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    Home»Brasil»Brasil – Uma pátria para os refugiados
    Brasil

    Brasil – Uma pátria para os refugiados

    Fabi MesquitaBy Fabi MesquitaOctober 29, 2015Updated:October 29, 201523 Comments5 Mins Read
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    A crise dos refugiados tem ocupado espaço de destaque na mídia. As imagens chocantes e as histórias pavorosas têm feito muitos de nós questionarem onde foi parar a nossa verdadeira humanidade. Nós – que somos ou fomos expatriados – sabemos numa proporção mínima o que é estar longe de casa, da cultura, da família, do afago do nosso povo. Não temos ideia do que seja a dor do exílio e não podemos sequer imaginar o quão mais cruel ainda venha a ser a dor de um refugiado.

    Nenhum de nós conseguirá jamais mensurar o tamanho de uma dor dessa natureza.

    Como apagar de nossas mentes a imagem emblemática do corpo de um menino afogado na beira da praia? Leia sobre isso aqui

    Como mensurar a dor de um pai se culpando por não ter conseguido agarrar mais forte os próprios filhos? Leia a História

    Ao mesmo tempo, como não sorrir sozinha diante da imagem do homem que cruzou o mar Mediterrâneo carregando seu gatinho no colo?  Veja aqui

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    Foto postada em www.redetv.uol.com.br

    Como não se sensibilizar com as emocionantes histórias daqueles que se salvam e chegam “vivos”,  imersos em sonhos e esperanças, de uma vida nova. E como não se revoltar com imagens como a da cinegrafista húngara chutando o pai de família e a criança que fugiam de policiais de fronteira?

    O fato é que essa crise assombra o que nos resta de humanidade.

    Decidi escrever sobre refúgio porque recentemente uma amiga expatriada perguntou o que o Brasil tem feito com relação a tudo isso. E a boa notícia é: Nós não temos do que nos envergonhar.

    “O Brasil é um país de asilo e exemplo de comportamento generoso e solidário”, disse Antônio Guterres, do alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, durante sua visita ao Brasil, em novembro de 2005.
    De acordo com o site do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, ACNUR, órgão da ONU responsável por tratar dessas questões em todo o mundo, o Brasil nunca negou sua vocação para acolher necessitados. De acordo com dados do ACNUR, nós fomos o primeiro país do Cone Sul a ratificar o Estatuto dos Refugiados e um dos primeiros do mundo a fazer parte do comitê executivo dessa entidade.

    Abrigamos hoje mais de 7.200 refugiados de mais de 80 países diferentes. Oferecemos a eles proteção legal, documentação, direito a trabalhar, estudar e acesso às nossas políticas públicas. Nossa legislação sobre esse tema é considerada uma das mais avançadas do mundo.

    A crise mundial tem aumentado o número de refugiados em todo o mundo. Em 2014 o Brasil reconheceu pedidos de refúgio de 18 países, sendo que a maioria dos solicitantes veio da Síria.

    Além do ACNUR, os refugiados contam ainda com o apoio do Comitê Nacional para Refugiados, o CONARE; de organizações da sociedade civil e do setor privado; e com diversos comitês governamentais estaduais e municipais que ajudam na integração dessas pessoas em nível local, através da criação de Redes de Proteção.

    Num esforço de sensibilizar a população brasileira sobre essa situação o governo lançou a campanha #CompartilheHumanidade.

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    Gentileza gera gentileza

    Quando fui ao Líbano pela primeira vez eu me assustei quando, ao aguardar na fila da imigração, uma pessoa muito simpática me abordou e perguntou se eu era brasileira. Como ele sabia? Brasileiros não ficam na fila, ele me disse: Há uma entrada especial para vocês.
    – Por que uma entrada especial para nós? – perguntei.

    – Porque vocês acolheram nosso povo como nenhum outro fez. Hoje, existem mais libaneses vivendo no Brasil do que no Líbano. Nossa obrigação é retribuir essa bondade.

    Emocionei-me às lágrimas.

    O fato é que temos uma vocação para o acolhimento. Nossa pátria abriga asiáticos, árabes, africanos, europeus…

    Em uma palestra sobre o dia do trabalhador humanitário que assisti no ano passado um espectador estrangeiro que vive no Brasil há mais de trinta anos tomou a tribuna e fez um depoimento emocionado sobre o Brasil ter sido um dos primeiros países do mundo a enviar alimentos a países devastados pela guerra.

