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    Home»Japão»Expatriar e a busca por um propósito
    Japão

    Expatriar e a busca por um propósito

    Juliana PlateroBy Juliana PlateroMay 29, 2019No Comments5 Mins Read
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    Fonte: pixabay
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    Estou morando no Japão há três anos. Eu sou formada em Comunicação Social, e no Brasil trabalhei na área por algum tempo depois da graduação. Porém, apesar de ter amado cada pedacinho do meu curso, na hora da prática, de encontrar o meu espaço no mercado de trabalho, de seguir a profissão de comunicadora e radialista, eu simplesmente não conseguia me encontrar.

    Não achava estímulo, não havia bons trabalhos. Na época, eu culpava a área, o mercado, a crise, a minha performance nas entrevistas, a falta de indicação. Obviamente, a área tem suas dificuldades, sim. Mas mal sabia eu que o que me faltava não era a qualificação, a indicação, o trabalho legal. O que me faltava mesmo era propósito. E ter vindo ao Japão ajudou-me neste processo e nesta busca (que descobri que nunca acaba, por sinal).

    Leia também: Cinco dicas de como transformar mudanças em possibilidades

    Quando desisti da área, ainda no Brasil, tentei encontrar-me em outras áreas “irmãs”. Trabalhei com mídias sociais, produzi exposições de arte, realizei pequenas assessorias de imprensa. Fiz alguns bicos de professora: de ballet clássico, de inglês, de reforço escolar (sem nunca levar muito a sério. Era só um bico!).

    Aí me reinventei pela primeira vez. Procurei uma coach profissional, ajuda espiritual, terapia. Foi um processo longo e intenso, até que cheguei numa conclusão: a minha ambição era trabalhar como produtora e decoradora de eventos.

    Depois desta conclusão, o processo para me encaixar em alguma empresa foi até que rápido. Fiz alguns cursos, falei com umas pessoas e conheci outras. Encontrei uma empresa que era especializada em recreação de festas infantis. Comecei a fazer decorações, produzir eventos, fazer arte. Estava feliz, mas o lado financeiro ainda decepcionava.

    Dentro da mesma empresa, para que eu pudesse ganhar mais dinheiro, resolvi abraçar a oportunidade de acompanhar recreadores como assistente nas festas infantis. Acabei me apaixonando mais ainda pela área. Fui buscando ideias aqui, me especializando ali, e conquistando um pouco de experiência em recreação infantil. O que eu mais amava era poder “brincar”, voltar a ser criança, como trabalho. Sempre tive bastante facilidade em lidar com crianças, mas a recreação me deu muitas ferramentas que não há estudo no mundo para aprender: somente a experiência de trabalhar brincando ensina, mesmo. Mas eu ainda estava me descobrindo. Não me via fazendo aquilo para sempre e sentia que eu jamais teria a energia pra trabalhar com eventos para o resto da vida. Mas fui levando. O “resto da vida” é tempo demais!

    Estando imersa em aprendizados, fui fazer uma recreação de temporada de férias em um condomínio. Foi lá que conheci o meu marido, que estava de viagem marcada para o Japão dali a cinco meses. Bom, essas coisas não se escolhem. O momento, muito menos! Embora eu acredite piamente que nada é por acaso, quando decidi aceitar a proposta do meu marido de vir morar aqui, fiquei triste de ter que deixar tudo para trás. Todo o meu esforço para ter me encontrado profissionalmente teria sido em vão, pois era hora de começar do zero, tudo de novo?

    Leia também: Dicas para morar no Japão

    Mas decidi que encararia. Quem sabe não haveria mercado para isso no Japão? Quem sabe eu não trabalhasse nisso quando voltasse ao Brasil? Levei como um desafio e fiz as malas.

    Fonte: pixabay

    Mas é claro que a realidade é outra. Quando eu cheguei, não poderia trabalhar na área que escolhi. Não sabia nem um pouquinho o idioma, não tinha ideia de como funcionavam as coisas no Japão e, para piorar, fui morar no interior, então não havia mesmo mercado para mim. A solução, como a maioria dos estrangeiros residentes aqui, foi trabalhar em fábrica.

    Não vou dizer que foi uma experiência inválida, ou que me arrependo, mas tenho certeza que não voltaria a trabalhar em fábrica por escolha jamais. Foi um ano cansativo, intenso, difícil. Foi um período no qual me distanciei completamente do meu propósito, das minhas paixões e da minha busca por algo maior. Não é coincidência que foi nesse mesmo período que estive deprimida, ansiosa, “apagada”.

    Depois de um ano trabalhando em fábrica, meu marido recebeu a oportunidade de trabalhar em uma empresa japonesa e nos mudamos para Yokohama, ao lado de Tóquio. Cidade grande! Oportunidades! Vida nova!

    Decidi então que talvez fosse o momento de arriscar trabalhar com crianças. Mas como o faria sem dominar o idioma japonês? Comecei a buscar vagas para dar aula de inglês, já que eu já tinha uma certa experiência. A princípio, buscando pela internet, achei que não conseguiria uma vaga porque não sou nativa de um país de língua inglesa, mas meti as caras mesmo assim. Para a minha surpresa, na mesma semana fui chamada para três entrevistas e fui aprovada em todas. Finalmente voltei a trabalhar com crianças, em três escolas diferentes.

    E, curiosamente, me encontrei na sala de aula. Talvez, anteriormente eu precisasse passar por outras experiências para me encontrar nesse sentido. E no auge do meu amor pela sala de aula, estudando e buscando cursos, informações, dicas, estudos – além de muita meditação – finalmente encontrei o propósito que me move e que conversa com o meu coração.

    Sou muito grata por tudo o que aprendi e aprendo no processo educativo japonês. Estar do outro lado do mundo foi imprescindível nesta busca pelo meu propósito. Todas as experiências e aprendizados que vivi aqui foram necessários para me abrir os olhos. Acredito que me reinventar em outra cultura foi extremamente importante e renovador para mim. Recomendo fortemente! Na dúvida, expatrie!

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    Juliana Platero
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    Juliana é paulista, radialista e bailarina por formação, produtora e decoradora de eventos por profissão. É apaixonada por filmes, séries e viagens. Está no canal do YouTube Sushi e Juju pelo mundo e atualmente vive no Japão.

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