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    Home»Itália»Itália com a pandemia de coronavírus
    Itália

    Itália com a pandemia de coronavírus

    Camila FranzoniBy Camila FranzoniMarch 27, 2020Updated:March 27, 20204 Comments6 Mins Read
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    Itália, pandemia coronavírus
    Fonte: Pixabay
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    Itália com a pandemia de coronavírus

    Andrà tutto bene. Vai ficar tudo bem. Nas últimas semanas, este tem sido o meu mantra pessoal. Este tem sido o mantra de um país inteiro. Em 19 de março, a Itália ocupou o ingrato título que até então pertencia à China: transformou-se no novo epicentro da pandemia de coronavírus no mundo. Até 25 de março às 18 horas (horário local), o país registrava 57.521 casos, com 7.503 mortes.

    Tentar encontrar sentido para tudo isso não tem sido fácil. São muitas vidas perdidas para o que até então acreditava-se ser “apenas uma gripe”. Em um país de 60,3 milhões de habitantes, estes dados representam uma taxa de mortalidade de 7%; o dobro da média mundial.

    Quando começou a pandemia na Itália?

    O primeiro caso de COVID-19 foi confirmado em 30 de janeiro. Em 18 de fevereiro, foi registrado o primeiro caso de transmissão secundária na Itália. Alguns dias depois, foi anunciado o fechamento de escolas, museus, academias e o cancelamento de eventos com aglomerações de pessoas, como o tradicional Carnaval de Veneza.

    Turim está a apenas 140km de distância de Milão. Pude perceber uma mudança no comportamento das pessoas quando os casos por lá começaram a aumentar. Amigos de longa data passaram a se cumprimentar com um simples aceno em vez do tradicional beijo na bochecha. Bares e restaurantes badalados passaram a ficar vazios, enquanto os supermercados, cada dia mais lotados.

    Naquele momento, o coronavírus passava a ser o grande protagonista em conversas. Via-se claramente uma postura antagônica entre as pessoas, algo bem parecido ao que aconteceu no Brasil na época das eleições.

    Havia quem estivesse com medo, estocando comida (até papel higiênico!) e evitando sair de casa. Havia quem desdenhava abertamente do pânico alheio, fazendo questão de continuar saindo aos finais de semana, como se o simples fato de ser jovem servisse como proteção ao vírus. Dados mais recentes, entretanto, mostraram que 25% dos infectados pelo COVID-19 possuem entre 19 e 50 anos de idade.

    O início da quarentena

    Vivemos duas semanas assim, entre a negação absoluta e o pânico total, até que um decreto de 9 de março anunciou a quarentena em todo o país. Ninguém mais podia fingir que estava tudo bem. O tal decreto, supostamente em vigor até 3 de abril, mas com grandes chances de ser prorrogado, proíbe o deslocamento entre cidades, salvo por motivos de trabalho, emergência médica ou retorno de alguma viagem.

    Aglomerações de pessoas foram proibidas, desde encontros entre amigos até partidas do campeonato nacional de futebol. Restaurantes, bares e discotecas foram fechados, assim como academias, museus, cinemas e centros comerciais.

    Outro decreto, de 20 de março, anunciou a paralização completa de toda a produção do país, com o fechamento de fábricas, escritórios e obras de construção civil. Hoje, apenas continuam em funcionamento os setores essenciais, como a indústria alimentícia, farmacêutica e de transportes.

    Em apenas um mês, um país inteiro viu sua rotina mudar drasticamente. Trabalhar deixou de significar ir ao escritório todos os dias, mas sim fazer home office, muitas vezes tendo que dividir a mesa de trabalho com a família inteira.

    O encontro entre amigos ao fim do expediente passou a ser 100% online e o melhor plano para o fim de semana é maratonar uma série no Netflix. Ruas e piazzas ficaram desertas, enquanto cresciam as campanhas nas redes sociais para incentivar as pessoas a permanecerem em casa. A hashtag oficial #iorestoacasa (#euficoemcasa), por exemplo, já tem quase 1,5 milhões de posts no Instagram.

    A solidariedade

    Mas, enquanto crescia o número de infectados, aumentava também a solidariedade e o espírito de união. Bandeiras da Itália foram estendidas nas janelas e o hino nacional passou a ecoar nas rádios como se o país estivesse celebrando a vitória na Copa do Mundo. Para afastar a tristeza e a depressão, vizinhos criaram shows improvisados nas sacadas de casa, com direito a uma playlist que vai de “Macarena” a clássicos nacionais, como “Nel blu’ dipinto di blu”. Com a música, misturam-se os aplausos em homenagem aos profissionais de saúde que estão arriscando a própria segurança para salvar vidas.

    Pessoas passaram a ir ao supermercado no lugar de seus vizinhos idosos, a população mais vulnerável ao COVID-19. Criaram-se vaquinhas online para arrecadar doações aos hospitais, psicólogos se ofereceram para sessões de terapia online gratuita, artistas estão fazendo shows online sem custo, escolas e universidades estão oferecendo cursos de aperfeiçoamento profissional totalmente gratuitos.

