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    Home»África do Sul»Coronavírus na África do Sul
    África do Sul

    Coronavírus na África do Sul

    Viviane SchäffnerBy Viviane SchäffnerMarch 31, 2020No Comments7 Mins Read
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    Foto de Tim Mossholder em Unsplash
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    A África do Sul foi o sexto país do continente africano a reportar caso de coronavírus. Em 5 de março, o ministro da saúde anunciou que o “paciente zero” era um homem de 38 anos que havia viajado para a Itália em um grupo com a esposa e mais oito pessoas, com conexão em Dubai, retornando no dia 1º.

    Dois dias depois, o paciente relatou sintomas a um clínico geral e ambos se isolaram. Menos de uma semana depois, outras seis pessoas do grupo tiveram resultado positivo para o COVID-19. Já primeira transmissão local foi oficialmente confirmada em 16 de março.

    O governo criou um portal para informações. Até o dia 29 de março, 35 mil testes foram feitos, com 1.280 resultados positivos, 31 recuperações e 2 mortes. Um número de emergência gratuito e um de suporte no Whatsapp foram criados para auxiliar a população.

    Confinamento

    A resposta do governo sul-africano foi rápida, tomando as primeiras medidas em meados de março. O governo declarou estado de desastre nacional, fechou fronteiras e impôs restrições a voos, posteriormente proibindo a entrada de estrangeiros vindos de países de alto risco, limitando encontros a grupos de 100 pessoas, suspendendo visitas a presídios e fechando escolas e universidades.

    No último dia 23, o presidente Cyril Ramaphosa anunciou por vídeo o confinamento nacional, o lockdown, por 21 dias: de 27 de março a 16 de abril. Voos, só com autorização do governo, e estrangeiros estão proibidos de entrar. Para auxiliar a polícia no patrulhamento, o exército está nas ruas, e reservistas foram convidados a dar suporte.

    Leia também: O Covid-19 nos Estados Unidos

    Somente poderão circular trabalhadores da área da saúde e da segurança, pessoas envolvidas com produção e distribuição de alimentos, necessidades básicas, de higiene e items médicos, serviços bancários essenciais, manutenção de serviços essenciais (energia, água, etc.) e serviços laboratoriais, portando uma autorização. Os únicos estabelecimentos autorizados a funcionar são farmácias, laboratórios, bancos, supermercados, clínicas e hospitais, e postos de combustível.

    O restante da população só poderá sair de casa para buscar ajuda médica, comprar alimentos e medicação, ou para receber auxílio governamental. Com relação a moradores de rua, o governo anunciou que estavam fazendo levantamento de abrigos que tivessem condições de recebê-los.

    O presidente admitiu a perspectiva de recessão econômica e anunciou um site para um Fundo de Solidariedade, a fim de diminuir o impacto do surto na economia. O governo contribuiu com R 150 milhões (aproximadamente R$ 43 milhões) e abriu para doações. As famílias magnatas Rupert e Oppenheimer se comprometeram com R 1 bilhão (R$ 290 milhões) cada para auxiliar pequenos negócios e seus empregados. Além disso, o governo irá conceder auxílios fiscais para empresas e contribuintes.

    Desafios locais para o confinamento

    Tenho a sorte de ter amigos na polícia e no exército, pois recebo informações oficiais e recentes. Espalhar fake news relacionadas ao COVID aqui até dá cadeia!

    A princípio, a cidade em que moro está respeitando o confinamento, inclusive meu amigo policial enviou uma foto da avenida principal sem “uma alma viva”. Mas, ao abrir o site de notícias news24.com, vi que uma pessoa atacou um policial na township mais próxima. Township é algo próximo à nossa favela, inicialmente foram áreas determinadas pelo governo durante o Apartheid e reservadas aos negros, mulatos, e indianos, e hoje são assentamentos urbanos densamente povoados (formais ou informais).

    Avenida principal vazia em minha cidade. (Arquivo pessoal)

    Vi também muitas outras manchetes de violência: pessoas presas por caça ilegal de antílopes, roubo à ambulância em Pretória durante atendimento, roubo e estupro de uma idosa por pessoas disfarçadas de soldados que prometeram desinfetar sua casa, uma mulher assassinada ao abrir sua porta para alguém que pediu ajuda. A polícia está utilizando balas de borracha e canhões de água para dispersar aglomerações.

