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    Clube do Bolinha

    Cassius Gonçalves da Revista TRENDR

    Cristina HélciasBy Cristina HélciasJune 8, 2018Updated:June 8, 2018No Comments8 Mins Read
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    Cassius e Fernanda - Foto cedida pelo casal
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    Cassius Gonçalves da Revista TRENDR.

    Para a Coluna do Clube do Bolinha, o BPM apresenta o Cassius Gonçalves. Ele é historiador, mora em Omã e expõe o ponto de vista do marido que saiu do Brasil para seguir a carreira profissional da esposa, contando como, nesse meio tempo, criou a TRENDR, revista brasileira de maior relevância no MEDIUM.

    BPM – Como surgiu a ideia de deixar o Brasil? Há quanto tempo estão fora?

     Cassius – Nossa saída do Brasil não é referência. Saímos em uma condição muito favorável, pois foi uma oportunidade que veio da empresa da minha esposa. Logo, tivemos suporte para o processo de mudança. Gostaria que fosse assim para todos.

    Em 2010, ficou evidente que ela receberia uma proposta para atuar no exterior. No início daquele ano, ficou 2 meses a trabalho entre Japão, China e Coreia, participando de um intercâmbio interno, tendo como meta conhecer os principais clientes. Após o retorno, surgiram duas oportunidades: uma na África, mas não se efetivou. Ainda na poeira desse convite, surgiu outro para Omã. Ela mudou-se em outubro de 2010 e eu em janeiro de 2011; na cara e na coragem, sem nenhuma visita prévia.

    Era para ficarmos 18 meses, pois Fernanda implantaria uma área específica neste período. Após 4 meses, soltaram uma bola quadrada na mão dela e perguntaram como resolveria. Apresentada a solução, os gestores a convidaram para gerenciar a área, e o tal um ano e meio tornou-se sete já!

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    BPM – Foi preciso abrir mão da sua atividade profissional?

     Cassius – Gostaria de ampliar o sentido do termo “abrir mão”, olhando-o sob dois focos: o que foi preciso abandonar e o que foi preciso ajustar.

    Uma mudança deste porte sempre requer algum tipo de abandono. E não consigo perceber a maioria do que deixamos para trás sob o foco negativo.

    Tenho uma empresa no Brasil e precisei me ausentar do comando, mas longe de ter sido uma coisa ruim.

    Montei uma estrutura para continuar o trabalho à distância. Tive que aprender tudo sobre trabalho remoto. Acabei descobrindo um mundo gigantesco. De lá para cá melhorou muito e o Google tem o melhor sistema integrado.

    Voltando à sua pergunta: o que precisei “abandonar”?

    Sinceramente, nada. Foram só ajustes e muito aprendizado.

    Infelizmente, fomos atropelados pelo cenário da crise econômica. Como atuamos no nicho da comunicação, esta área é a primeira a receber cortes. Foi necessário parar as atividades em 2014, mas estamos operacionais novamente.

    Porém, conseguimos criar um modelo sólido de trabalho à distância, antes do termo “nômade digital” cair na graça. Este foi um grande ativo proporcionado pela mudança.

    Leia também: 10 motivos para morar em Omã

    BPM – Criticaram a decisão?

    Cassius – Foi a primeira reação de pessoas próximas. Para começar, tive que consultar o mapa para saber onde estava Omã. Vinha também o preconceito, por causa da desinformação proposital vendida para o Ocidente. O Oriente Médio tem um qualidade de vida melhor e é mais justo do que o Ocidente como um todo. Falo especificamente da Europa e Estados Unidos, para deixar explícito.

    Naquela época, estava numa fase boa de trabalho. Os comentários eram que não valeria a pena a “aventura”. Como viver num lugar diferente não valerá a pena, ainda mais no caso de um produtor de conteúdo?

    Hoje todos aconselham: não volte para o Brasil.

    BPM – O que mudou na rotina? Como é a divisão dos trabalhos domésticos?

     Cassius – Somos igualmente responsáveis pela nossa casa. Desde quando casamos, as coisas da casa sempre ficaram comigo. Faço porque gosto. Na infância não contávamos com empregados. Logo, sempre ajudei minha mãe em tudo. Sei me virar e a minha esposa gosta (risos).

    Agora, estar em casa permite um ponto de vista diferente. Mesmo trabalhando de casa no Brasil, aqui não mantenho a rotina de ver o cliente, sair… Sendo assim, há uma percepção de que “não faço nada”, sou sustentado pela esposa. De fato, por causa da crise no Brasil, a renda vem dela. Mas uma pessoa só se sente diminuída se for ruim da cabeça.

    Casamento é uma unidade. A “unidade” é mantida por duas pessoas, com personalidades próprias. O projeto é nosso. Ela pode se dedicar ao desenvolvimento da carreira profissional porque tem meu apoio incondicional. O que faço é suportá-la em um sonho pessoal. Mas quando decidimos, foi pelo bem da “unidade”, do casal que somos.

    A dificuldade vem quando o cônjuge é tratado como o “outro”. Quando “meu” e “dele” definem os lugares na relação. Alimenta-se uma crise quando um se anula em função do projeto do outro. Fiz esta autocrítica e percebi que cada um precisa ter seu projeto pessoal, mas sempre alinhado com o interesse da “unidade”, porque ela não anula (e nunca pode) a nossa personalidade. Precisamos cultivar no outro aquela diferença que nos atraiu no passado e nos fez escolher vivermos juntos.

