora do Brasil eu adotei dois gatos (nas Filipinas): A Filomena, e o Ferdinando, que nós chamamos de gato gnomo, porque quando o encontramos era um gato minúsculo que morava dentro do oco de uma árvore, e se alimentava com lixo.O primeiro drama foi leva-los de lá para o Vietnam.

    A burocracia nas Filipinas é interminável. Relatórios mil, taxas, autorizações. Tudo envolvendo (muito) dinheiro. O processo demorou tanto para ser liberado que o primeiro relatório que certificava a boa saúde dos animais expirou. Era uma coisa insana porque o relatório só durava alguns dias e o processo dentro dos órgãos competentes durava mais do que o tempo de validade do documento expedido. Então quando saía a autorização do órgão, a autorização do veterinário expirava e você tinha que iniciar o processo todo de novo.

    Enfim os gatos foram enviados ao Vietnam numa madrugada. Fomos buscá-los e havia uma taxa desconhecida para retirá-los de lá. Nos recusamos a pagar e não nos informaram que o responsável pelo setor só chegaria no dia seguinte. A pessoa que estava ali nos disse que não teria problema algum não pagar. Voltaríamos no dia seguinte, encontraríamos o gerente do departamento e na sequência, se os bichinhos ainda estivessem lá, os levaríamos para casa. Para bom entender meias palavras bastam e lá fui eu ferir meus princípios pagando propina.

    Passei os dois anos da minha vida no Vietnam, exemplificado como esse tipo de atitude era horrenda e como nós éramos muito mais avançados em respeito aos animais. No entanto pra trazer meus gatinhos ao Brasil o drama foi muito pior. Nenhuma companhia queria trazê-los. Conseguimos através de uma veterinária especializada enviá-los ao Brasil por uma rota alternativa: Hanoi-Bangkok, Bangkok-Los Angeles, Los Angeles-Lima, Lima-São Paulo. Quase três dias viajando.

    Fiquei muito preocupada sobre como seriam tratados nas rotas asiáticas (puro preconceito) mas foi quando eles entraram na América Latina que o calvário deles começou. Até Los Angeles tive todas as informações sobre o estado dos gatinhos. Recebi e-mails, relatórios etc. Depois… Nada!

    A viagem por si mesma é um inferno, jaula, água de conta gotas, xixi na própria pata, comida racionada, medo, abandono etc., mas o que fizeram com os meus gatinhos foi uma coisa triste demais.

    Decepção

    Pra começar os gatos chegaram às 19 horas. Corri para o aeroporto mas fui informada que não poderia retirar os gatos no mesmo dia, porque o escritório para a liberação dos bichinhos fecharia as 20 e a liberação dos gatinhos atrasaria a saída dos funcionários. Pedi para ver os bichos e não pude, pedi para levarem água e comida e fui informada que os bichos não podem ser alimentados ou hidratados no aeroporto. Chorei, implorei, desesperei e nada!

    Manhã seguinte estava lá na primeira hora do expediente deles. Levei minha filha achando que seria um momento bonito. Ledo engano!A burocracia para retirada dos gatinhos aqui no Brasil fez as Filipinas parecer o país mais eficiente do mundo. Você passa pela cia área, pela saúde, pela importação, pelo setor de impostos, e em cada departamento você se depara com gente grossa, mau humorada e despreparada.

    Eu questionava o tempo todo se os gatos tinham água ou comida porque eles já tinham chegado exaustos da viagem e precisavam de amparo, mas ninguém se importava. Lá pelas 13 horas (eu cheguei lá antes das 8) o cara do setor de impostos me pediu 1000 reais (por gato) para tirar os gatos de lá. Fiquei passada!

    Um expatriado voltando para casa não tem que pagar impostos. O cara insistiu e disse que por ele tudo bem, que os gatos podiam ficar lá até que eu pagasse, mas que ninguém daria água ou comida para os bichinhos.

    Fiquei em pânico porque um despachante na fila me aconselhou a pagar a taxa e só depois processar o cara. Ele me contou que uma pessoa importou uns filhotes de avestruz e trouxe umas cartas comprovando a saúde dos bichinhos. De cinco deles um veio com relatório e carimbo mas sem assinatura. O despachante pediu para a veterinária ligar para confirmar que tudo estava correto mas ela disse que não era obrigação dela, que dava “muito trabalho” e que era mais fácil se livrar dos bichos.

    Assim, segundo ele, a veterinária mandou simplesmente incinerar os filhotes vivos. Resumindo a ópera, paguei a taxa (absurda já que se isso era dez por cento do valor do gato, supõe-se que eu paguei 10 mil reais num gato cego de rua, e mais dez numa siamesa de supermercado) e lá pelas quatro da tarde consegui autorização para retira-los do armazém.

    Horror

    Ao parar na porta já ouvia os gritos dos bichinhos. Perguntei em que sala eles ficavam e descobri que não há lugar para os bichinhos. A “carga viva” (como eles chamam), fica junto com o resto da carga, ao lado de containers e empilhadeiras que ficam pra lá e pra cá jogando caixas, rangendo e buzinando “em cima dos bichinhos”.

    Ninguém limpou suas jaulinhas, ninguém deu água nem comida. Suas patinhas estavam em carne viva e sem pelos. Estavam desidratados e com constipação, já que o excesso de fezes na caixa onde dormiam, os inibia de defecar.

    Filomena recuperou-se rápido. Ferdinando que tem a saúde frágil por conta dos maus tratos na rua ficou muito doente. A desidratação e a contenção da urina causaram 38 micro cistos em sua bexiga. A desidratação e desnutrição deixaram-no pele e osso e a constipação causou um fecaloma (pedra de cocô) que resultou numa cirurgia bem complicada.

