Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a participação e contribuição de vocês para o Brasileiras Pelo Mundo. Nada faz uma escritora mais feliz do que ler comentários em seus textos e perceber que suas palavras, de uma maneira ou de outra, tocaram a vida de alguém, e críticas e contrapontos são também bem-vindos, afinal, o diálogo é o melhor mecanismo de educação e esclarecimento. Dito isso, anuncio que finalmente faz sol na Dinamarca, o que é uma bênção depois dos tradicionais invernos cinzentos e sem luz. Aliás, o retorno do sol faz uma diferença tão palpável na vida de quem mora no País que poderia ser objeto de um daqueles documentários do Discovery Channel ou NatGeo, no qual um narrador de sotaque britânico descreve o fenômeno conhecido como fim do período hibernatório dos ursos.
De ranzinzas e fechadas, as pessoas tornam-se simpáticas e sorridentes. Amigos que passaram o inverno sem se ver subitamente encontram-se acometidos por um desejo inexorável de convidar alguém para tomar um café. Hordas de jovens bárbaros rumam para as pontes da cidade, de cerveja em punho, buscando seu lugar ao sol, emitindo os tradicionais ruídos que antecedem os ritos de acasalamento: os silenciosos dinamarqueses passam a falar alto, a rir alto e….bem….a xingar alto também, especialmente quando bêbados (o que, cá entre nós, é praticamente o estado natural do espécime nas tardes e noites de primavera e verão). Nem o vento cortante, que nos acompanha de agosto a junho, nem os preços exorbitantes praticados por bares, cafés e restaurantes daqui, conseguem inibir esta impetuosidade primaveril.
Também eu fui contagiada por este clima, o que me levou a decidir o tema do post desse mês de forma diferente. Quem acompanha minhas postagens talvez tenha percebido que costumo intercalar textos mais leves, bem-humorados e informativos, com escritos mais densos, que questionam certos aspectos sensíveis da sociedade dinamarquesa. Este deveria ser o mês do texto mais reflexivo, que me faz parecer adulta, questionadora e, certamente, NÃO o tipo de pessoa que você convidaria para um encontro social sem o fundado temor de que eu pudesse afundar o clima de festa, mas finalmente banhada pela tão esperada luz solar, e dopada de vitamina D, resolvi escrever sobre um tema mais descontraído: moda e estilo na Dinamarca (ou a ausência deles).
Começo com uma confissão da minha ignorância: antes de me mudar para cá, imaginava a Dinamarca como outros países europeus pelos quais eu já havia passado e, mal acostumada com a Itália (e especialmente com Milão), ansiava pela oportunidade de “porcinar” em todas as estações. Meus invernos eram acessorizados por chapéus monumentais e lindas botas de cano alto, enquanto eu me protegia em elegantes casacos de lã e belos cachecóis. A primavera colocava em cena minha coleção de echarpes e casaquinhos, além de minhas amadas sapatilhas em tons pastel. O verão era a apoteose dos vestidos, com suas estampas audaciosamente coloridas, e de belas e leves sandálias. E o outono, minha estação favorita, me possibilitava regressar às amadas botas, cuja solidez era contrabalanceada por fluidas saias de seda e leves casacos. Antevendo e ansiando por tais oportunidades aqui na Dinamarca, só faltei embalar minhas fantasias de Carnaval quando me mudei do Brasil para cá, mas mal sabia eu que meu guarda-roupa estaria prestes a mudar completamente (pausa dramática).
Quando cá aportei, comecei a observar os locais, e a primeira coisa que me chamou a atenção foi um apego quase doentio por roupas pretas, não importa a estação ou a ocasião. Os dinamarqueses típicos se vestem de preto o ano todo, dos pés ao topo de suas cabeças loiras, seja para ir para o trabalho, para dormir ou para ir a um casamento. Cheguei a cogitar se existia alguma isenção tributária da qual eu não fora informada para quem se veste de preto por 365 dias consecutivos e, desnecessário dizer, para aqueles que acompanham minhas postagens, que a cada festa ou jantar eu me sentia o equivalente em estilo de uma cruza entre Frida Kahlo e Tiririca. Faça chuva ou faça sol, o dinamarquês e a dinamarquesa estarão de preto e, num dia de ousadia e descontrole, talvez cinza, azul-marinho ou verde-garrafa.
