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    Home»França»Do Acre para a França
    França

    Do Acre para a França

    Amy-Carole DieneBy Amy-Carole DieneFebruary 1, 2017Updated:October 9, 201718 Comments6 Mins Read
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    Me lembro que desde pequena eu já tinha uma relação de amor platônico com a França e sabia que em um dado momento da vida ainda iria morar aqui; a fascinação pela cultura me motivou a querer descobrir o que é viver à la française.

    Quando cheguei aqui em Paris pensei: aproveita e se joga! Afinal, a intenção era de vir para fazer o mestrado e logo em seguida voltaria para o Brasil, para a família, para o namorado… Mas nas voltas que a vida dá, nos namoros que acabam, nas oportunidades que aparecem, na família que apoia a mudança, nos novos amores que acontecem, cá estou eu há quase 4 anos.

    A França é na verdade um dos pontos em que ancorei nessa vida de nômade. Eu preciso dizer que o que eu gosto mesmo é de botar o pé na estrada, e a cada vez que eu resolvo fazer isso descubro que vale muito à pena! Entre os altos e baixos, expectativas e realidade, pude entender que o bom de tudo isso é contar com o imprevisível e deixar as coisas acontecerem.

    Eu nasci no Acre, mas ainda adolescente me mudei para Brasília, onde me formei em Relações Internacionais. Como eu queria fazer esse curso e não tinha na minha cidade, tive que sair de casa e me virar sozinha desde os 16 anos. Durante o período da faculdade consegui um estágio para trabalhar na área de cooperação internacional e ali recebi a luz divina dizendo – é com isso que eu preciso trabalhar (pelo menos até os próximos capítulos); e ai querendo dar continuidade a isso, optei por uma especialização que tinha tudo a ver com o que acredito, o Desenvolvimento Sustentável.

    Acho que o fato de ter nascido e crescido em Rio Branco, sempre rodeada de natureza, mesmo que mais limitada que antigamente, e em uma região em que está cada vez mais difícil conciliar as necessidades da sociedade moderna com a preservação do patrimônio natural, esse interesse acabou acontecendo bem naturalmente.

    A minha primeira vivência internacional aconteceu ainda no período da faculdade, porque eu precisava aprender inglês bem e de uma vez por todas, e vi que a única saída seria morar fora por um tempo. Aliás, se eu tivesse noção de tudo que estava incluído nesse “pacote” que é o intercâmbio, teria salvado meu tempo e dinheiro em anos de cursos de inglês e teria me aventurado bem antes. Acredite, esse é um dos melhores investimentos que você pode fazer por você!

    Assim com muito esforço dos meus pais, morei em Toronto, no Canadá, por quase um ano. A princípio deveria ficar apenas por 6 meses, mas depois de um acidente em que quebrei a perna resolvi ficar por mais um tempo e foi uma das melhores decisões que tomei.

    Morar fora não é tarefa fácil, principalmente quando você faz isso ainda bem nova. Eu tive que aprender cedo as doçuras e amarguras de tomar conta de mim estando longe da família e dos amigos. Mas isso me fez entender que obstáculos são inerentes à vida, e que é preciso aprender a lidar com eles e tirar o melhor proveito disso, e de quebra me preparou para viver em qualquer lugar desse mundinho.

    No Canadá eu aprendi a ser cidadã do mundo, a respeitar as diversidades, e acima de tudo, a saber que eu era mais forte do que eu imaginava. Voltei ao Brasil e em seguida morei em São Paulo, onde fiquei por dois anos. Eu queria ter uma experiência nova de vida, de cidade, de trabalho, mas a frustração de não conseguir atuar na área de desenvolvimento social acabou me dando um empurrãozinho pra querer fazer um mestrado fora do país.

    E lá fui eu de novo, depois de me candidatar pra um mestrado em Paris, me mudei pra cidade da luz em 2013 e a sensação que tive era de estar vivendo um sonho, literalmente. Era o mestrado que eu queria, na universidade que eu queria e na cidade que eu sempre idealizei.

