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    Home»A Mulher na Sociedade Pelo Mundo»Mulheres cambojanas
    A Mulher na Sociedade Pelo Mundo

    Mulheres cambojanas

    Roberta JorgeBy Roberta JorgeApril 2, 2016Updated:October 29, 201712 Comments6 Mins Read
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    Camboja é um dos países mais pobres do sudeste asiático. Possui mais de 15 milhões de habitantes. Grande parte da população vive em vilarejos na zona rural e pouco mais de 20% vive em áreas urbanas. Eu moro em Siem Reap, a quarta maior província e a mais visitada pelos turistas devido ao complexo Angkor Wat. A língua oficial é o Khmer. Hoje vou falar sobre as Khmer women (mulheres cambojanas).

    Vilas e comunidades

    Aqui no Camboja é bem comum a existência de comunidades que são formadas por varias famílias. Eu visitei a Angkor Thum que fica próxima ao Angkor Wat. As profissões entre as mulheres desta vila variam entre costureiras, artesãs, faxineiras e vendedoras. Começam o dia cedo, acordam por volta das cinco da manhã e em torno de oito, nove horas da noite já estão dormindo.

    Também por ser uma área muito pobre, não possuem uma rede de esgoto apropriada. Os sanitários por exemplo são assentos instalados fora de casa para uso comunitário e no chão, não há a privada em si. Grande parte do sudeste asiático não usa papel higiênico, eles acham que o papel é sujo. Elas se limpam com panelinhas de água que ficam junto a um balde ou com um chuveirinho, quando tem.

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    Estudante

    Uykod Sreyneang, conhecida como Linda (seu nome americano) é una menina de 14 anos, mas com responsabilidade de mulher. Sua agenda é bem intensa. Parece mais adulta do que adolescente. Divide seu tempo frequentando três escolas, uma khmer, outra de inglês e mais uma de computação. Vende pulseirinhas na rua mais famosa da cidade e ajuda sua mãe a vender suas mercadorias em uma barraquinha dos mercados noturnos espalhados por aqui. Ainda consegue tempo para dançar e se divertir em frente aos dois bares mais movimentados da Pub Street. É um exemplo de jovem, guerreira, batalhadora e que certamente terá muito sucesso no futuro.

    Uma curiosidade sobre as adolescentes: quando ficam menstruadas pela primeira vez, ocorre uma espécie de ritual – do início ao fim da menstruação elas ficam em casa grande parte do dia. Elas cobrem o corpo todo com roupas escuras para camuflar o sangue. A menstruação é vista como “bad blood” (sangue mau); de acordo com a crença, a perda de sangue deixa a mulher vulnerável, tanto física quanto espiritualmente. O assunto ainda é tabu, conversamos bem baixinho, como se estivéssemos dividindo um segredo. Estas meninas têm um longo caminho a percorrer, mas pelo menos esta geração já usa absorvente (permitido somente após o 3º período).

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    Executiva

    Hazel, 39 anos, é gerente de vendas de umas das maiores cervejarias local do Camboja. Podemos considerá-la uma workaholic. Vejo-a tranquilamente trabalhando em São Paulo ao meio da correria de prazos apertados, budget restrito e reuniões intermináveis. O segredo dela? Não se estressar. Não é a toa que elas sempre aparentam ser mais jovens. Uma salva de palmas para as asiáticas!

    Empreendedora

    Nascida em uma comunidade muito pobre, Oeun casou-se com um francês e vende acessórios fashions como bolsas, cintos, brincos, entre outros, elaborados com os anéis das latinhas de alumínio. Suas ajudantes também são de comunidades bem simples e com esse trabalho têm a oportunidade de ter uma renda maior e proporcionar um futuro melhor para suas famílias.

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    Sonhadora

    Sirey, 35 anos, mãe de uma filha de 14, trabalha em um SPA. Ela não abre mão de um final de semana agitado. Está sempre em bares e fazendo novas amizades. Seu sonho é sair do país. Não gosta dos homens cambojanos. Alega que eles bebem muito, que não são responsáveis e que não ajudam financeiramente a criar seus filhos. Muitas khmers sonham em conhecer um expat (estrangeiros, em grande parte aposentados, que moram por aqui) para ter uma vida melhor, com mais conforto. Não só no Camboja, mas na Ásia em geral é muito comum encontrar casais formados por asiáticas e ocidentais com uma diferença de idade razoavelmente alta entre eles. Junta-se a carência com o desejo de se ter uma vida melhor.

    Mulheres e o casamento

    As mulheres precisam da autorização dos pais para sair com seus namorados. Se a mulher tiver relação sexual antes do casamento e descobrirem, ela irá ficar “falada” – sim, aqui ainda casa-se virgem, a valorização da pureza é fundamental, envolve a honra da família-, mas se ela se casar, menos mal.

    Desde o início dos anos 90, com a abertura do país devido ao turismo, o comportamento começou a mudar. Ainda assim a grande maioria se casa entre os 18 e 20 anos e com menos de 25 anos começam a ter filhos. O casamento é muito importante para elas e a festa dura de dois a três dias. No primeiro dia o casal recebe a bênção de um monge na pagoda (igreja) e os dias consecutivos são de muita festa em família e amigos com direito a muita comida, bebida e música.

