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    Home»Suíça»Situação dos animais de rua na Suíça
    Suíça

    Situação dos animais de rua na Suíça

    Fabi MesquitaBy Fabi MesquitaJune 28, 20193 Comments5 Mins Read
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    Foto: Pixabay
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    Revelações Surpreendentes sobre a situação dos animais de rua na Suíça

    Uma das coisas que me animou quando fui morar na Suíça, foi a ideia de que pelo menos lá, eu nunca mais veria um cão ou gato abandonado nas ruas ou sofrendo maus tratos. Mas como eu já mencionei em alguns artigos anteriores, embora a Suíça tenha uma grande fama por ser uma referência em termos de direitos humanos, boa parte desses direitos ainda são endereçados de uma forma bem seletiva.

    Com os direitos dos animais as coisas seguem da mesma maneira.

    Eu estava absolutamente encantada com o tratamento dado aos animais, porque via os cãezinhos e gatos tão fofinhos passeando com suas touquinhas, casaquinhos e luvinhas pelos ônibus. Alguns sentadinhos nos bancos, pagantes como qualquer outro “cidadão” de Genebra. Foi um baque para mim quando descobri que a seletividade de direitos não se aplica apenas a seres humanos, mas também aos animais.

    Eu sempre achei que a ausência de animais nas ruas de Genebra era fruto da preocupação com o bem estar animal. Algo inerente a criaturas de almas elevadas e de caráter e cultura avançados, no entanto a história não é bem assim.

    A maioria dos suíços de um modo geral são extremamente cuidadosos e afetivos com seus animais.

    Leia também: Como é ter um cachorro na Suíça

    Eu nunca vi até hoje nenhum cão ou gato de rua pelas alamedas de Genebra. Imaginei que houvesse uma política pública de controle populacional exemplar, e comecei a pesquisar para ver de que forma eu poderia colaborar, compartilhando essas informações com amigos ativistas do Brasil. Foi então que eu descobri duas coisas surpreendentes!

    A primeira é que uma boa parcela da população suíça come carne de cachorro.

    Sim! Foi isso mesmo que você leu!

    O povo suíço, baluarte dos direitos humanos, da cidadania e da “civilidade” (ô palavrinha descabida!), pode ter atitudes extremamente cruéis com alguns animais.

    Para além do especismo, combatido de forma ferrenha por ativistas veganos, o tratamento dado a animais bem nascidos e bem criados em lares protetores e amorosos, confronta-se de forma acirrada com a situação dos gatos selvagens e de rua, e de alguns cães sem raça definida ou de uma raça semelhante ao Rottweiler, que parece ser a mais apreciada para consumo pelos suíços dos alpes.

    Preciso dizer que primeiro de tudo, não acho que a maioria de nós tenha o direito de julgar ou condenar quem consome carne de cachorro, com exceção apenas dos veganos, verdadeiros heróis do século 21, por sua incessante luta pelos direitos dos animais. Eles que não consomem nenhum produto de origem animal, têm todo o direito do mundo de se enojarem com a prática. Já nós, enquanto não abrirmos mão da feijoada do sábado e da picanha de domingo (e do chocolate suíço que rouba milhares de litros de leite de seus verdadeiros donos, os bezerrinhos), podemos sim ficar chocados, mas não de todo indignados.

    De qualquer modo, minha maior reflexão aqui, diz respeito ao quanto somos preconceituosos. Criticamos e consideramos bárbaros os chineses e vietnamitas por comerem cães, mas nunca ouvimos um único pio da imprensa ocidental mencionando que essa prática também é difundida em ao menos um país da requintada Europa.

    Importante ressaltar que essa prática não vem acompanhada de discussão ética sobre formas de abate, e muitas vezes, meios tão cruéis quanto os asiáticos, são empregados para matar o pobre animal (saiba mais em publicação próxima).

    A segunda coisa que me chamou muito a atenção quanto à situação dos animais de rua na Suíça, é que a política de controle, nada tem a ver com esterilização ou controle de natalidade, como recomendam as organizações de proteção animal em todo o mundo. O controle populacional de gatos na Suíça é feito de uma forma cruel e inimaginável. A caça!

    Caçar gatos selvagens e de rua na Suíça não apenas é uma iniciativa legal como também incentivada pelo governo.

    Em junho de 2013, houve um plebiscito para decidir se essa prática seria banida do país. No entanto para surpresa de muitos, os legisladores suíços votaram contra a proibição da prática. Por conta disso, a caça a gatos selvagens e de rua permanece legal.

    Foto: Pixabay

    A votação dos deputados na câmara baixa do parlamento rejeitou a moção para proibição da caça aos gatos por uma votação de 105 a 59. A ministra do Meio Ambiente na ocasião (Doris Leuthard) argumentou que a esterilização seria muito cara e trabalhosa. O argumento dos defensores da caça é de que os gatos selvagens seriam um perigo para a vida silvestre.