    Obviamente, a pandemia é uma situação delicada em qualquer lugar do mundo. E, considerando os níveis de pobreza e violência do país, esse tipo de notícia aqui não é surpresa. Mas não deixou de me alertar para uma eventual escalada dos eventos. Estamos falando de um país cujo desemprego oficial é de 29,1%, sendo os números reais provavelmente bem maiores, e onde 17% dos que trabalham são informais. São muitos os que dependem da circulação de pessoas e mercadorias para garantir o sustento diário.

    Além disso, há o desafio da superpopulação nas townships. Famílias numerosas se aglomeram em pequenas casas ou barracos de metal, tornando muito difícil a convivência em confinamento. Um artigo da The Economist cita que apenas 55% das moradias possui água encanada, moradores dividem torneiras e não possuem meios de comprar álcool gel ou similares.

    Leia também: Vistos para a África do Sul

    A princípio, quem desrespeitar o confinamento pode levar desde multa de 300 reais até cadeia, a depender da gravidade e reincidência da ofensa. Até o momento, mais de 800 pessoas foram presas por desobedecerem a quarentena, principalmente por reuniões acima de 100 pessoas, e comercialização ou consumo de álcool. Mas há também casos de presos por fugir do hospital após testar positivo, por dizer que não há surto da doença no país, ou até por andar de bicicleta (e provavelmente não admitir culpa).

    Sistema de saúde

    20% da população sul-africana tem HIV e estima-se que 450 mil pessoas contraiam tuberculose anualmente, com média de 89 mil mortes por ano (destas, 80% tem HIV). São pessoas provavelmente sujeitas a uma maior taxa de mortalidade caso contraiam o vírus, mas ainda não há dados suficientes. Há profissionais afirmando que pacientes em tratamento são potencialmente mais protegidos, mas 40% dos aidéticos não têm acesso ao tratamento. No caso de tuberculosos, já há comprometimento prévio dos pulmões.

    Essa situação traz uma grande pressão para o sistema de saúde, tanto pelos prováveis riscos, quanto pelo  aumento na dificuldade em obter assistência médica por conta da pandemia. Por outro lado, o percentual de idosos de 8% (Censo 2011) é bem inferior ao europeu.

    De acordo com estudos, há somente em torno de 3 mil leitos de UTI livres de um total de 7.000, e 18 leitos para cada 10.000 habitantes. Se a taxa de infecção atingir 10%, estimam que 100.000 pessoas precisarão ser hospitalizadas em algum momento, por isso o governo considera o confinamento primordial para diminuir essa pressão.

    Meu seguro-saúde enviou um e-mail com os canais de comunicação disponíveis 24 horas, dando a possibilidade de consulta médica via telefone, caso necessário.

    Brasileiros “presos” no país

    A South African Airways já havia suspendido voos para o Brasil por problemas financeiros, e a TAAG, Linhas Aéreas de Angola, suspendeu no último dia 18, quando Angola fechou as fronteiras. A LATAM é a única empresa que estava fazendo voos, e o próximo autorizado pelo governo será no dia 1º de abril.

    A Embaixada solicitou aos brasileiros que precisem ser repatriados que façam um cadastro no site para entrarem na fila, e até o momento há em torno de 500 pessoas registradas. Apenas quem estiver na lista vai conseguir voar. Ela também está tentando negociar um voo fretado, que faria escala na Cidade do Cabo. Além disso, foi feita uma lista de hotéis que ainda estão aceitando novos hóspedes, e disponibilizado um grupo no Whatsapp para compartilhar informações. Pode-se perceber que estão se esforçando ao máximo para auxiliar quem precisa voltar para casa.

    São tempos difíceis. Desejo saúde, paciência, esperança e solidariedade a todos! E lavem as mãos!

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    Viviane Schäffner
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    Viviane é natural de Campinas/SP, formada em Economia e Contabilidade na USP, com 10 anos de experiência em Finanças Corporativas em multinacionais. Após uma temporada na Europa, mudou-se para a África do Sul em 2018, seguindo o esposo com um novo pós-doc. Aproveitou um período sabático recheado de viagens em seu novo país, e atualmente está buscando um emprego local, trabalhando com alguns projetos esporádicos em sua área e envolvida com voluntariado na NWU (North-West University) e no Lions Club Potchefstroom. Acredita que tentar se adaptar ao máximo, abrir a cabeça para entender o diferente e evitar comparações com a terra natal são a chave para que morar fora torne-se uma experiência incrível.

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