    A festa é paga pelo pai da noiva. Aqui os convidados não dão presente e sim, dinheiro, no mínimo cinco dólares. Imagine uma lista de presentes cujo objetivo é demonstrar o quanto cada convidado contribuiu financeiramente. O João deu dez dólares para o casamento do Antônio. Quando o João casar, o Antônio vai dar de presente dez dólares também. No final das contas o casamento acaba praticamente sendo pago pelos convidados e a família da noiva fica com o dote. Durante a cerimônia as noivas trocam de roupa de cindo a dez vezes. Quanto mais rica a família, mais trocas de roupa acontecem. Cada vestido é de uma cor. Se o novo casal tiver uma boa condição financeira, vão viver em sua própria casa, caso contrário, vão morar com a família da noiva. Lua de mel, apenas para os mais ricos e é a família do homem que paga, também.

    O dote é uma política que continua em uso no Camboja. Atualmente o noivo paga em torno de 2500 dólares para a família da noiva. Se analisarmos a situação econômica do país, é um valor bem alto. Mas e se o noivo não tiver dinheiro, não casa? Elas me contaram que se tiver muito amor envolvido eles podem se casar e, se for o caso, pagar um dote menor. Um brinde ao amor! Apesar de ainda existir a cultura do dote, se a mulher não quiser se casar ela não será julgada ou discriminada. Porém a maioria quer casar e constituir uma família. O divórcio existe, mas não é comum.

    O que me encanta é saber que em qualquer parte do mundo que você esteja, você ira encontrar todos os tipos de mulheres que você possa imaginar. Pode ser num país desenvolvido ou em desenvolvimento, ocidental ou oriental. Sempre conheceremos mais sobre o país através de sua cultura e de suas mulheres.

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    Camboja mulheres na sociedade
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    Roberta Jorge
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    Roberta é leonina por nascimento, publicitária por formação e inquieta por natureza. Paulistana, fez sua primeira viagem internacional com 21 anos e descobriu que pertencia ao mundo. Após se formar pela FAAP decidiu se aventurar na Austrália e sete meses depois voltou para o Brasil com um gostinho de quero mais. Em uma viagem para a Europa, conheceu um neozelandês que a convidou para trabalhar no Camboja onde morou por 2 anos. Atualmente Roberta mora em São Paulo e se permite viver um dia de cada vez, deixando para o universo escolher seu próximo destino. Em seu blog ela conta por onde já passou e divide suas histórias com dicas de viagem.

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    12 Comments

    1. Isabel Rezende on April 2, 2016 7:29 pm

      Otimo texto! Muito legal e interessante saber sobre a vida das mulheres no Camboja. Me animou a visitar de novo o país!!! Bjs Bel

      Reply
      • Roberta Jorge on April 5, 2016 5:39 pm

        Oi Bel! Venha mesmo, posso te ajudar com algumas dicas se vc precisar 😉

        Reply
    2. Lordes Jorge on April 3, 2016 9:43 pm

      A saudade é imensa mas a sua experiencia de vida compença tudo Bjs mamy

      Reply
      • Roberta Jorge on April 5, 2016 5:45 pm

        ❤️❤️❤️ Espero vcs em setembro ????????

        Reply
    3. Tereza on April 3, 2016 9:47 pm

      Muito bom um blog sobre o Camboja, adorei conhecer, através de vc, as peculiaridades deste País tão distante da nossa cultura . Vou te seguir

      Reply
      • Roberta Jorge on April 5, 2016 5:44 pm

        Oi Tereza!
        Sou apaixonada pela Ásia e a ideia é justamente essa, compartilhar um pouco da minha vida por aqui no Camboja 😉 Mes que vem tem mais!

        Reply
    4. Lilian de Sá on April 3, 2016 9:50 pm

      Fantástica matéria.

      Reply
      • Roberta Jorge on April 5, 2016 5:47 pm

        Obrigada Liliam! Mes que vem tem mais ????

        Reply
    5. Lica on April 3, 2016 11:09 pm

      Oi Beta,que texto legal,então vou pra Camboja, vc,será minha guia,kkk Li tb seu Réveillon, bem legal seus passeios,as ilhas,bem interessante,estou seguindo seu blog.Vi tb sua casa bem gostosa,tudo muito tranquilo,parece o Brasil!!!.Estamos com saudades.Bom trabalho,fique com Deus. Bjos com carinho Lica

      Reply
      • Roberta Jorge on April 5, 2016 5:48 pm

        Obrigada dinda!!
        Serei a guia com o maior prazer 😉
        Saudades!
        ????????

        Reply
    6. Carolina Machado on April 7, 2016 5:53 pm

      Texto maravilhoso, de uma pessoa que eu admiro muito, alguém forte, corajosa, que abriu mão totalmente da sua zona de conforto pra ir viver e enfrentar o mundo.

      Reply
      • roberta jorge on April 8, 2016 2:02 am

        Amiga linda!!! Que me da suporte 24h!

        Reply

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