    Ultimamente, estou focado no meu desenvolvimento profissional. Conto com o apoio incondicional dela que sempre me diz: “temos condições de fazer isso, agora é a minha vez de te dar o suporte”. Tem expressão de amor maior?

    Sobre isso, escrevi este texto e recomendo a leitura. Considero o mais reflexivo de minha experiência fora.

    BPM –  Como foi a adaptação?

     Cassius – Fácil, a cultura árabe é parecida com a brasileira. Receptividade e hospedagem são valores primordiais. Da mesmo forma, eles possuem uma curiosidade ingênua sobre o Ocidente: nossos hábitos, religião, forma de pensar.

    O interessante de morar aqui é ficarmos fora do caldeirão cultural do Ocidente. É outra mentalidade, outra forma de organizar a vida.

    No Brasil, absorvemos a culinária da região. O que chamamos de “cozinha árabe” é, na verdade, a cozinha libanesa. A parte de alimentação ajuda bastante no processo de adaptação. Hoje, tenho um paladar mais amplo.

    Em vários dos meus textos, digo: cultura não se compara. Vivencia-se. Curte-se as diferenças.

    Leia também: Georg Leite, fotógrafo e ator na Islândia

    BPM – Você participou da criação da TRENDR. Esse projeto complementa o que fazia no Brasil? Conta como tem sido essa jornada.

     Cassius – A TRENDR é uma das melhores experiências que tenho tido ultimamente. A culpa disso tudo é de uma amiga, a Rina Priscila, que sempre me perturbou para me tornar blogueiro, principalmente depois da mudança.

    Na época, apareceram alguns textos editorialmente lindos e percebi que havia surgido uma nova plataforma de escrita, muito fácil de usar. O Medium acabara de ser lançado e fui um dos primeiros adeptos. Foi quando o Cássio Aguiar, primeiro brasileiro na plataforma, chamou-me para colaborar com ele. Isso foi no início de 2014 e estamos juntos nesta jornada até hoje.

    Peguei tudo que sabia e coloquei na TRENDR, principalmente a parte de curadoria. É o meu grande laboratório. E a interação com o Cássio e os escritores ampliou meus horizontes com a produção de conteúdo. Mas é totalmente separada do negócio que possuo no Brasil. A lógica ali é dedicação colaborativa.

    Sou formado em História, apaixonado pelo universo da informação. Por outro lado, não tenho vocação para sala de aula. Além disso, sempre gostei do ambiente empresarial. Curso errado? Nem tanto.

    Complementando, sou vocacionado quando o assunto é produzir. Transformar uma ideia em realidade me impulsiona. Certo dia, deu um estalo: “vou juntar História com empresa. Se isso não existir, vou criar”. Naquela época, não sabia de uma cadeira chamada “História Empresarial”. Ironicamente, é desenvolvida dentro dos cursos de Administração e Economia. Em 2004, abri minha empresa neste nicho da comunicação corporativa, transformando informações empresariais em conteúdo estratégico para o negócio.

    Em 2008 comecei a procurar alternativas para ampliar minhas possibilidades, principalmente novos canais de distribuição de conteúdo. O boom das redes sociais e dos smartphones ainda não havia ocorrido. Eu produzia conteúdo e os colocava em dois produtos: livro de luxo (coffee table book) ou museu corporativo.

    Estar fora me permitiu tempo para esta guinada. Foi quando descobri o Marketing de Conteúdo. Digo que cheguei um pouco atrasado nesta festa, mas deu para aproveitar bem: sou especialista em Marketing & TI, Gestão de Negócios e agora Gestão da Comunicação aplicada às Mídias Digitais.

    A TRENDR é uma comunidade colaborativa de produtores de conteúdo, tendo o texto como formato principal. Faço a coordenação, com curadoria e escrevendo também. A TRENDR tem um braço de crônicas, contos e ficção, onde a Cristina Hélcias (que me entrevista) desenvolve um trabalho primoroso, contando com o suporte do Pedro Pennycook, o mais novo na equipe em todos os sentidos. Eu e o Cássio coordenamos este projeto e assim nos tornamos a principal publicação na plataforma para o Brasil, fazendo da língua portuguesa a segunda mais importante globalmente.

    O trabalho em curadoria atraiu os olhos da Globo News sobre a revista. Fomos considerados um dos principais canais brasileiros em produção de conteúdo, na faixa etária de 20 a 40 anos. Temos desenvolvido algumas parcerias juntos.

    Vários colaboradores conseguiram expressão no mercado editorial por terem começado conosco, como é o caso da Laura Pires, hoje colunista da Revista Trip e o Pedro Pennycook, com dois livros de poesias publicados.

    BPM –  Qual conselho daria para quem vive uma experiência similar?

     Cassius – Aproveite as diferenças ao máximo.
    Descubra o novo.
    Deixe as frescuras do outro lado do Oceano.
    Não acumule bens, mas experiências.
    Faça sempre coisas novas.

    Depois, me procure que o ajudo a escrever um livro com suas experiências.

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    Cristina Hélcias
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    Cristina é advogada com os pés bem fincados em mundos outros que não só o do Direito. Estudou Moda e Consultoria de Imagem e ama escrever. Após ter morado na África do Sul, Suíça, Estados Unidos e Romênia, reside atualmente em Cascais, Portugal.

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