Minha segunda constatação é de que as pessoas são tão naturalmente bonitas aqui que elas fazem um esforço positivo para se enfeiar, começando pelos pés. Os sapatos daqui, em regra, têm a graciosidade das nossas saudosas botinhas ortopédicas da infância, e o preço de um órgão vital. Entendo que, para enfrentar o frio, botas horrendas mas quentinhas se façam necessárias, mas o rol de atrocidades estéticas não para aí, incluindo o gosto inexplicável por pisantes que se assemelham a um tijolo com tiras e chinelinhos que, no Brasil, usamos para fazer faxina em casa.
E o estilo das vestimentas…..bem…..a Dinamarca é um país admirado pela igualdade de gênero, e isso se reflete também no estilo andrógeno de muitas roupas: vestidos (pretos, obviamente) soltos e sem forma, calças retas e sem detalhes, casacões que se confundiriam com uma oca, e blusas sem graça, tudo isso a preços estratosféricos. As roupas que as dinamarquesas elegem para ocasiões de gala são aquelas que eu usava para ir trabalhar ou para ir ao cinema no Brasil, e as que elas usam para trabalhar frequentemente seriam enquadradas na categoria “coisas confortáveis e horríveis que uso para ficar vendo séries no Netflix mas que nunca usaria em público”. O meu antigo emprego tinha até uma cultura de “dress-up shaming”, ou seja, se você se vestir bem demais, isso é um problema. Por sorte, meu novo local de trabalho é muito mais “fashion-friendly”, e não me sinto mais julgada por usar salto ou por fazer coisas extremas, como escovar o cabelo antes de ir trabalhar.
Acessórios aqui também são minimalistas e quase invisíveis: brincos pequenos, colares discretísssimos, etc. A única exceção são os cachecóis, fiéis acompanhantes dos dinamarqueses, e que podem facilmente ser enquadrados na categoria “cobertor de inverno” no Brasil, dando voltas e voltas no pescoço, tal qual uma jibóia prestes a estrangular a vítima.
Em um ano e meio morando aqui, muitas coisas mudaram em meu guarda-roupa, mas continuo sendo uma objetora persistente do minimalismo dinamarquês, sob pena de constantemente ser confundida com um carro alegórico. A verdade é que temos que usar o que nos faz sentir bem, e não julgo os dinamarqueses por suas escolhas, mas a tropicalidade latina ainda é bem mais forte em mim do que a sobriedade nórdica, e espero continuar assim, uma Carmen Miranda, uma Viúva Porcina, e, quando envelhecer, uma Vovó Mafalda rs. Beijos e até a próxima!
53 Comments
Hahahaha eles vestem até as crianças de preto! Ou de cores esdrúxulas!!
Eu moro aqui há 3 anos e também sou bem latina no meu modo de vestir! Sou a única na sala de batom! ???? E uso mesmo! Amo!
Oi Ana Carina! Isso aí!!! Vamos nos unir e ser o bloco das objetoras persistentes do minimalismo! Eu também adoro um batom, e no meu antigo trabalho me olhavam como se eu estivesse indo pro circo, mas eu nem dava bola 😀
Trabalhei 5 anos em uma escola e minha experiência é exatamente oposta: Uma explosão de cores nas roupas das criancas.
Adorei suas experiencias , um pouco diferente daqui onde moro na Grecia.
Oi Flavia, tudo bem? Como é essa questão de moda e estilo na Grécia?
Muito bom artigo, falou tudo como realrente e. Ate hoje depois de 31 anos de Dinamarca ainda me perguntam se eu vou para uma festa por estar sempre bem vestida, e muito colorida.
Querida! Você não imagina o montão de gargalhadas que arrancou de mim com esse texto.
Com certeza irei “porcinar” por aí também. Adoro roupas pretas, mas não o tempo inteiro. Também me chocaram os sapatos. Muito feios e caros, pelo que pude perceber.
