Cingapura está listada entre os 10 melhores sistemas públicos do mundo. Mas saúde é sempre um tema delicado, ainda mais quando estamos em outro país.
Sou extremamente alérgica a remédios, então o lema é não ficar doente nunca, mas às vezes acontece…. Em agosto de 2012, foi quando usei pela primeira vez o seguro saúde pago pela empresa.
Um seguro simples, que cobre atendimento em clinicas locais, e hospitais públicos. Tive febre alta e inflamação da faringe, mas como não posso tomar paracetamol, imagina o meu susto quando cheguei ao hospital ardendo em febre e o médico disse que não teria nada além de paracetamol para me receitar. Então me mandou para casa fazer compressa de água fria. Graças a Deus nesse momento já havia feito ótimas amizades e que, por sorte, tinham um antitérmico que eu podia tomar e por fim a febre abaixou…
Mas depois dessa experiência, sabia que deveria me cuidar o máximo possível para não adoecer, e claro manter um estoque mínimo de remédios ‘brasileiros’ comigo. Então #ficaadica, pesquise sempre os remédios que são e os que não são vendidos no país de destino, pois alguns remédios tem venda proibida em alguns lugares do mundo.
Usei pouquíssimo o sistema de saúde de Cinga, privado e público. Então para contar um pouquinho como funciona por lá, pedi para duas amigas brasileiras me ajudarem. Abaixo descrevo o relato delas e também coloco alguns links para complementar o texto.
Relato da Alessandra:
“Infelizmente ou felizmente, ainda não fiz uso do serviço de saúde pública por aqui ainda. Mas pelo que li na web e relatos de conhecidos, é considerado muito bom, apenas fica a desejar quanto ao tempo no atendimento, podendo ser horas como dias. Mas a rede pública de Cingapura possui ótimos profissionais na área médica. Quanto à saúde no atendimento particular, considero um jogo de sorte. Você pode ter um excelente atendimento e realmente resolver o seu problema, como também ser apenas mais um valor na conta do médico. Por ser um país aonde há grande rotatividade de pessoas, às vezes os médicos não encaram o paciente com caso em que tenha que perder muito tempo. Vai pelo tratamento genérico sem considerar muito o passado médico do paciente. Uma coisa muito clara quanto ao sistema de saúde de Cingapura, é que se trata de um sistema de tratamento imediato e não preventivo, como temos no Brasil.
Preciso confessar que não foram poucas as vezes que fiquei sem o retorno que gostaria perante meu problema médico, acabando por aceitar algo paliativo para meu o caso. Apesar de morar aqui há quase quatro anos, ainda faço os meus check-ups com meus médicos no Brasil. Sinto-me mais segura assim.
Os custos aqui são relativamente altos. Mesmo você tendo plano de saúde, tem alguns profissionais e clínicas que não aceitam, e você acaba pagando alto. Outra coisa interessante é o retorno da consulta, o que no Brasil normalmente não se paga, aqui independente se foi há uma semana ou mais a sua consulta, você tem que pagar como se fosse uma consulta normal.
Quanto ao melhor hospital, fico com a opção privada, o Raffles Hospital. Por se tratar de um grande hospital, eles possuem diversos médicos que passaram por atualizações ou cursos nos exterior, trazendo assim mais segurança pra nós estrangeiros. “A facilidade na comunicação também é um ponto muito importante, ainda mais nessa hora de grande necessidade.”
Relato da Fernanda:
“Não usei muitas vezes mas quando precisei foi bom. Acho importante ressaltar que o sistema de saúde público em Cingapura não é gratuíto, apenas tem uma ajuda de custo do governo, portanto as consultas/exames/procedimentos e medicamentos são mais baratos que nos hospitais particulares. Acho que em termos de atendimento e eficiência dos dois são bons, porém nos hospitais públicos a demora no atendimento é maior e para agendar uma consulta/exame normalmente demora mais tempo que no particular, mais ou menos umas 2-3 semanas. Temos convênio médico oferecido pela empresa do meu marido, então não sei o valor de um seguro de saúde. Melhores hospitais, públicos: KKH e NUH e particulares: Gleneagles e Mount Elizabeth.”
Importante ressaltar que aqui o sistema público de saúde é pago, como há subsídio do governo, então as consultas, exames e etc. saem mais em conta que no sistema privado.
Indo para morar ou apenas passear é sempre necessário ter um seguro de saúde, afinal nunca sabemos quando precisaremos utilizar. Em Cingapura o custo anual de em seguro saúde é variável, pois depende do que está incluso na cobertura, similar ao Brasil. É possível encontrar seguros de saúde para uma pessoa a partir de SGD10 mil/ano (+/- R$17.000,00).
Uma consulta com um clínico geral em um hospital público custa em torno de SGD100 (+/-R$170,00). Enquanto que em um hospital privado custa em torno de SGD200 (+/-R$340,00).
Quer entender um pouquinho mais sobre o assunto, visite o site ExpatMedicare, um site especializado no assunto. Ou o site do Ministério da Saúde em Cingapura.
5 Comments
Oi, me chamo Marcos, já morei no Japão e gostaria de saber se seria fácil conseguir emprego em Cingapura. Não falo a língua local, falo fluentemente japonês e português. Sou da área civil e tenho experiência em fábrica de automóveis e componentes eletrônicos, tais como: Toyota e NGK.
Olá Marcos. Obrigada pela visita ao blog e comentário… Atualmente esta complicadinho conseguir trabalho em Cingapura, o governo esta em um processo de redução de estrangeiros trabalhadores. Agora com certeza se não fala inglês, será um problema grande para conseguir trabalhar por lá. Aqui mesmo no blog das Brasileiras escrevi sobre o assunto, clique aqui para dar uma olhada, com certeza te ajudará com suas dúvidas
Olá, sou médico recém formado e estou pesquisando como trabalhar no exterior, no caso Cingapura. Falando inglês fluente quais passos deveria tomar e com que órgão entrar em contato caso eu queira me regularizar médico por aí, ainda não tenho muitas informações por estar pesquisando ainda, mas é algo que pretendo e qualquer auxílio é bem vindo, abraço!
Olá. A Juliana parou de colaborar com o blog. Entre em contato com a Fernanda, nossa nova colaboradora em Cingapura, e redirecione sua pergunta para ela em um de seus textos.
Obrigada
Edição BPM
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