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    Home»Alemanha»Moradores de rua em Berlim
    Alemanha

    Moradores de rua em Berlim

    Clarissa GaiarsaBy Clarissa GaiarsaMay 19, 2019No Comments5 Mins Read
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    Foto: Pixabay
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    Moradores de rua em Berlim.

    Ao me mudar para Berlim, há dois anos e meio, fui surpreendida positivamente e negativamente por muitas coisas que vi por aqui. Uma delas, e que ainda me surpreende até hoje, é o número de moradores de rua, razoavelmente grande para uma potência como a Alemanha. E aí sempre me pergunto, será que essas pessoas estão na rua por opção? A Alemanha oferece tantos programas de assistência social para refugiados e para quem está procurando emprego que é difícil imaginar que alguém queira viver na rua. Foi pensando nisso que resolvi escrever sobre esse tema delicado. Não sei se responderei todas as minhas dúvidas e as de vocês, mas espero, pelo menos, esclarecer alguns pontos.

    Dados sobre as “pessoas invisíveis”

    O número de pessoas sem-teto na Alemanha é bem alto, são mais de 860.000 (números do Federal Working Group for Homeless Aid) indivíduos vivendo sem um lugar para chamar de “minha casa”. Mas muitos moram de favor em casas de amigos ou passam a noite em abrigos, até terem condições de encontrar um apartamento e se mudar. Desse número de pessoas que não possuem um lar, mais de 50.000 moram e dormem nas ruas, e é sobre essa situação que vou falar um pouco, mais especificamente, em Berlim.

    Assim como no Brasil, as pessoas em Berlim estão “acostumadas” a conviver diariamente com moradores de rua, que acabam virando invisíveis aos nossos olhos. Ainda assim, sinto que aqui há uma preocupação muito maior em resolver a situação e ajudar essas pessoas, tanto por parte do governo quanto de cidadãos que participam de programas de assistência ou doam comidas, roupas e cobertores no inverno. Já presenciei mais de uma vez cenas em que moradores de rua estavam recebendo apoio de voluntários, o que não resolve o problema completamente, mas é um sinal positivo de que existe humanidade nos berlinenses.

    Leia também: Tudo que você precisa saber para morar na Alemanha

    Quem são essas pessoas?

    Em Berlim, estima-se que há cerca de 10 mil pessoas morando nas ruas e metade delas são de outros países do Leste Europeu, como Polônia, Romênia, Hungria e Bulgária. Esse número cresceu gradualmente após 2011 quando o mercado de trabalho da Alemanha ficou acessível para novos estados-membros da União Europeia. Eles vieram tentar a vida aqui e por algum motivo acabaram “se perdendo”. Os motivos mais comuns são psicológicos, dramas familiares e drogas. Mas há, também, quem tenha perdido tudo na vida e ficado, mesmo, sem opção. Também cresceu nos últimos anos o número de refugiados que se tornaram moradores de rua, principalmente do Oriente Médio.

    Não encontrei dados oficiais, mas acredito que o aumento dos aluguéis em Berlim também contribui para piorar essa situação, pois torna-se cada vez mais difícil alguém se mudar para a cidade sem um emprego garantido ou com um dinheiro de reserva para se manter por algum tempo até encontrar trabalho. Os moradores de rua estrangeiros não são elegíveis à nenhuma ajuda financeira do Estado, apenas possuem direito à assistência médica por serem cidadão da UE. Eles podem receber um benefício como desempregados se estiverem vivendo no país por mais de cinco anos ou trabalhado por um ano oficialmente. Há muitas discussões sobre o tema e tentativas de mandar as pessoas do Leste Europeu de volta aos seus países, mas nem todos querem, preferindo seguir assim do que voltar a vida que tinham antes.

    Como eles vivem?

    Além dos diversos projetos sociais e abrigos espalhados na cidade, especialmente no inverno, os moradores de rua em Berlim encontram alternativas para sobrevivência e não passam fome. E isso acaba sendo, também, um motivo para permanecerem aqui, pois em seus países não teriam tanta ajuda. Uma das maneiras mais comuns de se manterem é catando garrafas usadas, de vidro ou plástico, e fazendo a troca nos supermercados por dinheiro ou comida. É o sistema de reciclagem chamado Pfand, com o qual você pode receber até 0,25 centavos de euros por uma garrafa.

    O problema maior é a chegada do inverno, que aliás dura praticamente metade do ano no país, com temperaturas congelantes de dezembro a fevereiro. Nesse período, essas pessoas não possuem opção, a não ser buscar abrigos para dormir que, muitas vezes, estão lotados. Por conta disso, todo ano algumas casas noturnas abrem suas portas em dias mais frios, quando não há eventos, para receber os moradores de rua necessitados.

    Projetos como BahnhofsMission ou Missão das Estações de Trem ajudam cerca de 600 pessoas todos os dias em estações de trem de Berlim, lugar muito comum onde eles buscam abrigo, principalmente no inverno. A organização conta com 2 mil voluntários e funciona em outras cidades da Alemanha, também.

    Outro ponto de vista

    Outro projeto que vale a pena ser citado é o Querstadtein, que surgiu como iniciativa de duas alemãs para aproximar os ex-moradores de rua dos turistas. Os guias são pessoas que já passaram por essa situação, em sua maioria refugiados, e que mostram a cidade para turistas de outro ponto de vista. O projeto acontece em Berlim e Dresden e os guias falam não apenas sobre as atrações da cidade e curiosidades na perspectiva deles, mas também sobre seus países de origem: Síria, Afeganistão, Iraque etc., e os processos de mudança pelos quais passaram. O projeto mostra como as pessoas que participam das excursões passam a ver os moradores de rua de outra maneira, a respeitá-los e, principalmente, “enxergá-los”.

    Esses são apenas alguns dos projetos que buscam inserir essas pessoas na sociedade e ajudar com o problema que a cada ano torna-se maior. Eu, particularmente, não participo ativamente de nenhum projeto, mas busco ajudar quando há alguma chance, contribuindo, por exemplo, com uma colega de trabalho que arrecadou dinheiro no escritório para doar a uma das associações que compram comida e preparam refeições para moradores de rua. Há muitas maneiras de ajudar, e buscar entender o problema e suas razões, sem preconceitos ou julgamentos, é certamente um começo, seja na Alemanha ou no Brasil.

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    Clarissa é soteropolitana, formada em Jornalismo pela UFBA, com pós-graduação em Marketing e Comunicação pelo Mackenzie, em São Paulo, e um curso técnico de tradução pela New York University. Além das duas capitais brasileiras, já se aventurou na Espanha, Estados Unidos, Grécia e agora vive em Berlim, na Alemanha. Trabalha como copywriter e tradutora, e é viajante nas horas vagas.

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