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    Home»China»O caos e organização do transporte na China
    China

    O caos e organização do transporte na China

    Tamires LiettiBy Tamires LiettiJune 6, 2019No Comments6 Mins Read
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    Durante os feriados chineses, as ruas ficam vazias. Apenas durante os feriados!
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    O caos e organização do transporte na China.

    Pra ser bem sincera, ainda não consegui achar uma palavra que defina o trânsito no país mais populoso do mundo. Na China parece que tudo vem com dois lados que fazem sentido, formando um paradoxo muito confuso aos olhos de nós, os laowai (estrangeiro, em chinês), que não nascemos nem crescemos aqui.

    Ao mesmo tempo que o fluxo é caótico, é organizado. Ao mesmo tempo que é lotado, mais do que a cidade poderia suportar, é um trânsito tranquilo. Ao mesmo tempo que estamos falando de uma das maiores cidades do mundo (Shanghai), é possível ir de A a Z da zona urbana sem maiores complicações.

    Vindo de São Paulo, onde o trânsito além de caótico pode ser violento, eu diria que por aqui, o dia a dia se locomovendo na cidade é a bagunça mais tranquila que há. Parece que todo mundo já está acostumado com tanta informação nas ruas, calçadas e estações de metrô. E, é claro, culpo também um pouco da cultura: chineses dificilmente invadem o espaço do outro.

    Em Shanghai, o metrô das linhas vinho, verde e laranja ficam abarrotados em horário de pico. E tudo bem, não há crise de empurrões. É muito raro você encontrar algum chinês estressado com aquela situação, sem contar os guardas civis constantemente organizando as plataformas. Funciona bem por aqui: quando a porta do vagão abre, saem todos entre as duas filas da esquerda e da direita formadas do lado de fora. Só depois, as filas entram e se espremem dentro.

    Os cidadãos mal levantam a cabeça pra olhar o caminho, pois 90% deles estão grudados no celular jogando algo, vendo novelas chinesas no BiliBili (YouTube chinês) ou vendo vídeos virais no WeChat. Se eu estiver sem sorte, vejo alguém apontando a câmera pra mim, a pessoa que não tem olhos puxados no meio da multidão.

    Se você se acostumar com a diferença em Lujiazui e Xujiahui, ChangshU e ChangshOU, ChangLE e ChangDE, WuNing e WuDing, a causa está ganha. Os nomes não facilitam muito por aqui, mas é rápido pegar o ritmo, além do aplicativo do metrô que também funciona super bem.

    Eu diria que o único defeito do transporte subterrâneo nas cidades grandes (já estive em outras e são igualmente organizados) na China é o tempo de operação. Algumas linhas fecham cedo, por volta das 10h da noite. A principal opera até meia noite, o que dificulta a vida dos estrangeiros que gostam de curtir a vida noturna. Mas estamos falando do país onde tudo, absolutamente tudo é conveniente. Ou seja, é impossível ficar na mão. O metrô fechado não representa um problema,. Há muitas opções para voltar pra casa após o happy hour.

    Leia também: Como é realmente a gastronomia na China

    Acredito que a primeira coisa que tenha vindo na mente de qualquer leitor seria o Uber. Acontece que na China não há Uber. Obviamente, o sistema estrangeiro não é permitido em território chinês e como nada se cria, tudo se copia, o aplicativo de táxi por aqui se chama Didi. Não vou nem me estender no tópico, funciona exatamente da mesma forma, com algumas opções a mais.

    No Didi você pode também alugar vans e carros de luxo. Os preços são muito abaixo da média brasileira; é realmente muito barato andar de Didi. Considerando as distâncias e minha mente de “Nossa, no Brasil isso ficaria uma fortuna!”, eu sou extremamente grata pelo serviço. O aplicativo traduz as mensagens enviadas ao motorista, o que facilita, mas a comunicação oral não passa de um mero “Ni Hao” (olá) ao entrar no carro. Aqui não tem a parte do bate papo com o motorista, infelizmente.

