Hoje vou falar um pouquinho sobre um tema muito “na moda” ultimamente: o estresse.
Hoje em dia muitas pessoas se dizem estressadas ou vivem estressadas. Mas… o que é o estresse?
Podemos definir o estresse como um conjunto de alterações físicas e psíquicas provocadas por vários estímulos ou agentes agressores, como o frio, uma doença, uma emoção forte (triste ou feliz), condições de vida muito ativa, etc. Em termos fisiológicos é uma resposta neuro-endócrina do nosso organismo a uma “agressão”.
Eu diria que todas as situações que causam mudanças na nossa vida são causadoras de estresse como por exemplo, os nascimentos, os casamentos, as separações, as mortes, as migrações (e o processo de adaptação associado) e tantas outras. Sim, a adaptação dos migrantes é um processo complexo causador de estresse (assunto para um proximo post).
Cada pessoa reage de um modo frente às agressões do dia-a-dia. Frente aos diferentes agentes de estresse o nosso sistema neuro-endócrino reage e libera o principal hormônio relacionado ao estresse: o cortisol. Esse hormônio está sempre presente na nossa circulação sanguínea mas aumenta em situações de medo, susto, ansiedade…
Se uma pessoa vive preocupada, ansiosa, se tem uma dor crônica, o cortisol ficará mais alto o tempo todo. Quando fica mais alto, pode dificultar o sono, aumentar a pressão arterial, aumentar a glicemia, reduzir a massa muscular e aumentar a obesidade na região da cintura. Cortisol em excesso também afeta o sistema imunológico baixando as nossas resistências e facilitando a ocorrência de infecções como o herpes, por exemplo.
Para o desenvolvimento de doenças, também é muito importante o modo como as pessoas reagem ao estresse. Uma pesquisa realizada na Penn State University e publicado nos “Annals os Behavioral Medicine”, mostrou que as pessoas que ficavam perturbadas com o estresse diário e mantinham a preocupação nas situações estressantes, mesmo depois de terem ocorrido, apresentavam um maior risco de sofrer de problemas crônicos de saúde, principalmente dores crônicas tipo artrites ou problemas cardiovasculares.
Depois dessa teoria toda, vale lembrar que, não é possível viver sem estresse mas é possível tentar minimizar os seus efeitos. Tentar controlar e diminuir a ansiedade, procurar ver sempre o melhor no nosso dia-a-dia, ter um hobby e alguns momentos de descanso durante o dia são apenas algumas das formas.
Desejo que cada um encontre o seu jeito de ser menos estressado!
9 Comments
Ola Lyria, ultimamente parece estar dificil nos livrarnos dele…a mim, me pega logo na garganta, quando estou muito stressada, batata..a agarganta inflama…ai sei que tenho que desacelerar..,se tivesse pelo menos uma pocao que pudessemos comprar na farmacia contra este vilao rsrs.. Bjs
Oi Ann,
Pois é… mas, nem tudo se resolve na farmácia. 😉
Oi Lyria,
Acho que o estresse, infelizmente, faz parte do nosso dia-a-dia. Mas estou de acordo quando você diz que podemos minimizar seu efeito. Quero dizer, eu sou uma pessoa que nasci estressada e ansiosa. Acredito que a ansiedade é o reflexo de uma eterna busca pelo futuro, não sei se estou sendo clara. Por isso, tento organizar as coisas na minha cabeça em “gavetas” de coisas que tenho que solucionar agora e outras que terei que solucionar, quando e se vierem. Para mim, isso funciona.
Fisicamente, descobri que a prática de esportes (no meu caso, ir para a academia), me ajuda muito a lidar com o estresse do dia-a-dia. Semanalmente, preciso correr alguns quilômetros e esquecer da vida, pensar na música do meu celular e em como eu amo o Jamie Oliver (porque, algumas vezes, quando vou a academia está passando um dos seus programas). Depois de 3km, estou como nova…
É isso! Parabéns! Um beijo
Pois é Tati,
A gente não está imune a ele… mas claro, depende do modo que a gente o vê…. e parece que você já encontrou o seu modo de gerir o estresse. Parabéns!
Obrigada! 🙂 bj
Adorei o texto!
Entre nós, que mudamos de cultura e de país, impossível não passar por aquele período estressante e realmente, o que me ajudou foi ver o lado bom das coisas. A vida moderna é corrida, é estressante, mas tb pode ser vista como emocionante. 😉
Parabéns pelo texto.
Beijinhos!
Obrigada Carol! 🙂
É verdade, a vida atual é muito estressante mas, a gente vai equilibrando, não é mesmo?
bj
Otimo texto, e um assunto muito importante! Eu vivia a 1000 por hora mas nem percebia, até que com a maturidade, o organismo começou a demandar mais calma! afinal o santo é de barro, Sou agradecida de ter perceido a tempo de maiores danos e hoje percebo ser ativa e ser estressada sao duas coisas diferentes, afinal quando encontramos mas equilibrio, somos mais produtivos e criativos, além de me permetir de escutar ao meu corpo, meditaçao e atividades fisicas me ajudaram muito! Muito obrigda Lyria pela otima leitura e informaçao! Namsté!!! 🙂
Muito obrigada Ana Cristina! 🙂
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