Férias de verão na Córsega (parte 2).
Porto-Vecchio:
Com um pequeno circuito turístico super interessante a se fazer na parte antiga da cidade, Porto-Vecchio conta também com múltiplos comércios onde encontramos grande diversidade de produtos locais, assim como com vários restaurantes e bares.
Ajaccio:
Como já pude mencionar, a capital da ilha e também a maior cidade dela. Foi onde nasceu Napoleão e é onde há alguns locais relacionados à vida do antigo Imperador francês. Alguns destaques da cidade são a Cathédrale Notre-Dame de la Miséricorde, ou Catedral de Nossa Senhora da Misericórdia, que é a igreja onde Napoleão foi batizado, e a Maison Bonaparte, local onde ele nasceu e viveu durante parte da infância. Há também as Torres de Vigia que serviam para controlar a aproximação de possíveis invasores antigamente.
Cuccuruzzu et Capula:
Um circuito pré-histórico incrível com estruturas que datam do período Mesolítico (8000 anos a.C), próximo à cidade de Levie.
Filitosa:
Outro local com estruturas pré-históricas, essas datando do período Mesolítico (4000 a.C). Filitosa é mais popular que o sítio histórico de Cuccuruzzu, mas se fosse para escolher, ficaria com o primeiro. Se puder, visite os dois e escolha seu predileto.
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Zonza e Quenza:
Duas pequenas cidades, menos comuns nas rotas turísticas ,que decidimos conhecer para diversificar as paisagens e não ficar só no litoral. Também sabíamos que lá poderíamos visitar algumas igrejas históricas. Há também trilhas que partem dessas duas cidades.
Les aiguilles de Bavella, ou As agulhas de Bavela:
Falando em trilha, não poderia deixar de falar das Agulhas de Bavella. O caminho para chegar até o principal ponto de início da trilha é algo impressionante. A mudança de vegetação, o cenário verdejante e as curvas acentuadas fazem dela uma aventura antes mesmo de o início. Poderia não recomendá-la para iniciantes, principalmente os pouco esportivos como eu, mas se eu consegui, basta ter fôlego, calma e você também pode. Parte da trilha coincide com o caminho do GR20, ou Grande Randonnée (Grande Trilha), uma trilha que cruza a ilha de norte a sul através de 180 quilômetros de montanhas, ou seja, coisa de profissional. Mas pelo caminho há também muitos amadores, todos querendo desfrutar da vista que se conquista depois de 2h ou mais de subida, a uma altura de 1218 metros. Se quiser enfrentar essa trilha, comece cedo, preveja água e algo para comer e use filtro solar!
No quesito praia, que é, aliás, um quesito importantíssimo na Córsega, compartilho aqui embaixo quais foram as três que me deixaram mais encantada.
Praia de Roccapina:
Arrisco dizer que é uma das praias preferidas dos turistas que estão nessa região, mas também não é para menos. Linda, conta ainda com uma montanha ao lado que tem em seu topo rochas que lembram a silhueta de um leão, conhecido como o Leão de Roccapina.
Praia de Erbaju:
Ao lado da praia de Roccapina, deve ser acessada por uma trilha um pouco escondida que vai subindo em direção ao Leão de Roccapina e depois desce bem no meio de uma pequena floresta de maquis – plantas que constituem a vegetação local. Passado esse percurso, o que se vê é uma praia paradisíaca e quase inexplorada. Pouquíssimos turistas têm conhecimento da existência dela. E nem todos os que sabem dela têm coragem de fazer a pequena trilha de difícil acesso que precisamos traçar para alcançá-la. Alguns italianos vêm de barco, direto da Sardenha, para nadar nas suas águas tranquilas e transparentes.
Praia de Palombaggia:
De olhos fechados, minha praia predileta. É verdade que o horário escolhido pode ter jogado a nosso favor e por isso recomendo justamente ele. Chegamos entre 8h30 e 9h da manhã e pudemos escolher tranquilamente onde colocaríamos nossa toalha estendida, além de só ter praticamente a companhia de famílias com crianças. E, justamente por ser um horário tranquilo, quando demos nossos primeiros mergulhos nessa praia ficamos deslumbrados com a quantidade de peixinhos que nadavam ao nosso redor, mesmo no raso. Então, fica a dica: cheguem cedo, levem suas máscaras de mergulho, mas lembrem sempre de cuidar do ambiente, deixando os peixinhos tranquilos e apreciando a presença deles com respeito.
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Para encerrar, um resumo do que acho que deve ser feito na ilha:
– aproveitar as praias! Sempre levando em conta que ela são muitas e que a paisagem de uma pode ser bastante diferente da paisagem das outras, então variar e investir tempo para conhecer diferentes praias e guardar um ou dois dias no final para talvez repetir as suas prediletas pode ser uma boa;
– aproveitar as trilhas, sobretudo se você for do tipo atlético e fã desse tipo de passeio, a ilha vai te presentear com variadas opções;
– comprar produtos locais. Há uma infinitude de opções, tanto nos supermercados quanto em armarinhos e vendinhas locais. Valorizem os produtos da região enquanto estiverem lá: cervejas, vinhos, geleias, chocolates e até azeites são algumas das diversas opções que poderão ser encontradas;
– ver uma apresentação de canto córsico. Na época de alta temporada muitos restaurantes organizam jantares ao som de cantos córsicos e é um momento muito bacana para conhecer um pouquinho da cultura local.
E aí, consegui deixar alguém com vontade de conhecer a ilha?