Amei o texto. Parabéns pelo humor.
Oi Fernanda! Fiquei super feliz com o seu comentário! O objetivo é justamente fazer rir, até porque os precinhos são de chorar. Espero que possamos Porcinar juntas por aqui 😀 Beijos
Excelente!
Obrigada, Vitão!!!!! Saudades imensas de ti!!!
No frio que esta fazendo aqui em Curitiba não me importaria em ser sufocada por cachecol e toca ahaha
Adooorei!!
http://www.patriciacousseau.com.br
Obrigada, Patrícia! Eu já estive em Curitiba no inverno, e cogitei sair de cobertor na rua! Beijos
Delicia de texto. E essa mudanca de mood na estacao e bem isso.
Moro em Londres e qdo chega o verao, o povo fica ensandecido.
Bom trabalho e obrigada por compartilhar conosco
Oi Daisy, tudo bem? Obrigada pelo seu comentário e pelo ponto de vista londrino 🙂 Acho que partilhamos o terror desses dias cinzentos. Beijos
Texto muitooooo verdadeiro e muito bom de ler. Gostei muitooooo. Un bacio, un’abbraccio e tantissimi sorrisi
Muito obrigada, Sofia!!!!! 😀
Estou morando na Suécia e me identifiquei com tudo… e vc acha tudo caro por aí? Acredite, poderia ser pior.. fiquei sabendo que os suecos vão até a Dinamarca comprar roupas de inverno pq aí é mais barato…o bom é que já tenho uma desculpinha lra poder ir conhecer a Dinamarca…
Oi Maysa! Obrigada pelo comentário 🙂 Olha, eu acho as coisas bem carinhas aqui, mas existem alternativas, como brechós e meeeeega promocões. Eu adorei seu comentário porque tenho muito amigos que fazem exatamente o contrário: vão pra Malmö quando querem fazer compras…rsrrsrsrs. Eu acho qeu a saída é diminuir o volume e investir em qualidade, mas dói pagar cerca de 2 mil reais em um casaco de inverno 🙁
Adorei!!
Obrigada, Lívia 🙂
Texto super bem escrito, leve e engracado, adorei!
Moro ha 4 anos em Johannesburg e moda aqui passa bem longe! Os homens parecem que estao todo dia indo fazer safari, aquelas roupas camufladas, verde exercito… As mulheres parecem ir ao mercado ou shopping de pijamas, calca de moleton, crocs, camiseta larga….affeeee!!
Agora vou mudar pra Praga, vamos ver como a coisa eh por la! Bjs
Oi Thais, tudo bem? Nossa, não imaginava que fosse assim! Bem, espero que a maldição do crocs não te acompanhe em Praga 🙂 Beijos
Kkkkkkk!!!! Sou dinamarquesa :)) Uso esses mesmos tons, meus sapatos a cada inverno gaúcho se tornam cada vez mais parecidos com os de alguma das bruxas de Oz e esqueci a escova de cabelo faz tempo (tipo um urso polar que ficou rabugento porque não pode hibernar). Mas, aqui no sul do Brasil, os poucos meses de verão, tem temperaturas que fazem a Frida que existe em mim sair confiante para pôr as pernocas no sol, claro, com um bom chinelo de bruxa tropical e, sem escovar o cabelo :)) Amei teu post :))
Oi Jomara 🙂
Também sou do sul, e nossos invernos são “de renguear cusco” mesmo. Adorei a parte da Frida 🙂 O importante é sermos felizes com o que somos 🙂 abraços
Gente voces vào me perdoar ,mais eu nàò entendo essas criticas ..eu moro fora do brasil na Italia e vo fala cada vez que volto ao brasil nossa senhora, as modas brasileiras calça de lycra com kilos caindo .Mulheres gravidas barriga descoberta com shortinhos curtos, fio dental e kilos e mais kilos de cada lado caindo nunca entendi essa nossa moda brasileira muito vulgar. E nàò acho que agente deve tirar sarro ou criticar nem um outro pais porque aqui somos conhecidas somente carnaval mulheres nuas e jogador de futbol ,macumba e mis bumbum e favelas, politicos ladròès , ETC …Entàò acho que antes de criticar devemos observar melhor nosso pais a nossas roupas porque aumenos eles sàò destintos e nàò sàò vulgar e muito inteligente e valorizam seu pais e tem muita educaçàò entre eles e respeito ,uniàò paises organizados primeiro mundo .Cultura coisas que nòs conhecemos poucos basta um funk cheio de palavròès, ou weslei safadàò nossa todo mundo aplaudi ..me perdoem mais o Brasil tem muito que melhorar abraço a todos brasileiros sei que as criticas seràò muitas sobre min mais paciencia ja sei disso porque do brasileiro nàò espero aplausos e entendimento .. E uma pergunta a moça das criticas #CAMILA VICENCI porque se casou com Dinamarques ? Porque os homens no brasil nàò nos valorizam certo.. PORQUE homens brasileiros honesto estàò em estinçàò ???