    O desespero da minha filha ao ver os gatinhos saindo em pânico de dentro do armazém do aeroporto me doe até hoje.

    Acredito que os movimentos de defesa dos animais, os políticos ligados ao tema e as lideranças e artistas que militam por essa causa, deviam fazer uma visita surpresa para dar uma olhada em que condições esses bichos chegam. Alguém tem que olhar por eles…

    Meu conselho para quem vai mudar com os bichos é: Não meça esforços! Arranje uma companhia confiável para fazer a mudança e contrate um despachante para fazer a liberação no Brasil. Eles acabam tendo “corridas” que nós como indivíduos físicos não temos. Eu não fiz via despachante porque jamais imaginei que pudesse passar por tantos apuros, mas não faria assim novamente. Afinal tem coisas que não tem preço, e os bichinhos são nossos eternos companheiros!

     

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    Fabi Mesquita
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    Fabi é uma mulher de fibra, que carrega no coração o mundo inteiro. Jornalista e bailarina, tem mestrado em Educação, Arte e História da Cultura e é doutoranda em Antropologia, mas nem liga para esses títulos porque o que ela gosta mesmo é de estar no meio da moçada, promovendo Direitos Humanos e empoderamento popular. Atua com educomunicação e juventude desde que se entende por gente, e ganhou em 2015 o título de mulher inspiradora pelo coletivo feminista "Think Olga" que nomeia os destaques femininos em suas áreas de atuação. Fabi é consultora em comunicação e mobilização social e ja trabalhou para diversas agências das Nações Unidas, além do CDC de Atlanta, além de diversas ONGs e Fundos. Escreve para esse blog desde 2013. Ela tem rodinhas nos pés e asas nas costas. Talvez por isso alguns a chamem de fada. Não tentem descobrir de onde ela é, porque ela pertence a muitos lugares e ao mesmo tempo a nenhum. Essa aquariana de riso farto, tira leite de pedra por onde quer que vá. Saiu do Brasil para morar na Indonésia em pleno pós Tsunami sem falar nenhuma palavra de inglês, se virou bem e daí pras Filipinas e Vietnã. Fez uma pausa no Brasil e depois Suíça. Agora está em Myanmar. Por quanto tempo? Não se sabe. Ela segue à risca o conselho de Frida Kahlo que diz: Onde não puderes amar, não te demores...

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    5 Comments

    1. Ana Cristina Kolb on April 21, 2014 8:11 pm

      Nossa Fabi que absurdo, to horrorizada, mas infelizmente não estou surpresa, existem coisas no Brasil, que fica até dificil pra de imaginar que é possível, nos dias de hoje. ë uma vergonha a condição de tudo que diz respeito a esta area de importação & exportação, serviço publico de forma geral, eu irei no momento correto, relatar do que passei em um caso especial, mas como ainda não teve um final e se encontra em processo judicial, não posso falar ainda do assunto, pra não comprometer o caso, mas eu estou muito feliz de voce dar seu testemunho aqui. Acho importantíssimo darmos queixas e fazer conhecido estes casos, e como somos tratados por estes “profissionais” nada qualificados, corruptos, grossos, com ma vontade, eh um abuso total de poder, que começa do topo e vai definhando toda a estrutura abaixo, como dizem os alemaes, um peixe começa a feder pela cabeça. Mas amiga, se o respeito não existe em relação aos seres humanos, veja os hospitais públicos? é diferente? as pessoas ficam abandonadas em condições indescritíveis no corredor dos hospitais públicos como indigente, e isto pagando INPS entre outros impostos! Triste muito triste, desejo melhoras pro seus gatinhos e que sua filha possa esquecer este incidente horroroso um dia. Namasté 🙂

      Reply
      • fabi mesquita on April 21, 2014 10:16 pm

        Querida, meu gatinho ficou com sequelas horriveis desse episodio
        No dia que escrevi esse texto ele estava internado de novo porque qualquer stress agora ele desenvolve fecalomas de novo…uma tristeza. Morri de medo que ele morresse antes do texto ser publicado, mas gracas a Deus e ao melhor e mais querido veterinario do mundo, agora ele esta bem de novo 🙂

        Reply
    2. Fernanda Franco on April 21, 2014 10:58 pm

      Uau, que drama, Fabi! Fiquei chocada com seu relato, mas, acho que vale como um alerta para todos que tenham animais de estimacao e que pensam em mudancas! Isso e muito serio! Que pena dos bichanos! Eu tambem amo gatos e nao sei como reagiria numa situacao dessas! Espero que eles estajam todos recuperados e que sua filha esqueca logo do incidente. Essas pessoas deveriam ser punidas de alguma forma. Eh muito descaso com os animais! Bjs

      Reply
    3. Vânia Romão on April 22, 2014 7:00 am

      Fabi, tô chocado com esse relato. Tenho avaliado bastante se trago a minha cachorrinha para a Suécia e me corta o coração em pensar que ela pode sofrer de maus tratos. Tanto na vinda, como num talvez retorno ao país. Acho que é melhor ela continuar com os meus sogros, pois está sedo muito bem tratada.
      Espero que a saúde do Ferdinando tenha melhorado. Beijos.

      Reply
    4. Monica on May 23, 2014 6:27 pm

      Meu DEUS…………. chocada seria pouco pra expressar como estou agora. Cara……. SURREAL. Surreal também é pouco pra expressar…
      Não tem palavras, sério. Você não pode processar esse bando de lixo? essas coisas que se dizem humanos? Cara…….. s-u-r-r-e-a-l
      Eu não tenho estomago pra isso, na boa, partia pra cima de todo mundo ia presa, condenada, expulsa seila. Matava um pra compensar o sofrimento. Que desgraça de Pais esse Brasil ein?

      Reply

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