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    Home»Egito»Inserção no mercado de trabalho no Egito
    Egito

    Inserção no mercado de trabalho no Egito

    Michelle BastosBy Michelle BastosAugust 25, 20178 Comments7 Mins Read
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    A maioria das mulheres que chegam para morar no Egito, o fazem por estarem acompanhando os esposos ou serem recém-casadas com nativos.  Aí então, começa um grande dilema na vida de muitas delas, como se inserir no mercado de trabalho e recuperar a independência não só financeira, mas também construir laços, amizades e uma rotina independente no país. Isso pode parecer muito fácil quando migramos para países de cultura ocidental como o nosso. Entretanto, no Egito, cada pequena tarefa, como ir sozinha ao supermercado, pode ser um grande desafio para uma recém-chegada. Já relatei sobre a vida das mulheres no país nesse texto. Então, imagina para uma brasileira assimilar tudo isso?

    Em relação as diferenças culturais e adaptação, deixarei como tema para o próximo post. A maior preocupação da maioria das mulheres quando estão prestes a se mudar para o país é realmente, conseguirei trabalhar por lá? Como a minha experiência nessa área não é vasta e é só uma, convoquei diversas brasileiras com experiências completamente diferentes no país para fazermos uma espécie de bate papo sobre o assunto.

    A maior parte da mão de obra brasileira no país é absorvida pelos call centers que precisam de pessoas nativas em português como atesta a Mayara Carmo, que mora no país há 2 anos por ter se casado com um egípcio, “No ano que cheguei, comecei a trabalhar em call center dando suporte à clientes de Portugal. No geral, call center é onde você mais encontra estrangeiros devido ao idioma requerido”.

    Foi o caso também, da Grazzi Araujo, que depois de anos morando no Egito para acompanhar o esposo brasileiro, decidiu trabalhar em um call center por um ano. Mas foi aí também que ela teve contato com outra face da cultura: “Trabalhei um ano em call center, e a cultura egípcia me afetou tremendamente lá. Só as meninas trabalhavam. Os caras fumavam o dia inteiro e tomavam chá. Vi muito da cultura egípcia lá, das coisas mal organizadas e do jeitinho egípcio. ”.

    Não só a Grazzi teve que conviver com esse tipo de problema. A Nane Aragão que se mudou para o Egito através de um intercâmbio, se apaixonou e não quis mais voltar, conta sua experiência como professora de inglês, “Existe um choque cultural. As relações de trabalho são diferentes aqui. Eles têm uma cultura muito de submissão e sofrem para adaptar com o estrangeiro que gosta de tudo certo e no papel. Além de terem uma relação bem escravocrata achando que porque te pagam, são donos da sua vida.”.

    Experiências semelhantes tiveram a Marina Guedes que também foi como intercâmbista por duas vezes: “Eu trabalhava sem contrato, teoricamente ilegal. E não era para ser assim quando eu combinei do Brasil, eu fiquei bem nervosa. Mas o trabalho e condições não eram ruins.”. E a Nane Magossi que em seus 10 anos de experiência no país relata bem essas relações complicadas, mas também por vezes, boas:  “Primeiro, trabalhei em uma empresa de marketing muito sem noção, acho que o dono era ‘filhinho de papai’ e usava aquela agência só para encher linguiça. Depois, fui trabalhar em um call center. Nessa, fiquei 3 anos e foi maravilhoso. ”. Ao se mudar para Alexandria, ela se viu de novo em um novo emprego, “Fui trabalhar em um clube. Foi um trabalho difícil, por que não e fácil ser chefe de egípcio. Egípcios não gostam muito de regras. ”.

    Como conclui a Mayara, “No Brasil as leis trabalhistas dão mais suporte ao trabalhador e realmente são aplicadas”, o que nem sempre é o caso do Egito. Mas como esperança, a Nane Aragão diz que todos os problemas dela foram resolvidos de acordo com os seus direitos, e brinca “com jeitinho vocês põe eles na linha”.

    Entretanto, falar português apenas não é suficiente para esses empregos. A maioria das grandes empresas no Egito tem como língua falada dentro delas o inglês, o que já facilita sua vida caso fale o idioma. Na opinião da Mayara para conseguir emprego no Egito “conta muito idiomas, então quanto mais fluência em idiomas tiver, mais facilidade terá ”. Essa também é a opinião da Grazzi, “se a pessoa tem uma boa formação, ela pode se inserir aqui. O problema é que grande parte dos brasileiros não falam inglês.”.

    E como lembra a Nane Aragão, em relação a estrangeiros, “eles contratam rápido e pagam bem mais do que pagariam a um egípcio”. A experiência da Marina, também foi positiva nesse sentido, “no Egito, no meu emprego mesmo sendo recém-formada eu conseguia me manter, mesmo tudo tendo subido de preço, era mais acessível do que no Brasil”. Lembrando que quem quiser saber mais sobre custo de vida no Egito, tem texto meu sobre isso aqui.

    Há também as meninas que conseguiram se inserir no mercado dentro da própria área de formação e atuação. É o caso da massoterapeuta, Helena Souza, da cabelereira, Fernanda e da cantora Monique Alves que foi contratada no Brasil para se apresentar em hotéis de Hurghada, cidade no mar vermelho.

    Quanto a esse tipo de empreitada, a Helena, relata duas dificuldades. A primeira a língua árabe. Quando se mudou por causa do esposo egípcio, conseguiu emprego em um spa. Mas ela não falava árabe e as colegas de trabalho não falavam inglês, e por vezes as clientes também não. Mas ela contornou o problema, “Aos poucos minhas colegas foram me ensinando o árabe e em 6 meses eu já sabia falar o básico para o trabalho. ”.