Adorei o texto!
Meu marido é dinamarquês, e atualmente moramos no Brasil.
Ele aderiu mais cores ao guarda roupa por se cansar do estilo dark. Hahaha
Obrigada, Vanessa 🙂 Quer dizer que tu conseguiste “converter” teu marido? O meu marido também é dinamarquês, mas viveu em Pernambuco quando era jovem, então ele usa mais cores do que eu 🙂 Abraços
Olá Camila, adorei conhecer um pouco da moda dinamarquesa através do seu relato. Deve ser um cenário monótono. Aqui em Tokyo felizmente a moda é super diversificada e o mais legal é a liberdade no vestir, sem medo de julgamentos, aqui ninguém fica olhando torto para o diferente, e isso eu adoro nos japoneses. Um abraço.
Abaixo um link sobre street fashion em Tokyo by Vogue.
http://www.vogue.com/slideshow/13359939/tokyo-fashion-week-street-style/#1
Oi Genny 🙂 Obrigada pelo elogio. Eu acho o cenário da moda no Japão fascinante e inspirador, e ainda quero visitar o país para ver essa criatividade toda ao vivo 🙂 abraços
Adorei o texto, parabéns!
Confesso que nem aqui no Sul do Brasil poderia ter ideia do frio que vcs enfrentam aí em cima, mas como brasileira posso imaginar o desespero estético ao ver-se imersa em uma infinidade de roupas escuras todos os dias…
Grande abraço e muita luz solar!
Muito legal. A Dinamarca será meu próximo destino, quando farei Escandinavia até a Rússia. De cara vão saber que sou turista, com cachecóis coloridos…haja
Oi Camila!Faz uns três meses que conheci o blog,mas sempre tenho preguiça de comentar.Hoje decidi colocar a preguiça de lado por que tenho que dizer que AMEI O SEU TEXTO!Eu,no conforto de morar quase 23 anos no mesmo lugar em que nasci,nunca parei pra pensar que quando sair de Recife vou sentir falta do sol,das pessoas ou das roupas leves e coloridas.Parabéns pelo texto!
Oi Marcela 🙂 Eu amei receber esse elogio!!!! Muito obrigada:)
Meu marido morou aí pertinho, em Aldeia, e até hoje é o dinamarquês mais colorido que eu conheço 🙂 Ah, que saudades do sol do nordeste e das suas cores! Abraços!
Muito bom seu texto Camila. Aqui na Belgica eles tambem tem preferencia por preto, ou usar da cabeca aos pes a mesma tonalidade, por exemplo bege. Com certeza o sol faz toda a diferenca….
Olá Camila,
Eu gostei muito do seu texto, sobre tudo da forma como vc descreve as situações. .. riqueza de detalhes com descontração. Parabéns!
Se me permite uma sugestão o próximo Post poderia ser algo ainda mais profundo sobre que tipo de roupa é consumido pelos escandinavos. Recentemente um jornal na Noruega criou um reality show onde enviou as blogueiras feshionistas para o Camboja, ali essas blogue irás vivenciaram as condições vividas pelos trabalhadores que confeccionam roupas para grifes conhecidas mundialmente.