    Nós, àquela época, mesmo defasados pela fome, partilhávamos o que tínhamos fraternamente.
    Em meio ao momento de crise política em que nos encontramos, gosto de trazer à memória aquilo que me dá esperança. Tenho decidido fugir de postagens críticas ou amargas, porque mesmo com toda corrupção, violência e desesperança nas quais nos encontramos imersos, ainda há um Brasil do qual me orgulho.

    Se temos meia dúzia de xenófobos e racistas que atiram bananas em negros refugiados, temos milhões de pessoas solidárias amorosas e generosas como a senhorinha que abraçou um senegalês desconhecido pedindo perdão em nome de todos os outros que não são nosso Brasil de verdade.

    Prefiro crer no Brasil de Sergio Vieira de Melo, Betinho, Zilda Arns, Marias, Josés e tantos outros que, como eu, acreditam em um mundo com mais pontes e menos cercas, e onde nenhum inocente “tombe”ante à falta de amor.

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    Para ajudar no Brasil (clique no título para acessar a página de cada entidade)

    Médicos Sem Fronteiras – Atende refugiados em todo o mundo. Aceita doações.

    Cáritas – Possui sede no Rio e em São Paulo e é uma das entidades mais antigas a atender refugiados no Brasil. Aceita doação em dinheiro e de itens pessoais como roupas e material de higiene.

    Casa do Migrante / Missão Paz – Em São Paulo, oferece abrigo e a migrantes e refugiados desde 1978. Oferece também ajuda humanitária para procura de emprego e aprendizado do português através de aulas ministradas por voluntários. Aceita voluntários e doações.

    ADUS –  Organiza aulas de culinária ministradas por refugiados e permite visitas para as crianças.

    ONU (Via ACNUR) – Aceita doações mensais para comprar alimentação e água para os refugiados em todo o planeta.

     

    Dados técnicos retirados do site www.acnur.org

     

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    Fabi Mesquita
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    Fabi é uma mulher de fibra, que carrega no coração o mundo inteiro. Jornalista e bailarina, tem mestrado em Educação, Arte e História da Cultura e é doutoranda em Antropologia, mas nem liga para esses títulos porque o que ela gosta mesmo é de estar no meio da moçada, promovendo Direitos Humanos e empoderamento popular. Atua com educomunicação e juventude desde que se entende por gente, e ganhou em 2015 o título de mulher inspiradora pelo coletivo feminista "Think Olga" que nomeia os destaques femininos em suas áreas de atuação. Fabi é consultora em comunicação e mobilização social e ja trabalhou para diversas agências das Nações Unidas, além do CDC de Atlanta, além de diversas ONGs e Fundos. Escreve para esse blog desde 2013. Ela tem rodinhas nos pés e asas nas costas. Talvez por isso alguns a chamem de fada. Não tentem descobrir de onde ela é, porque ela pertence a muitos lugares e ao mesmo tempo a nenhum. Essa aquariana de riso farto, tira leite de pedra por onde quer que vá. Saiu do Brasil para morar na Indonésia em pleno pós Tsunami sem falar nenhuma palavra de inglês, se virou bem e daí pras Filipinas e Vietnã. Fez uma pausa no Brasil e depois Suíça. Agora está em Myanmar. Por quanto tempo? Não se sabe. Ela segue à risca o conselho de Frida Kahlo que diz: Onde não puderes amar, não te demores...

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    23 Comments

    1. Thais on October 29, 2015 6:32 pm

      Texto emocionante e verdadeiro, muito apropriado para o momento.
      Grande abraço!

      Reply
      • Fabi Mesquita on October 29, 2015 6:44 pm

        Oi querida, que bom que gostou! Um momento difícil para todos que se importam!
        Obrigada por fortalecer minha voz
        bjs
        Fabi

        Reply
        • Rachel on December 12, 2015 10:54 pm

          FIQUEI TÃO EMOCIONADA QUE ATÉ CHOREI! LINDO TEXTO FABI, PARABENS!

          Reply
          • Fabi Mesquita on December 12, 2015 11:00 pm

            Ah querida! Que lindeza que minhas palavras te tocaram. Muito obrigada pelo teu carinho. Visite-nos sempre 🙂

            Reply
      • Fabi Mesquita on October 31, 2015 5:19 am

        Que bom que gostou!