    O segundo problema diz respeito ao assédio, e quanto a isso Monique também se sente incomodada. “Há muitas pessoas aqui com o pensamento fechado acreditando que fazer massagem é quase o mesmo de se prostituir”. Mas ela garante que para quem trabalha com beleza o país é promissor, tem muitas vagas e pagam bem.

    Há também algumas brasileiras, como a Danielle Lopes e a Silvia Abdelmawgoud, que ao se casarem com egípcios, decidiram não trabalhar, parte por falta de oportunidade, parte por decisão. E mesmo as meninas que citei que trabalham, muitas delas por longos períodos optaram por ficar sem trabalhar. E de certa forma, esse é o meu caso também.

    Cheguei a ver diversas vagas de emprego nas quais eu poderia me candidatar, mas não cheguei a fazer por sequer conseguir imaginar como eu iria todo dia até o trabalho sozinha. É certo que as grandes empresas fornecem vans e ônibus para os funcionários que geralmente partem de vias principais. Mas eu não me imaginava chegando até lá sozinha de tuk-tuk ou micro-ônibus, e enfrentando horas e horas de trânsito por dia. Como eu também jamais conseguiria ficar em casa sem trabalhar, primeiro inventei de levar produtos de cabelo do Brasil para vender lá, o que é sucesso total. Mas era difícil e eu dependia do meu esposo me levar para vender e traduzir para a mulherada. Foi então que começamos a trabalhar com turismo, que é o que realmente amamos, temos vocação e nos permite ficar na ponte aérea Egito Brasil.

    Cada uma tem sua estória e trajetória, e se você também está vindo para o Egito, encontrará a sua. Terminarei com a opinião da Silvia, que acredito traduzir bem tudo que nós temos a dizer a vocês: “Se algum brasileiro pretende se inserir no mercado de trabalho daqui não terá grandes dificuldades, mas que ao menos fale inglês e claro, tenha muita paciência para lidar com seus novos colegas de trabalho egípcios (sem querer assustá-los!). ”.

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    Michelle Bastos
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    Michelle é graduada em jornalismo pela UFV, e escreve o blog Vem Comigo na Viagem. Já morou em Portugal, EUA, Grécia e hoje, casada com um egípcio, divide sua vida entre o Brasil e o Egito. Proprietária da Hórus Viagens, adora planejar a viagem dos sonhos dos clientes para o Egito e Oriente Médio.

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    8 Comments

    1. Gabriella Campos on August 25, 2017 10:06 pm

      Michelle,
      Adoro seus textos. Cheguei a eles enquanto procurava informações sobre o Egito antes de viajar.
      Fiquei encantada com o país e gostaria de te fazer um pequeno pedido: fiquei en-can-ta-da com o pão. Foi a base de minha alimentação. Desde então, venho procurando uma receita. Será que poderia me conseguir uma? =D
      Muito obrigada e parabéns!

      Reply
      • Michelle Bastos on August 25, 2017 10:16 pm

        Oi Gabriella, muito obrigada pela sua leitura!

        Realmente o pão que chamamos de sírio de lá é bem diferente do que temos aqui, né? Então, eu não sei fazê-lo, mas vou recorrer a sogra e se ela souber, te envio a receita por e-mail, pode ser?

        Beijos

        Reply
        • Gabriella Campos on August 26, 2017 11:57 am

          Claro!!! Muito obrigada!!!

          Reply
    2. Ana Paula on September 4, 2017 5:15 pm

      oi Michelle, adoro os textos, também penso que falamos por facebook rs mas diz uma coisa, qual a média na real de salário e que se vive bem no Egito? vi várias coisas, mas como tem muitas informações desde ajuda do governo pra quem é Egipcio, quero saber, estrageiro pode viver com quanto de dinheiro ao mês?! Parabéns e mt obrigada! beijinhos

      Reply
    3. Edilene Rabelo on January 2, 2018 10:17 pm

      Maya Carmo, Boa noite!Tudo bem?

      Por favor, preciso de sua ajuda em um assunto sobre casamento no Egito, preciso saber se tenho que adquirir algum selo da embaixada do egito aqui no brazil nos documentos como: Declaração publica de estado civil e certidão de nascimento que já foram legalizados no MRE aqui em são paulo.
      Fico no aguardo de um retorno.
      Obrigada bjs

      Reply
    4. CRISTIANO FERREIRA DE SOUZA on February 28, 2018 3:47 am

      Oi Michelle..adorei seu texto .
      Meu nome é cristtiano Ferreira ..sou designer de bellydancers há 20 anos no brasil e gostaria muito de trabalhar no Cairo…mas não sei nem por onde começar…vc sabe como faço pra alugar algum local pra morar e trabalhar lá??? Desde já agradeço

      Reply
    5. Danielle Theobald on April 29, 2018 12:51 pm

      Olá, bom dia!
      Estou me candidatando a um intercâmbio voluntário pela AIESEC no egito, na minha área de atuação (arquitetura), mas chegaram a mim algumas informações sobre assédio com mulheres no egito e me pediram pra ter muito cuidado. Realmente as mulheres (estrangeiras, principalmente) são assediadas e existe “perigo” em andar na rua?
      Se você pudesse me esclarecer isso, seria ótimo, porque confesso que fiquei um pouco assustada e com pé atrás, por ir sozinha.
      Agradeço.
      Att,
      Danielle Theobald

      Reply
      • Liliane Oliveira on April 30, 2018 2:05 pm

        Olá Danielle,
        A Michelle Bastos parou de colaborar conosco e, infelizmente, não temos outra colunista morando no país.
        Obrigada,
        Edição BPM

        Reply

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