Eu tive contato com 2 dinamarqueses ao longo de minha vida e posso estar enganada, mas havia em ambos (um homem e uma adolescente – eles não se conhecem) uma grande preocupação com o bem estar do próximo, com questões humanitárias etc…
Gostei bastante da forma envolvente com que vc leva o texto e acaba por prender a nossa atenção.
Um grande abraço!
Grace
Obrigada, Grace 🙂 Fico muito feliz que tenhas gostado do texto, e já anotei a sugestão aqui 🙂 Abraços
Camila, estou morando há pouco tempo na Dinamarca e comprei o meu primeiro sapato de verão dinamarquês. Caríssimo e feio que dói, rsrs mas muiiiito confortável, parece sapato de boneca de antigamente, rsrs. Ah! E é azul escuro, quase preto. Adoro seus textos.
Olá Simone! Obrigada pelo elogio 🙂 Eu entendo você: toda vez que tenho que gastar umas 600 kr pra mais pra comprar essas atrocidades que vendem aqui, algo em mim morre um pouco. Contudo, recentemente descobri o trendsales, um site ótimo para pechinchar pecinhas usadas ou quase novas aqui na Dinamarca. Abraços
Olá, Camila! Estou adorando ler seus textos sobre a vida na Dinamarca!
Estou me formando esse ano em Direito e iniciei uma pós-graduação em Relações Econômicas Internacionais, já que a área de RI sempre foi o meu sonho. Vi que você é doutora em Direito Internacional e gostaria de te pedir algumas dicas.
Eu quero fazer um mestrado em RI/Global Studies na Europa e, não sei por que, cismei que quero ir pra algum país da Escandinávia, rs. A Dinamarca me encanta muito! Você sabe se as universidades são muito exigentes aí para aceitar estudantes brasileiros? E como é o mercado de RI na Dinamarca? Vale a pena fazer isso que estou planejando?
Muuuito obrigada pela atenção e parabéns pelos ótimos textos!
Oi Paula, tudo bem? Desculpe pela demora, mas tive problemas para acessar o blog e reaponder os comentários. Bem, eu acho que a Dinamarca possui muitas oportunidades para esta área. Sugiro que você dê uma olhada no site da Copenhagen University e de Roskilde University. Abraços e boa sorte!
Concordo plenamente com a falta de opção em calçados bonitos, é muito difícil encontrar por aqui. Talvez por isso eu faça minhas compras online. Tem um site daqui que tem opções mais bonitinhas, mas quem é fashionista de carteirinha (sim! eles também existem na Dinamarca, apesar de raros) compra nas redes alemãs como Deichmann e Zalando, ou nas inglesas Ellos e Asos.
Faltou menção honrosa à calça capri, a queridinha de 9 entre 10 dinamarqueses. Acho que só nessa parte do mundo as pessoas ainda usam esses cruzamentos de bermuda e calça que nunca deveriam ter saído dos anos 1980. Aliás, eu acho a moda daqui totalmente retrô-anos 80… E as Birkenstocks, fenômeno alemão que também se espalhou por aqui, usadas até no inverno, com meias?
Mas tudo isso na verdade tem a ver com o coquetel conforto+minimalismo+lei de Jante, né? O que eu acho o máximo, na verdade, é que as pessoas pouco se importam. E melhor: com essa vestimenta mais confortável, tem menos sexismo, menos machismo e mais liberdade pra mulher. A gente não percebe o quanto de sexismo existe no nosso modo de enxergar a feminilidade no Brasil. E pelo mundo afora, há casos como li recentemente sobre um restaurante na Inglaterra que obrigava as funcionárias mulheres a trabalharem de salto no serviço às mesas, algo que, pra mim, é altamente revoltante e sexista. Por aqui, por exemplo, você vai aos restaurantes e os garçons e garçonetes estão de tênis. Isso são coisas que me fazem aceitar a ‘moda’ dinamarquesa e enxergá-la com olhos mais gentis, na verdade.
Achei o seu texto super bem humorado e não vi as tais críticas que alguns comentários insistem em apontar. Como diz Sakamoto, falta amor e compreensão de texto!