    A solidariedade é o modo que os italianos encontraram para enfrentar a maior crise vista no país desde a Segunda Guerra Mundial.

    “Estas mortes que anunciamos todos os dias não são apenas números, nós estamos chorando por pessoas (…) As medidas adotadas são difíceis, permanecer em casa, renunciar radicalmente a diversos hábitos não é fácil, eu sei, mas não temos alternativa. Neste momento, devemos resistir, somente assim poderemos cuidar de nós mesmos e das pessoas que amamos”,

    como disse o visivelmente emocionado primeiro-ministro Giuseppe Conte em uma live via Facebook.

    Não dá para ser indiferente

    No momento em que a Itália se torna o novo epicentro da pandemia, eu completo um ano morando em Turim. Também faz um ano que obtive o reconhecimento da cidadania italiana juris sanguinis. Esta é uma herança da minha família, originária de Bergamo, que é justamente a província mais afetada pelo coronavírus, onde o contágio já passou de 6 mil casos.

    Pouco a pouco, começo a ouvir relatos de conhecidos que foram infectados, de pessoas que perderam os avós, de amigos que se viram sem trabalho. Relatos de medo em meio a um futuro incerto. É impossível ser indiferente ao que está acontecendo ao meu redor. Difícil não notar que um dos povos mais barulhentos e alegres do mundo tornou-se extremamente silencioso.

    Um silêncio sufocante nas ruas, interrompido somente por sirenes de ambulâncias. Mas, se olharmos com atenção, percebemos um sinal de esperança. Em várias janelas, geralmente ao lado de uma bandeira italiana, vemos o desenho de um arco-íris com a mensagem escrita a mão: Andrà tutto bene.

    Porque vai ficar tudo bem. Na Itália, no Brasil e no mundo.

    O que posso fazer agora?

    • Informe-se para conscientizar outras pessoas

    salute.gov.it/nuovocoronavirus

    Boletim oficial do Ministério da Saúde da Itália, com as últimas informações sobre a pandemia e resposta para as dúvidas mais comuns (disponível também na versão em inglês).

    • Ajude os hospitais italianos

    italianonprofit.it/donazioni-coronavirus

    Página oficial para recolher doações aos hospitais mais afetados pela pandemia.

    • Cuide da sua saúde mental

    spiweb.it/wp-content/uploads/2020/03/esterni.pdf

    Psicólogos italianos que oferecem sessões gratuitas para ajudar a lidar com o medo, estresse e ansiedade da pandemia.

    • Evite sair de casa aproveitando os serviços online, como jornais e cursos

    solidarietadigitale.agid.gov.it/#/

    Reúne diversas empresas que estão disponibilizando serviços online para a população, a maioria gratuitos.

    • Doe sangue

    avis.it

    Se você vive na Itália, pode doar sangue aos hospitais cujos estoques estão acabando.

    • Siga os conselhos da nonna para se proteger do coronavírus

     

    https://www.youtube.com/watch?v=vRxJsZzfqXQ

    Uma avó italiana de verdade, estrela do Youtube, dando conselhos para se proteger. Muito fofo!

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    Camila Franzoni
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    Camila é paulista, apaixonada pelo Sul do Brasil e trocou o calor dos trópicos pelo frio europeu. Jornalista formada pela Unesp, trabalha como redatora criativa e tradutora. Já chamou de casa lugares tão diversos quanto o Canadá e a Tanzânia e, finalmente, decidiu fincar raízes na bela Itália, terra de seus bisavós. Atualmente mora em Turim, no Piemonte.

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    4 Comments

    1. Shaiane on March 27, 2020 8:37 pm

      Oi Camila!!
      Adoro teus posts!! Estou me preparando para morar em Turim e sempre leio teus textos para saber mais! Obrigada por escrever sobre essa cidade encantadora! Fica com Deus!!

      Reply
      • Camila Franzoni on March 30, 2020 11:14 am

        Oi Shaiane!
        Fico feliz de saber que meus textos estão te ajudando neste processo de mudança =)
        Se tiver alguma dúvida específica que eu não abordei nos textos, pode perguntar por aqui ou me mandar um direct no Instagram: @camila.franzoni
        Espero te dar as boas-vindas à Turim logo mais!

        Reply
    2. Ana Lopes-Barbosa on March 28, 2020 1:36 pm

      Camila, obrigada por seu relato com perspectiva direta da experiencia vivida no epicentro europeu do Covid19.
      Tambem aqui na Inglaterra temos visto muitas demonstracoes de solidariedade e senso de comunidade.
      Força é o q desejo, perseverança e esperança por tempos melhores. Um abraço virtual e q o Senhor nos proteja. ????????

      Reply
      • Camila Franzoni on March 30, 2020 11:11 am

        Obrigada Ana! Infelizmente esta epidemia está se espalhando pelo mundo todo, né? =(
        Se cuide aí na Inglaterra! Estou mandando boas vibrações pra vocês =)

        Reply

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