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    Home»A Mulher na Sociedade Pelo Mundo»É um luxo ser mulher. Precisamos falar do imposto rosa
    A Mulher na Sociedade Pelo Mundo

    É um luxo ser mulher. Precisamos falar do imposto rosa

    Farah SerraBy Farah SerraNovember 28, 2018No Comments8 Mins Read
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    Crédito imagem: Brett_Hondow. Licença: CC0 Creative Commons
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    É um luxo ser mulher. Precisamos falar do imposto rosa.

    A realidade de que as mulheres recebem menos do que os homens, por trabalho igual, é bem conhecida. Há menos conversas, no entanto, sobre o fato de que elas – pela simples circunstância de serem mulheres – pagam mais do que eles pelos mesmos produtos.

    Não estou aqui teorizando ou questionando os sistemas sexistas, mas, sim relatando a vida real, corriqueira, das compras no supermercado e das necessidades básicas. Diversos estudos estão sinalizando que ser mulher é um luxo, dado que muitos artigos nomeadamente femininos são mais onerosos. Essa é a razão das mulheres europeias estarem se manifestando e protestando contra o que foi chamado de Pink Tax.

    A verdade é que quase ninguém tem conhecimento do imposto rosa. Uma cobrança existente, que apesar de ser muito bem disfarçada, obriga metade da sociedade, que já recebe – injustamente – uma retribuição menor, a pagar – injustificadamente – a mais por suas aquisições.

    Pink Tax

    Para este “imposto sobre gênero” foi cunhado o termo Pink Tax (literalmente imposto cor-de-rosa) pelo fato das empresas criarem alguns produtos em formatos menores e cor-de-rosa para torná-los femininos. O principal componente desta taxação é que esses artigos geralmente são mais caros do que os tradicionais (aqueles com tamanhos e cores neutras ou masculinas). O imposto rosa neste caso se refere ao montante extra que é cobrado das consumidoras por determinados objetos ou serviços sem que haja uma evidência real das diferenças entre eles, afora a cor e a segmentação.

    Além de torna os itens de marca feminina uma ferramenta de alta receita, esta taxa condena as damas a despenderem mais por muitos produtos e serviços, até mesmo de necessidades básicas, como, por exemplo: aparelhos de depilação, absorventes, cabeleireiros.

    Nos últimos tempos tem havido – principalmente no Reino Unido, nos Estados Unidos e na França – muita conversa sobre as diferenças de valores entre artigos do mesmo tipo para mulheres e homens. Isto porque o imposto cor-de-rosa também gera muito dinheiro para os estados. Dado que ele não se limita em ser um tributo sobre os produtos feminis, sendo também um encargo sobre a venda regular de alguns produtos que são considerados necessários para a maioria das mulheres. O exemplo mais inquietante é o do absorvente higiênico, que sobre as suas vendas são cobrados impostos porque são considerados itens de luxo.

    Leia também: Mudanças na lei de cidadania italiana

    Várias pesquisas sobre a Pink Tax comprovaram que os artefatos femininos têm preços mais altos do que os produtos regulares. Algumas delas revelaram que, em geral, as senhoras pagam 42% a mais por ano dos que os homens em itens essenciais. Nos Estados Unidos foi detectado que as mulheres, em média, gastam 1.300 dólares a mais que os cavalheiros. Um estudo realizado pelo Departamento de Assuntos do Consumidor da Cidade de Nova York (The New York City Department of Consumer Affairs) mostrou que o custo médio da versão feminil de cerca de 800 produtos vendidos na cidade é quase 7% maior. Outros levantamentos demonstram que nos EUA existe uma verdadeira “taxa de gênero”, pois os encargos de importação dos produtos diferem de acordo com o segmento (feminino, masculino) destinado. Um estudo de 2015 do Instituto Mosbacher da Escola Bush revelou que, em média, a tributação de roupas femininas importadas era de 15,1%, enquanto a de roupas masculinas era de 11,9%. Essa diferença nas porcentagens remonta ao século XIX e nem sempre depende das leis do estado, alguns dos produtos levados em consideração pelo Departamento de Assuntos do Consumidor da Cidade de Nova York custavam mais na versão feminina, mesmo que os impostos de importação fossem menores do que aqueles das mercadorias masculinas.

    Leia também: Como é ser mulher pelo mundo?

    Desigualdade de valor

    “Produtos de higiene feminino são uma espécie de brinquedo para o mercado.”

    Um clássico exemplo é o da navalha. Em que a versão feminina contém cinco unidades a um custo de 1,80 euros, enquanto a masculina contém 10 e custa 1,72. Alguns defendem que este exemplo pode ser enganador, visto que os homens se barbeiam com uma frequência muito maior do que as damas se depilam, contudo fala-se de dois modelos de lâminas perfeitamente idênticos.

    Acredito que você nunca tenha reparado, mas os xampus e condicionadores para cabelos direcionados para as mulheres custam em média 48% a mais do que aqueles direcionados aos consumidores. O jeans feminino geralmente custa 10% a mais do que o masculino. Uma bicicleta para o mulheril é cerca de 6% mais cara do que uma masculina equivalente. Um corte de cabelo para homens pode custar 20 euros, enquanto, comumente, um corte feminino não sai por menos de duas ou três vezes mais. Sem falar em perfumes, cosméticos, produtos para saúde, roupas (especialmente para crianças) e brinquedos.

