Chegou em Bucareste, tem apenas alguns dias, mas gostaria de experimentar um pouco mais da Romênia, além da vida urbana? Este mini roteiro vai ajudá-lo a encontrar o que procura. Prepare-se porque dois lugares próximos e imperdíveis aguardam a sua visita!
Palatul Mogoșoaia – Palácio Mogosoaia
Situado a 10km do Centro, o Palácio Mogosoaia, também conhecido como Palatul Brâncovenești, é um éden verde, escondido a alguns minutos da cidade. Construído entre 1698 e 1702, pelo Príncipe Constantin Brâncoveanu, ocupa 38 hectares de jardins abertos à visitação pública.
Bem dizendo, não só à visitação, como também à ocupação: tome conta do lugar! Isso porque é muito comum, especialmente durante finais de semana ensolarados, encontrar gente espalhada pela grama, na plenitude de, como diriam os italianos, “um doce fazer nada”. Se quiser um conselho para melhor aproveitar a visita, antes de sair de Bucareste, passe em uma das tantas Paul espalhadas pela cidade, ou mesmo no supermercado Mega Image mais próximo, compre um sanduíche feito na hora, quem sabe uma garrafinha de vinho romeno, e improvise um piquenique. Acredite, você não estará sozinho.
Além dos jardins, a área abriga a Biserica Sfântul Gheorghe Mogoşoaia, charmosa igrejinha ortodoxa, pintada de branco e cercada por flores. Com sorte, durante a primavera ou o verão, poderá presenciar alguma cerimônia de casamento ou batizado.
Para os amantes de arquitetura, o palácio é um dos mais belos exemplos do período conhecido como o Renascimento Romeno. A criação do estilo se deu pela mistura de inspirações neoclássicas do Renascimento italiano a padrões otomanos, provenientes da proximidade geográfica desta região, à época conhecida como Valáquia, da Turquia.
É possível visitar o interior do palácio, que funciona como museu e centro cultural, abrigando exposições periódicas e recitais. O ingresso custa 5,00 Lei, cerca de 1,00 €.
Mănăstirea Snagov – Monastério de Snagov
Mais distante que Mogosoaia, a cerca de 40km de Bucareste está localizada Snagov. Popular entre os romenos como destino de férias, atrai turistas pelo mistério de seu discreto monastério.
Isso porque, há quem acredite que Vlad Tepes, príncipe valaquiano cuja história inspirou Bram Stoker na criação de Drácula, foi enterrado na tumba abrigada pela pequena igreja. Na verdade, apesar de inexistir comprovação histórica ou arqueológica de tal ocorrência, a falta de certeza não impede a visita nem, muito menos, a procura pelos chamados “tours do Drácula”, quando toda uma programação pode ser montada em torno dos lugares por onde passou o nobre romeno.
Mas, se incerto é o ocupante da sepultura, dúvida não há quanto ao fato de que o mito do vampiro movimenta os negócios na pequena vila, instalada nas proximidades do monumento histórico. É a oportunidade de seus habitantes fazerem um dinheirinho extra, oferecendo aos visitantes, vagas de estacionamento. Nessa área, dificilmente encontrará alguém falando o inglês tão comum de se ouvir em Bucareste, mas, basta pronunciar a palavra mágica, “Drácula”, e risos surgirão, acompanhados por dedos apontando o caminho a ser seguido.
Chegando ao monastério, as informações sobre o conde, ou melhor, príncipe, podem decepcionar. Existe apenas um mural com a cópia apregoada de um retrato de Vlad Tepes, acompanhado por algumas explicações sobre sua origem e história. O túmulo, situado próximo ao altar da igreja, também possui algumas referências à figura histórica, mas para por aí.
No entanto, seja você um dos entusiastas do personagens ou não, esqueça a possibilidade de se arrepender da visita. O monastério merece ser conhecido por sua beleza arquitetônica. Afinal, estamos falando de uma igreja do séc. XV, ricamente decorada com pinturas, tapetes e candelabros no estilo bizantino. Ou seja, uma pequena joia escondida nos arredores de Bucareste. Para tirar fotos, é preciso pagar cerca de 10,00 Lei, o equivalente a 2 €, à pessoa que estiver na porta.
Outra coisa importante de esclarecer é que o local não se resume à Drácula. Tão interessante quanto o sítio histórico, Snagov também faz jus à visita por sua natureza e tranquilidade. O monastério foi construído em uma ilhota no meio do lago, com acesso através de uma longa ponte de pedestres, ou por barco. Em volta, casas de veraneio se espalham à margem, muitas com embarcações ancoradas em pequenos cais.
Situada em uma área de preservação ambiental, a localidade possui alguns hotéis, oferecendo a seus visitantes esportes aquáticos, passeios a cavalo e caminhadas.
O acesso por carro é o mais simples, seguindo pela rodovia nacional DN1 – E60, sentido Ploiești. No mais, pode-se utilizar o transporte público, com os ônibus das linhas número 444 e 446, saindo do Aeropoto (Aeroportul Baneasa), ou da Praça da Imprensa Livre (Piaţa Presei Libere), sem contar com as inúmeras agências de turismo que oferecem passeios guiados.