    Cientistas do Escritório Federal do Meio Ambiente corroboram essa tese. Segundo o órgão, há cerca de 1,5 milhão de gatos na Suíça, cada um mataria cerca de 15 aves por ano, ou seja, 15 milhões de aves. Algumas espécies de lagarto teriam desaparecido da frauna silvestre pelo mesmo motivo. Teriam sido eliminadas por gatos.

    Sob esse ponto de vista, o controle da natalidade faz muito sentido, mas com certeza a esterilização é uma forma muito mais humana de resolver o problema do que o abate, até porque, parte desses animais é domesticado e não deveria entrar na conta. Para minha surpresa, descobri que existem entre 100 mil e 300 mil gatos selvagens e de rua na Suíça. Muitos deles passam fome, frio e maus tratos e sofrem mortes dolorosas e evitáveis.

    Protetores de animais lutam há anos pelo fim da caça autorizada. Para eles, ela não é perigosa apenas para os gatos, mas para toda a população, já que há o risco de ferimentos por balas perdidas. Além disso, reiteram que esta é uma prática cruel, ineficiente e incompatível com tempos modernos e segundo afirmam a situação ocultaria um problema mais profundo: o mercado paralelo de peles de gato.

    (continua na próxima publicação.)

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    animais na suíça direitos dos animais maus tratos a animais
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    Fabi Mesquita
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    Fabi é uma mulher de fibra, que carrega no coração o mundo inteiro. Jornalista e bailarina, tem mestrado em Educação, Arte e História da Cultura e é doutoranda em Antropologia, mas nem liga para esses títulos porque o que ela gosta mesmo é de estar no meio da moçada, promovendo Direitos Humanos e empoderamento popular. Atua com educomunicação e juventude desde que se entende por gente, e ganhou em 2015 o título de mulher inspiradora pelo coletivo feminista "Think Olga" que nomeia os destaques femininos em suas áreas de atuação. Fabi é consultora em comunicação e mobilização social e ja trabalhou para diversas agências das Nações Unidas, além do CDC de Atlanta, além de diversas ONGs e Fundos. Escreve para esse blog desde 2013. Ela tem rodinhas nos pés e asas nas costas. Talvez por isso alguns a chamem de fada. Não tentem descobrir de onde ela é, porque ela pertence a muitos lugares e ao mesmo tempo a nenhum. Essa aquariana de riso farto, tira leite de pedra por onde quer que vá. Saiu do Brasil para morar na Indonésia em pleno pós Tsunami sem falar nenhuma palavra de inglês, se virou bem e daí pras Filipinas e Vietnã. Fez uma pausa no Brasil e depois Suíça. Agora está em Myanmar. Por quanto tempo? Não se sabe. Ela segue à risca o conselho de Frida Kahlo que diz: Onde não puderes amar, não te demores...

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    3 Comments

    1. Anna Costeira on July 6, 2020 7:28 pm

      Olha…essa notícia foi bombástica p mim… eu e meu marido estamos procurando um lugar na Europa p morar, e a Suíça, especificamente Lugano, estava nas top 5 … depois do que li, a Suíça ganhou um grande NOPE da gente!! Meu marido ficou sem acreditar quando falei… sou daquelas que adota até joaninhas, e ver a forma como os animais de rua são tratados aí , me deixou horrorizada!! Como mãe de 4 vira-latas é um pitbull, esse país , com certeza vai ficar fora dessa lista!
      Temos cidadania europeia e estávamos procurando um lugar p chamar de nosso… falta de respeito e crueldade com animais não é a minha praia…
      obrigada por esse artigo esclarecedor.
      Anna

      Reply
      • Fabi Mesquita on July 8, 2020 4:50 am

        Oi Anna, certamente somos irmãos de alma. Super te entendo. Recusamos o emprego dos sonhos, na Austrália, quando soubemos que nossos gatinhos não poderiam ir. Por outro lado, você poderia viver lá e ajudar a mudar essa realidade. Já pensou nisso? Muitas organizações precisam de ajuda

        Reply
    2. Dinho on July 8, 2020 10:10 am

      Eu sou Brasileiro e moro 30 anos na Suíça, temos um a gatinha que é livre e muito bem tratada, e também tem outros gatos que vem e vão em nossa casa, aqui os gatos são os reis :). A história de comer cachorros é bastante complexa, só sei que existiu ou ainda existe nos estados de Appenzeller e Graubünden, nunca vi nada, pois moro longe. Unica coisa que vi é que os animais são muito amados e tratados aqui. Vejo que os Suiços se preocupam muito com o equilíbrio ecológico, ultimamente se discute muito sobre os lobos e ursos. Por um lado os lobos fazem parte da natureza e por outro eles matam 15 ovelhas numa noite, é complicado, eu amo animais e me importo muito com isso.

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