    O único ponto fraco do Didi é o fato dele operar num país muito populoso. Existem mais pessoas chamando Didis do que carros disponíveis, portanto as filas online começam a acontecer. Em dias de chuva, já peguei mais de uma hora de fila, daquelas que não andam nem para frente nem para trás. E mais uma vez, não tem problema. Há opções.

    Aí aparecem as bikes e scooters, a segunda maior população na China, depois dos humanos. Após 7 meses morando em Shanghai, me rendi ao uso da scooter elétrica e devo dizer que só me arrependo de não tê-la comprado antes. Como mencionei anteriormente, o caos é organizado.

    Quase todas as vias da cidade já estão aptas a receber as bikes e scooters e são regulamentadas para o uso delas, com espaços separados. Há regras, placas e polícia na rua ajudando o trânsito a correr bem, apesar de constantes pequenas violações, como andar na calçada (quando a rua não permite a passagem) ou costurar pela contramão. Honestamente, eu já fiz tudo isso. E a China é tão certa que até o sistema de multa funciona bem. Aqui você não corre o risco de ser extorquido por um policial corrupto, por exemplo. A regra é transparente. Andei na calçada e tomei uma multa de ¥30 (equivalente a R$ 15,00). Preço justo, o cidadão não sai ileso e o policial faz o seu trabalho. Simples, claro e rápido. Próximo.

    Leia também: diferenças culturais na China

    No começo, as buzinas das scooters ecoavam na minha cabeça na hora de dormir. São muitas, muitas mesmo, de todos os tipos, tamanhos e cores. Senhoras, entregadores, crianças na garupa, galões de água, caixas de encomenda e até cachorros. Eu já vi de tudo em cima de uma scooter e costumo dizer que ninguém sabe usar uma motoca elétrica tão bem quanto o chinês.

    Para eles, não há nada que um scooter não possa fazer! É fácil registrar uma, basta levar na polícia com os papéis da compra e o passaporte, não sendo necessário obter carteira de habilitação chinesa. Vale lembrar que estrangeiro não pode dirigir na China, a menos que faça o processo de autoescola por aqui. Não é possível validar sua habilitação brasileira de nenhuma forma, então as scooters se tornam uma ótima opção, além de serem divertidas de usar. O preço também chama a atenção: por ¥2500 (aproximadamente R$1200) compra-se uma boa scooter nova, que pode chegar a 60km/h.

    Por último, as bikes alugadas. Quase que literalmente a cada passo que você dá, há uma bike disponível. Elas podem ser usadas por tempo indeterminado e deixadas em qualquer lugar para o próximo usuário. As empresas que reinam por aqui são a Mobike e, recentemente, o AliPay (sistema de pagamento movél e compras online chinês) lançou sua versão também. Na Mobike, o registro é feito mediante foto do passaporte e o pacote mensal para uso ilimitado custa ¥20 (R$ 10,00). No Alipay, ¥18 (R$9,00).

    Quando cheguei aqui, achei essa realidade das bikes muito surpreendente. Além da conveniência e praticidade, a questão da segurança demorou muito para fazer parte do meu cotidiano. Voltar de bike para casa de madrugada, é de praxe em noites de verão. Todo mundo volta junto, com seus respectivos fones de ouvidos e celulares aparentes. A preocupação com roubos, assaltos ou assédios dá lugar para, no máximo, preocupar-nos com os cruzamentos de quatro mãos que existem por aqui.

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    Tamires Lietti
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    Tamires é paulista de nascimento e um pouco de coração também. Jornalista, voraz leitora e fiel amante das palavras. Ex-jornalista esportiva do NBB e um tanto quanto amante da bola laranja e do bom e velho futebol. Fotógrafa de dia-a-dia, viajante padrão perrengue, colaboradora em blogs de tudo. Ama comidinhas, filmes de gêneros opostos, personagens fictícios e punk rock. Atualmente é professora de inglês e eterna comunicadora, de todas as formas possíveis. Mora em Shanghai, na China.

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