    Aquele mesmo estudo do Departamento de Assuntos do Consumidor de Nova York que comparou os preços de mais de 800 produtos tinha o objetivo de estimar a diferença do valor entre os mesmos objetos, em suas versões feminis e varonis, para mensurar quanto efetivamente as senhoras pagavam a mais. Alguns dos resultados foram que as variantes femininas custavam:

    • 8% a mais para roupas para adultos;
    • 13% a mais para produtos de higiene pessoal;
    • 8% a mais para produtos de saúde para idosos.

    Tem ainda o velho clichê, que uma pesquisa do mesmo departamento revelou ser verdadeiro. O levantamento, que dessa vez era em relação ao reparo e a venda de veículos, concluiu que quando as senhoras compram carros usados, elas têm duas vezes mais chances de serem cotadas a um preço mais alto do que os homens. Os revendedores de carros geralmente oferecem preços mais altos para as damas porque acreditam que elas não são capazes de avaliar o preço real de um carro. Enquanto um seguro por acidente ou doença custa mais, porque, por natureza, elas simplesmente vivem mais.

    E, infelizmente, o tributo cor-de-rosa começa no nascimento. Os brinquedos e acessórios para meninas custam 7% a mais enquanto as suas roupas são, em média, 4% mais caras do que as dos meninos, ainda segundo o levantamento de Nova York. A Boomerang Commerce fez um estudo de 50 produtos infantis populares em seis varejistas on-line, incluindo Target, Amazon, Walmart, Macy’s, JCPenney e Bloomingdales. Ela analisou mercadorias em uma variedade de cores e, toda vez, o artigo de cor rosa era o mais caro. Em comparação com os de outras cores eles custavam em torno de 2 a 15% a mais.

    Enfim, como você pode ver não só as mulheres ganham menos como pagam mais. O problema é que elas também vivem mais, e consequentemente precisam de mais dinheiro para a aposentadoria. E por aí se segue neste caminho tortuoso da desigualdade de genero.

    Clichê e discriminação

    A taxação cor-de-rosa é o resultado de uma série de clichês e de uma discriminação velada praticada cotidianamente. Algumas empresas estão levando muito a sério o “rosa” da Pink Tax, já que os que trabalham no setor de marketing estão convencidos de que se aproveitando da vaidade feminina é possível induzir facilmente uma mulher a comprar, fazendo-a acreditar que quanto mais específico for um produto mais benefícios ele trará.

    Atenção! Pare de pagar a Pink Tax

    E aí, você, como os italianos, se pergunta: “Boh, o que podemos fazer?”

    Podemos parar de pagar o imposto rosa!

    Agora que conhece o tributo cor-de-rosa, você sabe onde procurá-lo e como evitá-lo. Comparar os preços de produtos e serviços similares antes de fazer as tuas aquisições é um bom começo. Todavia, a melhor maneira de evitá-lo mesmo é fazendo um protesto prático. A única diferença entre as lâminas de barbear genéricas para homens e mulheres é que a nossa é rosa e a deles é azul, ou preta… E, felizmente, a cor tem pouco efeito no processo de remoção de pelos. Em outras palavras: nós mulheres podemos comprar as coisas dos homens!

    Uma sólida e coerente forma de protesto poderia ser aquela das mulheres comprarem os mesmos produtos dos homens.

    Outra maneira de reagir é colocando a boca no trombone, espalhando a notícia de que o imposto rosa existe. Quanto mais pessoas souberem, mais fácil será lutar contra essa outra injusta desigualdade de gênero. Um bom começo pode ser compartilhar esse texto nas tuas redes sociais. ????

    Ci vediamo!

    ***

    *Fontes de inspiração e fontes:Perché le donne pagano più degli uomini per le stesse cose | The Pink Tax – The Cost of Being a Female Consumer | 6 Facts You Need to Know About the ‘Pink Tax,’ Which Results in Female Consumers Paying More Than Men | Essere donna oggi costa di più: ecco a voi la tassa rosa | Quanto costa la tassa rosa | Festeggiate l’8 marzo, tassate sempre: quanto costa l’essere donna

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    Farah Serra
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    Farah vive em Gênova, na Itália. Ela é uma daquelas pessoas que pegou o avião para, audaciosamente, chegar lá onde estão as histórias… e, sem querer, descobriu que as ama contar. E porque quem escreve deve fazê-lo em um espaço e em um tempo, deve viver um espaço e um tempo, ela está sempre por aí, no seu caminho – entre os seus blogs Pelos campos de trigo, Tempos de gestão,Observações sobre o belo e o sublime (Obvious) e @peloscantosdomundo (Instagram). Além disso, ela é Bacharel em Administração Hoteleira. Possuí dois MBAs, em Gestão de Pessoas e em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios. E um Master em Inovação na Administração Pública. Em 2005, foi publicado o seu primeiro livro "Fator Humano da Qualidade em Empresas Hoteleiras".

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