    Nesse momento, entendi o que era estar no lugar certo e na hora certa. Não sei se teria tido a capacidade de aguentar as adversidades que enfrentei e que ainda enfrento se tivesse ido antes e também não sei se teria aprendido o mesmo tanto.

    Mas eis que de repente, surgiu uma oportunidade de trabalhar em Casablanca, no Marrocos, em uma filial do grupo francês Suez Environnement, e é óbvio que eu não poderia dizer não e pé na estrada de novo.

    No primeiro momento o choque cultural foi grande, o maior que eu já tinha vivido mesmo depois de já ter rodado um pouquinho por esse mundo. Dentre algumas coisas, a maior dificuldade que tive foi lidar com o papel da mulher na sociedade. Mas eu tinha que entrar na dança, e assim meio desengonçada e desconfiada me deixei levar. Nisso tudo fui me redescobrindo, e agora entendo que, mais do que nunca, as mulheres precisam se empoderar, se apoiar, se orgulhar de quem são, e acreditar no que querem ser.

    Foi um período bem difícil, porém necessário, e que me permitiu entender e desmistificar muitas coisas, e também me deu força pra continuar seguindo.

    Depois de seis meses retornei à Paris, conclui o mestrado em Desenvolvimento sustentável e dinâmicas espaciais pela Universidade Paris-Sorbonne, e continuo morando nessa cidade maravilhosa desde então.

    Nessa remada já foram 4 países e 6 cidades, e eu quero mais. O que eu mais gosto nisso tudo é o friozinho na barriga de descobrir o novo, os micos que pagamos, o gostinho de vitória quando algo dá certo, de se descobrir super forte e capaz de tudo.

    Mas por enquanto eu estou feliz por aqui. Ter escolhido esse país como segunda casa foi uma decisão que vai além dos clichês, porque o que mais me encanta são coisas abstratas, tais como a defesa da democracia e das liberdades cívicas, a educação e objetividade – ainda que esta às vezes possa ser confundida com mau humor ou frieza – o senso crítico e acima de tudo, a arte de viver conciliando trabalho e vida pessoal.

    Apesar disso tudo, como eu dizia anteriormente, morar em um país que não é o seu não tem tanto glamour assim; a adaptação, a aceitação, o convívio com outros hábitos e culturas, e a saudade da família, são coisas que ainda persistem, pelo menos para a maioria.

    Depois de quase 4 anos, a vida por aqui está mais suave, mas não fácil; afinal nem tudo são flores.

    A gente vai aprendendo a dançar conforme o ritmo, e para completar encontramos pessoas maravilhosas nesse caminho. Hoje continuo sendo brasileiríssima, mas levei comigo um pedaço de cada lugar que estive e acredito que deixei um pouquinho de mim também.

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    Franca morar na França paris
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    Amy-Carole Diene
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    Metade brasileira e metade senegalesa, Amy nasceu em Rio Branco, no Acre. Formada em Relações Internacionais e Mestre em Estratégias do Desenvolvimento Sustentável, ela já morou no Canadá, no Marrocos e atualmente reside em Paris, na França. É vegetariana de lua e fã de corridas matinais. Está aprendendo a viver dia após dia sem fazer muitos planos.

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    18 Comments

    1. Gabriela PSO on February 2, 2017 2:57 pm

      Que linda a sua história! Adorei!

      Reply
      • Amy Diene on February 7, 2017 7:11 pm

        Oi Gabriela, fico feliz pelo seu comentário e por me acompanhar pelo blog! 🙂

        Reply
    2. Mahayana on February 2, 2017 3:36 pm

      e também deixou um pedacinho seu em todos que cruzaram seu caminho! te amo

      Reply
      • Amy Diene on February 7, 2017 7:08 pm

        Amiga maravilinda, obrigada pelo carinho de sempre! Saudade enorme de você, te amo!

        Reply
    3. Claudia Maziero on February 2, 2017 4:41 pm

      Parabéns Amy!
      O texto está ótimo e como também sou uma apaixonada pela França e por viagens não vou perder a evolução disso!!

      Reply
      • Amy Diene on February 7, 2017 7:14 pm

        Obrigada Cláudia, tenho certeza que acompanhando o Brasileiras Pelo Mundo você vai ficar ainda mais pertinho da França e eu vou adorar ter você como leitora!!

