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    Home»Itália»Morar no exterior e aprendizado na Itália
    Itália

    Morar no exterior e aprendizado na Itália

    Bruna RolandBy Bruna RolandDecember 7, 2016Updated:October 25, 2017No Comments5 Mins Read
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    Duomo de Milano - fonte pixabay.com
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    Morar no exterior é um constante aprendizado. Durante estes anos que minha vida se virou para o norte da bota, aprendi muitas coisas e se eu soubesse delas antes, ou melhor, se meu antigo mundo as tivesse incorporado, com certeza eu teria tido uma vida muito mais tranquila.

    Eu aprendi a comer! Sim, pode parecer estranho, mas somente aqui eu aprendi a diversificar o meu cardápio e dar um up na minha mesa. E não precisou de muito. Sempre gostei de comida de roça, bem simples com aquele tempero bom. Quando cheguei, senti muita dificuldade, pois não conseguia me adaptar sem meu pratinho diário de arroz, feijão, carne, salada e verdura cozida.

    Claro, aqui é possível comer este menu todos os dias, mas custa bem mais caro e se você, assim como eu, pesar as moedinhas no bolso, vai entender que se adaptar faz bem. E foi assim que eu aprendi a comer de acordo com as estações do ano, e com as ofertas de frutas e verduras do mercado e principalmente, aprendi que um prato de pasta pode ser tão saboroso quanto um bom prato feito brasileiro.

    Como assim, aprendi que pasta era bom? Pois é meu amigo, eu simplesmente não gostava de macarronada e vim calhar bem aqui na Itália. Mas de todas as coisas o que eu aprendi mesmo foi o prazer de comer, de criar, decorar e saborear um bom prato, sozinha ou com amigos.

    Aprendi a cozinhar a quantidade justa, literalmente pesada por pessoa e a não desperdiçar. Aprendi a fazer uma boa compra no supermercado e não ter preguiça de ir até ele todos os dias em busca de ofertas e coisas frescas. Você pode ler mais sobre compras aqui.

    Deixei de ser extremamente consumista no estilo: “eu quero, eu preciso”; pois aqui mesmo sendo tudo muito barato e por ser considerada a capital da moda, todo mundo se veste de maneira muito simples e informal. Se recicla muito as coisas que estão há anos no guarda-roupa e todo mundo preza o conforto e o bem-estar. Me lembro que quando eu estava no Brasil era aquele desespero para estar vestida de acordo com a moda do momento e principalmente era aquela busca por ser aceita pela sociedade, sempre impecável, sempre “bem vestida”. Aqui aprendi a ligar um grande “tô nem ai” e a me vestir com o que tenho, a comprar menos e raramente e a usar o útil e agradável. Aprendi também que ter poucas coisas facilitam e muito no momento de fazer malas e te deixam a vida mais leve e com a sensação de não ter um mundo para carregar nas costas. O desapego foi meu maior aprendizado.

    Sempre fui uma pessoa de muitos conhecidos e com amigos de todas as classes sociais e gerações, e aqui eu aprendi a valorizar cada vez mais este meu apreço e respeito pelo próximo. No Brasil temos a péssima mania de querer ser alguém para poder existir, como se isto definisse caráter e pessoa. É aquele velho e horrível hábito do “você não sabe com quem está falando!”, mas aqui isto não vale muito, aliás ninguém está nem um pouco interessado em saber quem é você, qual a sua profissão e muito menos quanto tem no banco. O médico vive no mesmo prédio do lixeiro, o vendedor da loja compra no mesmo supermercado que o advogado, as pessoas se vestem, falam, comem, andam, vivem de modo igualitário e ninguém está nem ai para a disputa de classes desnecessária.

    Por mais bobo que pareça aprendi a separar o lixo como se deve e fazer disto algo automático no meu dia a dia e principalmente, aprendi a dar o maior valor para quem vem aqui buscá-lo. Não que eu não desse valor no Brasil, mas convenhamos ali as coisas estão bem longe da organização, mas aqui tem dia e hora certa então ou você se organiza ou a tua vida se complica com o lixo preso em casa.

    Todo mundo fica doente, isto é fato. Mas morar em um lugar com os 4 climas do ano bem definidos te leva a vários tipos de resfriados e alergias antes imagináveis para um brasileiro, aqui a gente aprende a ficar doente e se “auto curar” para evitar ao máximo idas desnecessárias ao hospital. No Brasil a gente adora encostar no hospital com qualquer dorzinha, mas aqui se não for realmente uma coisa gravíssima, prepare o seu bolso. Por estas bandas as pessoas recorrem ao médico de base no dia a dia, que é um especialista geral que atende em dias e horas limitadas ou por prévio agendamento, também em horas limitadas, ao qual se deve ir para solicitar exames rotineiros (obviamente pagos, se não forem uma necessidade urgente), pegar receitas médicas, guias para outros especialistas e principalmente se estiver realmente doente.

    Aprendi a otimizar o meu tempo. Viver sem ser uma pessoa organizada é uma estrada dura. Como tudo aqui tem hora certa, desde o comércio aos dos órgãos públicos, nada melhor do que criar uma agenda e seguir a risca para não ter problemas com horas, atrasos e principalmente com os compromissos, pois aqui no norte, se alguém marcar às 7:15 com você, a menos que a sua casa esteja pegando fogo ou algo muito sério tenha acontecido, atrasos não serão bem vistos.

    O meu melhor aprendizado, porém, foi economizar água na limpeza e tirar de mim aquele conceito de que no exterior as pessoas não sabem limpar a casa. Aqui existe produto para tudo e não tem nada de ficar jogando baldes e baldes de água pelo chão, aliás nem ralo nos banheiros tem, quiçá nos outros cômodos da casa. Ou seja, aqui a gente aprende a ser limpa de um jeito bem diferente e sustentável.

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    Bruna Roland
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    Bruna é paulista do interior do estado e sempre soube que o mundo ia muito além do que ela podia imaginar. Na primeira oportunidade não teve medo, fez as malas e foi morar em Saronno, no norte da Itália, para aprender que sempre existe um novo modo de se perder para se encontrar.

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