        Reply
    2. Dyemison on October 30, 2015 11:50 am

      Texto de uma profundidade ímpar! Parabens

      Reply
      • Fabi Mesquita on November 5, 2015 6:35 pm

        Obrigada querido, visite-nos sempre 🙂

        Reply
    3. Jefferson on October 30, 2015 5:05 pm

      Eita… esse texto emocionou e vai deixar meu dia melhor!

      valeu.

      Reply
      • Fabi Mesquita on October 31, 2015 5:18 am

        Tem coisa melhor que melhorar o dia de alguem?
        Obrigada

        Reply
    4. Jo Dantas on October 30, 2015 7:05 pm

      Oi Fabi, adoro tudo o que vc escreve sempre com muita cautela e discernimento. Parabéns.Bj

      Reply
      • Fabi Mesquita on October 31, 2015 5:16 am

        Que bom que gostou!
        Venha nos visitar mais vezes
        Bjs

        Reply
    5. Paulo Márcio on October 30, 2015 11:15 pm

      Belíssimo texto, Fabi! Sempre me emocionei com elogios à nós, brasileiros, feito por estrangeiros. Não foi uma vez só que atendentes e garçons me disseram que nós sempre respondemos aos “bons dias”, nos despedimos e falamos sempre “por favor” e “obrigado”. Quando li o que a senhora lhe disse no aeroporto no Líbano, me emocionei “antes de você”.
      Bjs minha cara! Parabéns!

      Reply
      • Fabi Mesquita on October 31, 2015 5:14 am

        É bem verdade
        Quando fui embora da Indonésia, a porteira do prédio onde eu morava, disse: E agora? Quem vai me dar bom dia dizer que eu tô bonita?
        Que nunca percamos essa doçura
        Obrigada pela visita viu? Volte sempre????

        Reply
    6. Angela on October 31, 2015 11:29 am

      Texto lindo e sensível como sempre, Fabi!

      Reply
      • Fabi Mesquita on November 5, 2015 6:34 pm

        Muito obrigada querida
        Acho que a situação requer certa delicadeza 🙂

        Reply
    7. Cristina Raposo on October 31, 2015 7:46 pm

      Fabi, este assunto tem ocupado meu coração diariamente, como expatriada que ja fui. Voce expressa o meu sentimento de preocupação, sempre lembrando que o mundo precisa de mais amor. Um beijo, flor.

      Reply
      • Fabi on November 3, 2015 2:11 pm

        Muito, muito amor, e de pessoas como você que lutam para que esse amor se espalhe 🙂

        Reply
    8. Marcos on November 5, 2015 4:41 pm

      Vendo esta foto do link (europeus fugindo para a Africa), faz a gente pensar nas voltas que este mundão dá….bjs

      http://1.bp.blogspot.com/-n5CpnK8GhJM/Vhz2r_75-CI/AAAAAAAAUr0/n6p34pMRePE/s1600/Europeus%2Bbuscando%2Bref%25C3%25BAgio%2Bna%2B%25C3%2581frica%2Bdo%2BNorte%2Bdurante%2Ba%2BII%2BGuerra.jpg

      Reply
      • Fabi Mesquita on November 5, 2015 6:33 pm

        Pois é….e como diz uma amiga, se não gosta de imigrantes, então devolva a terra que tomou aos indígenas 🙂

        Reply
    9. Ulisses Lacava on November 6, 2015 2:10 pm

      Fabi, emocionante teu relato, faz a gente sentir também orgulho pelo Brasil que está no caminho certo, que respeita e acolhe. Deu vontade de ir ao Líbano e abraçar o senegalês. Espero que a generosidade persista, apesar da minoria insensível e rancorosa. Bjs

      Reply
      • Fabi Mesquita on November 7, 2015 4:14 pm

        Que essa minoria mingue até sumir! E que nós possamos amar amar e abraçar muito a todos os povos que por aqui desembarcarem 🙂
        Obrigada pela visita !!

        Reply
    10. Fabíola Ottati on December 10, 2015 6:46 pm

      delicia de texto! bom poder sentir orgulho de sermos quem somos!

      Reply
      • Fabi Mesquita on December 11, 2015 12:35 pm

        Bom saber que nem só de erros, corrupção e pobreza vive a nossa nação, né? Visita a gente sempre! Beijos

        Reply

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