        Reply
    4. Izabelli Pinto on February 2, 2017 9:00 pm

      Amy,

      a sua narração é de quem não apenas passa pela vida, mas de quem a experimenta intensamente! Lembrei-me de um poema do Leminski que diz que perto do osso a carne é mais gostosa. Tenho a impressão, às vezes, que crescer é um longo processo de desconstrução. Doloroso, mas maravilhoso! Continue escrevendo, estaremos aqui curiosos e ansiosos pra compartilhar suas corajosas aventuras! Um abraço !

      Reply
      • Amy Diene on February 21, 2017 9:51 pm

        Belli!

        Que lindo receber um comentário teu! Ver que você, assim como a minha irmã, não é mais aquela criança piradinha e que virou de repente uma mulher super inteligente, determinada e bem madura pra idade é a prova de que a vida é um processo de descontrução, e isso acontence todos os dias. Descontruir nos permite, na maioria das vezes, viver intensamente e nesse sentido, eu ainda deveria tentar muito mais! Fico super feliz e orgulhosa de te rer como leitora! Beijo grande.

        Reply
    5. NDIOGOU DIENE on February 24, 2017 9:44 pm

      Belo texto, consciso e esclarecedor. Vislumbro nele um grande potencial jornalístico a ser lapidado e assim incrementar aquilo que você sempre teve de mais forte em sua formação de base : a arte de escrever com sua narrativa bem peculiar. O caminho é longo mas não impossível. Bisous,Papa.

      Reply
      • Amy Diene on March 5, 2017 1:14 pm

        Obrigada pelo apoio de sempre pai! Gros bisous.

        Reply
    6. Gabriela on February 25, 2017 1:39 pm

      Parabéns Amy, sou fã do seu pai, ele foi meu professor, conheci sua mãe quando ela deu entrada no processo de aposentadoria no Instituto de Previdência em que trabalho, educada e muito simpática, e agora essa sua história, que família show, que Deus continue iluminando todos vcs, virei sua fã também ??

      Reply
      • Amy Diene on March 5, 2017 1:17 pm

        Oi Gabriela, que bom que gostou do texto, fico feliz pelo seu comentário e pelo carinho que tem pelos meus pais. Espero que continue acompanhado o nosso blog BPM! 🙂

        Reply
    7. Gabriela on May 8, 2017 2:51 pm

      Muito legal o texto e sua trajetória! Obrigada por dividir conosco 🙂

      Reply
      • Amy-Carole Diene on October 15, 2017 9:02 pm

        Obrigada pelo comentário Gabriela 🙂

        Reply
    8. Silvana on October 15, 2017 3:24 pm

      Oi Amy, gostei muito do que você escreveu, nossa muito lindo Parabéns! aqui no Brasil fiz faculdade de Turismo e estou na minha segunda graduação que vai ser pedagogia gostaria de fazer pós graduação na França um sonho 🙂 pode me dar a dica de como fazer isso olhei no site da faculdade que você mencionou mais não sei nem por onde começar.

      Reply
      • Amy-Carole Diene on October 15, 2017 9:07 pm

        Oi Silvana, obrigada por acompanhar o BPM e por deixar o seu comentário! Então, para estudar na França é nécessário passar pelo Campus France, caso você faça a candidatura do Brasil, é claro. Esse é o site: http://www.bresil.campusfrance.org/, e lá você vai encontrar toda a orientação para dar início ao seu projeto de pós graduação. O Campus France tem um escritório em São Paulo, caso você queira entrar em contato com eles diretamente. Espero poder ter ajudado e boa sorte! 🙂

        Reply
    9. Julieta Lacet on April 4, 2018 5:13 am

      Oi Amy, vou começar a fazer RI na ufpb e sua história já é inspiração pra mim! Além de me mostrar que existe outros caminhos de RI além da diplomacia 🙂

      Reply
      • Amy-Carole Diene on April 5, 2018 11:52 am

        Oi Julieta, obrigada pela sua visita! Existem outros caminhos sim, basta acreditar ???? A gente é quem inventa. Bjos e boa sorte

        Reply

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