Bjs
Olá , Camila
Estava vagueando pelo blog até chegar no seu texto, maravilhoso por sinal!
Ri demais e vou indica- lo a outras pessoas.
Fiquei espantada com a foto do sol kkkk Pq depois de ter lido tanto sobre a chegada dele e toda a festa que você fez, estava esperando uma foto do sol do Rio de Janeiro kkkkk
aki em sp fez míseros 3 graus recentemente ( e de madrugada) e creio que o sol estava mais forte que esse Rsrs
Estou pensando será que eh a ausência de calor/sol que deixa a moda tão escura, meio deprê? Creio que o pessoal que mora em países diversos poderão responder… Estranhei mesmo isso, Pq o que dizer de Londres, Paris, Milão, Tokyo … ? Capitais da moda – e com cores- com invernos arrasadores também ?
Abraços a todos!
Oi Leila! Muito obrigada pelo elogio 🙂 Bem, eu acho que é a falta de sol mesmo e, além disso, os dinamarqueses costumam ser bem minimalistas e sóbrios, o que se reflete nas roupas de enterro aqui. Abraços :)))
Rir de chorar, concordo plenamente contigo, alías foi a primeira coisa que reparei nesse povo quando aqui cheguei pela primeira vez a 30 anos atras, o povo de preto ou roupas escuras, sapatos estranhos, reconheco eles em qualquer aeroporto antes qe eles abram a boca pela roupa e sapatos.
adorei! muito divertido! parabéns!
Oi Camila, muito bom seu texto! Me identifiquei demais ????????
Quando cheguei em Copenhagen no último inverno deixei praticamente minha mala inteira intacta. Além de sempre me sentir um carro alegórico cheia de cores, minhas roupas de frio do Rio de Janeiro não aguentavam o frio nem dentro de casa kkkk. Mas nesse verão finalmente deixei a moda dinamarquesa pra lá, e voltei a usar meus vestidos longos, minhas estampas e meus brincões! Sinto os olhares das dinamarquesas me julgando mas nem ligo, o importante é não perder nossa brasilidade 🙂
Oi Danielle, tudo bem?
Muito obrigada pelo comentário! Olha, a gente pode combinar pra sair juntas então: com duas brasileiras de vestidos coloridos, podemos abrir nossa escola de samba 😀 Continue carregando nossa brasilidade por aqui!!! Beijos
Oi Camila! Vou conhecer a Dinamarca na semana que vem! E como uma boa “Porcina” coloquei muitas cores. ( A mala já está quase pronta, kkkk). Mas estou repensando em mudar algumas coisinhas…… ???
Para estar mais no clima… Adorei as dicas!!!! Abraços!
Sou de Minas Gerais! Belo Horizonte.
Oi Bernardete!
Que bom que você virá nos visitar, mas não se sinta mal em “porcinar”, pois o importante é a gente ser feliz, do nosso jeito! Beijos e uma ótima viagem pra você! PS: Ainda está frio por aqui 🙂
Oi Camila , adorei seu post vou a passeio p Dinamarca neste final de mês, oque os dinamarqueses usam no verão, minha mala tem shorts , tênis e roupas coloridas que gosto muito.me da um Tok.
Oi camila!! Estou indo no verão em agosto e cheia de duvidas sobre a roupa que devo levar pois a temperatura do verão daí me parece diferente demais da nossa aqui. Agradeço se puder me ajudar!! Muito bom o seu texto, parabéns
A Camila não colabora mais, mas eu também moro na Dinamarca.
Traga suas roupas normais de verão e algumas peças meia estação, que servem pra dias mais frios. Entre julho e agosto temos os meses mais quentes.
Na Dinamarca venta muito, então se for friorenta é uma boa ideia trazer um casaco um pouco mais quentinho.
Boa viagem e aproveite o país! Aproveito para sugerir a leitura dos meus textos sobre férias na Jutlândia, parte continental da Dinamarca pouco conhecida e explorada por turistas brasileiros. Os textos se chamam Verão na Jutlândia parte 1 e 2.