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    Home»Camboja»O encontro de 2 brasileiros no Camboja
    Camboja

    O encontro de 2 brasileiros no Camboja

    Roberta JorgeBy Roberta JorgeSeptember 10, 2017Updated:September 11, 20174 Comments6 Mins Read
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    Fonte: Pixabay
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    Setembro de 2107: dois anos de Camboja. Um lugar onde nunca imaginei morar, que sempre me presenteou e que me encanta diariamente.

    Dizem que na vida nada acontece por acaso e que tudo tem um tempo certo para acontecer.

    Sábado, 1º de abril de 2017:

    Chego na guesthouse onde trabalhava como recepcionista para fazer uma grana extra. Estaciono minha bicicleta perto de um triciclo de bambu e penso: “Nossa, que negócio esquisito!”. Vejo um cara cheio de tatuagens, dreads, meio loiro, olhos claros e penso: “Só pode ser o dono da bicicleta, tem cara de francês. Hmmm típico perfil de hóspede aqui da Rosy, bicho grilo!”. Passo por ele, dou um “hi”, recebo um “hi” de volta.

    Thea, minha melhor amiga cambojana, está fazendo o check in dele. “Roberta! He is Brazilian”, ao mesmo tempo em que me mostra seu passaporte. Olho para ele novamente, dando risada e pergunto: “Você brasileiro? Mentira!”. Risos. Ele ri de volta. “Nossa, jamais achei que você era brasileira!”. “Bom, se não fosse seu passaporte e a Thea, nunca saberia!”. “Engraçado, sempre uso meu passaporte europeu, não sei por que hoje resolvi usar o brasileiro”. Risos. “E você vai ficar aqui quantos dias?”. “Dois, apenas, na verdade tive que parar porque o pneu da minha bicicleta furou”. “Ah, eu vi sua bicicleta! Está viajando com ela?”. “Sim, vim pedalando da Tailândia, já passei pelo Laos e vou terminar na Malásia”. “Caramba!”. “E você, mora aqui?”. “Sim, faz um tempo já”. “Bacana, eu moro na Tailândia. Nossa, estou muito cansado, mas preciso comer algo, você quer ir jantar comigo? Saudades de conversar em português!”. “Agora? Não posso, estou trabalhando, mas posso almoçar amanhã”. “Então combinado!”

    Domingo, 2 de abril de 2017:

    Após 3 horas de almoço, reencontro ele no trabalho. “Então, estou indo embora amanhã. Quer ir tomar uma cerveja comigo quando você terminar aqui na Rosy?”. “Puxa, não dá… Amanhã tenho uma entrevista de trabalho às 8h da manhã. Quero dormir bem, ir tranquila. Quero muito pegar esse trabalho, estou pensando em voltar para o Brasil em maio se não rolar”. “Ah, mas é só uma cerveja, vai…”. “Aham, sei bem! Ainda mais que aqui custa 50 centavos. Uma que vira 8, nem pensar! Eu posso sair amanhã, mas aí você já vai ter ido embora…”. “Sabe, eu até posso ficar mais uma noite aqui, mas promete que você sai comigo, então?”. Hm, pensei, aí tem. “Ah, se você ficar saímos amanhã então”.

    Segunda, 3 de abril de 2017:

    “Oi, Roberta! Tudo bem? E aí, como foi a entrevista? Olha, estava pensando aqui… Se você não se importar, eu estou com muita vontade de comer uma massa boa, sabe, mas aqui nos restaurantes as porções são muito pequenas… Você se importa se jantarmos na sua casa? Eu prometo que faço uma massa boa, palavra de neto de italiana”. “Sério? Você está se convidando para cozinhar na minha casa para mim? Demorou!”. Risos.

    Nos encontramos no mercado e começou o passeio gastronômico. “Tá, mas o que vamos beber? Vinho, né?”. Sei bem! Eu pensava.

    Ele cozinhando e eu de boa, com o meu gato no colo, conversando, dando risada. “Quer ajuda?”. “Não, obrigado, está tudo certo!”. Eu pensando: ótimo! Resultado: ele foi embora às 2h da manhã! Conversamos de tudo e mais um pouco, inclusive carnaval de Salvador!

    “Adorei conhecer você melhor, obrigado por me deixar cozinhar e levar numa boa meu convite”. “Agora pode viajar amanhã mais uns 100 km que está abastecido!”.

    Depois de me abraçar ao se despedir, me perguntou: “Você disse que tem pão de queijo para fazer, né?”. “Tenho, mas apenas para ocasiões especiais”. “Poxa, faz anos que não como pão de queijo”. “Hm, devia ter me falado antes, podia ter feito. Até estava disposta a dividir meu último pacote com você”.

    “Então combinado, amanhã comemos!”. “Mas você não vai embora amanhã?”. “Ah, mudei de ideia. Vale a pena ficar mais uma noite”. Eu, tímida, ri. “Então pode deixar que dessa vez eu faço a janta”. Nossa, ele vai ficar mais uma noite. Sei lá…

    Terça, 4 de abril de 2017:

    “E se comermos o pão de queijo, assistirmos um filme e depois jantamos?”, ele propôs. “Pode ser”. Peguei o computador, coloquei o filme, peguei o vinho e, quando vi, o fanfarrão me roubou um beijo.

    “E se eu ficar mais uma noite?”. “Ah, eu gosto dessa ideia. Mesmo porque, não fiz o risotto, né”.

    Quarta, 5 de abril de 2017:

    Recebo uma mensagem: “Bom dia, linda, mal posso esperar para te ver de novo”. “Caramba, me chamou de linda! O que respondo? Ah, melhor fingir que não é comigo”. Oi! Também gostei de ontem à noite. Nos vermos mais tarde!”. Será que fui muito seca? Ai, droga, não sei flertar.

    Ele ia ficar duas noites, ficou sete.

    Domingo, 8 de abril de 2017:

    “Gostei muito de conhecer você, espero mesmo que você vá para a Tailândia me encontrar enquanto eu estiver pedalado”. “Vamos ver. Boa viagem!”.

    Sábado, 22 de abril de 2017:

    No aeroporto, a caminho de Sura Thani, Tailândia.

    Segunda, 24 de abril de 2017:

    “Quer namorar  comigo?”. “Quero, mas não à distância. Acabei de pegar um trabalho novo, não posso sair agora!”. “Terminando a minha viagem de bicicleta eu me mudo para o Camboja”.

    Sexta, 28 de abril, de 2017:

    Volto para o Camboja.

    Sexta, 12 de maio de 2017:

    No aeroporto, a caminho de Trang, Tailândia.

    Terça, 16 de maio de 2017:

    Volto para o Camboja.

    Sexta, 2 de junho de 2017:

    Uma nova vida, a dois, no Camboja.

    Em menos de um mês estava namorando e em menos de dois meses morando junto. Sempre me disseram que vida a dois não era fácil, e que o começo é muito difícil. Agora, imagine para duas pessoas que acabaram de se conhecer. É uma adaptação, afinal, conquistei minha independência do outro lado do mundo e ele já tinha a dele. Ceder é fundamental, porém tem que ser uma via de mão dupla. Esse processo e aprendizado de viver a dois é um tanto quanto novo e desafiador para mim, e se iremos dar certo só o tempo irá nos dizer, mas acredito nas sábias palavras de Albert Einstein: “Uma pessoa que nunca cometeu um erro, nunca tentou nada novo”.

    Hoje ele comemora comigo meus 2 anos de Camboja.

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    Roberta Jorge
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    Roberta é leonina por nascimento, publicitária por formação e inquieta por natureza. Paulistana, fez sua primeira viagem internacional com 21 anos e descobriu que pertencia ao mundo. Após se formar pela FAAP decidiu se aventurar na Austrália e sete meses depois voltou para o Brasil com um gostinho de quero mais. Em uma viagem para a Europa, conheceu um neozelandês que a convidou para trabalhar no Camboja onde morou por 2 anos. Atualmente Roberta mora em São Paulo e se permite viver um dia de cada vez, deixando para o universo escolher seu próximo destino. Em seu blog ela conta por onde já passou e divide suas histórias com dicas de viagem.

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    4 Comments

    1. Liliane on September 10, 2017 2:12 pm

      Roberta, sou uma das colunistas do BPM e adorei seu texto, parabéns! Posso te adicionar no Facebook?
      Bjs,
      Liliane

      Reply
      • Roberta Jorge on September 11, 2017 1:48 am

        Oi Liliane!

        Obrigada, fico feliz que tenha gostado do texto!

        Sera um prazer 😉
        Bjos

        Reply
    2. Lourdes Jorge on September 11, 2017 12:09 pm

      Parabéns para vocês,desafiem os obstáculos sejam muito felizes!
      Lindo texto!!!!!!

      Reply
      • Roberta Jorge on September 12, 2017 7:51 am

        Obrigada Mamis 😉

        Reply

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