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    Home»A Mulher na Sociedade Pelo Mundo»Tabus na sociedade dinamarquesa
    A Mulher na Sociedade Pelo Mundo

    Tabus na sociedade dinamarquesa

    Laila HansenBy Laila HansenFebruary 21, 2019No Comments6 Mins Read
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    Foto: Unsplash
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    Confesso que foi um desafio falar sobre tabus na sociedade dinamarquesa. Em primeiro lugar, porque os tabus que temos na sociedade brasileira pouco se assemelham aos da dinamarquesa. Acredito que esta – entre muitas coisas – seja uma das razões pelas quais nós brasileiros temos dificuldade em saber como agir e o que falar em situações sociais que envolvem grupos de dinamarqueses morando aqui na Dinamarca.

    Algumas atitudes, que soam naturais nas nossas conversas do dia a dia no Brasil, podem lhe colocar em uma saia-justa ou passar uma imagem negativa sua aos descendentes dos vikings.

    Quando morei nos Estados Unidos, eu consegui identificar rapidamente quais eram os tabus daquela sociedade e quais tipos de assunto deveriam ser evitados em mesas de conversa com americanos. Na Dinamarca, confesso que ainda estou pisando em ovos nessa questão, e pedi a ajuda do meu marido para enumerar alguns tabus que acho que são claros na sociedade dinamarquesa logo de cara.

    Religião

    Estamos acostumados, no Brasil, a ouvir a frase “religião não se discute”, mas vemos, na prática, pessoas expondo suas doutrinas e crenças religiosas em ambientes sociais e profissionais. Na Dinamarca, essa frase é levada ao pé da letra. Isso porque dinamarqueses não são religiosos e estão pouco interessados em saber em que você acredita, muito menos as crenças e costumes da sua religião. Alguém que fala sobre sua religião em ambientes sociais e profissionais é visto como fanático pela maioria dos dinamarqueses.

    Ostentação

    Enquanto no Brasil, ostentar o carro novo, a casa, a bolsa de marca é motivo de status social, o oposto acontece na sociedade dinamarquesa. Os dinamarqueses são regidos pela Lei de Jante. Essa lei tem vários princípios, mas o principal é que ninguém é melhor que ninguém, e isso inclui conquistas materiais.

    Dinheiro é considerado algo privado e você não será bem visto se sair por aí falando sobre os valores das coisas que você comprou ou o quanto você ganha, até mesmo para família e amigos. No ambiente de trabalho, não é comum divulgar o salário nem mesmo aos colegas que fazem parte do mesmo departamento.

    Leia também: Custo de vida na Dinamarca

    Gabar-se

    Da mesma forma que ostentar é visto como negativo pelos dinamarqueses, se gabar também é. Dinamarqueses não estão interessados em saber se você é campeão de vendas no seu trabalho ou se é o mais inteligente da sua família. Basicamente, qualquer coisa que você use para se comparar com as outras pessoas soa como negativo.  Para os dinamarqueses, as comparações diferenciam uma pessoa de um grupo de forma a trazer desconforto aos demais. Se a sua qualidade pode desqualificar alguém presente no seu grupo, é melhor guardá-la para você. Caso seja elogiado, é de bom grado agradecer. Fora isso, a modéstia é a regra por aqui.

    Intimidade

    Existe uma diferença do que nós brasileiros consideramos assuntos públicos e privados. Logo que eu cheguei, ouvi dizer que dinamarqueses têm uma bolha pessoal em que eles preservam assuntos que não consideram relevantes nem mesmo para os membros da família. Essa bolha é individual e deve ser respeitada por todos na esfera física e emocional. Já conheci dinamarqueses que não compartilhavam sobre doenças ou dívidas nem mesmo com a própria família.

    Leia também: Trinta sinais de que estou há muito tempo na Dinamarca

    Conflito

    Dinamarqueses não entram em conflito. Qualquer que seja o assunto, se ele poderá acabar em conflito, deverá ser evitado. Por exemplo, no Brasil, participamos ativamente sobre discussões políticas e, em muitos casos, costumamos comparar a nossa situação com a de países desenvolvidos, assumindo que nesses lugares as pessoas são extremamente politizadas e discutem política o tempo todo. Bom, isso é e não é verdade.

    Política entra na caixa de assuntos que são considerados inapropriados pelos dinamarqueses em um evento ou uma discussão. Caso a discussão aconteça, ela deverá acabar satisfazendo as duas partes. Portanto, se você é daqueles que gostam de levar uma discussão até os limites, vá com calma por aqui. Discussões – sejam elas de qualquer origem – são cortadas imediatamente e resolvidas de forma passiva e bilateral. Se você insistir, poderá ser considerado uma pessoa uhyggeligt (palavra dinamarquesa que seria algo próximo de desagradável em português).

    Ser pais muito cedo

    Parece brincadeira, mas não é. Dinamarqueses têm toda uma sequência para fazer as coisas desde uma simples ordem de como os pratos devem ser servidos no jantar até a ordem cronológica dos acontecimentos na vida de uma pessoa. Em geral, casais na Dinamarca moram juntos como namorados por muitos anos até terminarem os estudos e se casam somente quando decidem ter filhos ou quando já têm uma estrutura financeira para encomendar um bebê.

    Todas as profissões na Dinamarca têm formação superior ou tecnológica e isso faz com que os planos para ter os herdeiros sejam adiados ao máximo. Ser mãe com 20 e poucos anos será motivo para julgamento e muitas perguntas. Eu conheci um casal de islandeses que têm apenas 32 anos e uma filha de 7 anos de idade. Eles disseram que são os pais mais novos em todas a reuniões dos coleguinhas da filha, e que não cansam de ouvir comentários sobre a sua maternidade “precoce”. Dinamarqueses, em geral, começam a ter filhos por volta dos 30 anos de idade.

    Ser dona-de-casa

    Outra coisa que foi chocante para mim quando vim para a Dinamarca foi a desaprovação, quase unânime, dos dinamarqueses quando ouviam dizer que uma mulher optou por ser dona-de-casa e cuidar dos filhos.

    No Brasil, as mulheres já conquistaram muito espaço no mercado de trabalho, mas, ainda assim, é opcional ou pelo menos não é negativo, ver mulheres que preferem ou sacrificam suas carreiras em prol do cuidado integral dos filhos e família. Aqui na Dinamarca, existe um consenso de que todo ser humano precisa se sustentar e, em muitos casos, as rendas dos casais não se misturam. A maioria das dinamarquesas acha inadmissível uma pessoa não ter independência financeira e seu próprio trabalho (sendo mulher ou homem).

    A Dinamarca é um dos países pioneiros com relação ao feminismo. O ligestilling, que é a palavra mais usada para definir igualdade entre homens e mulheres em dinamarquês, é levado a ferro e fogo por aqui. Caso uma mulher opte em ser dona-de-casa, os comentários de amigos e familiares dinamarqueses, em sua maioria, não serão os mais amistosos.

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    Laila Hansen

    Laila é paulistana, formada em Comunicação Social com ênfase em Relações Públicas, especialização em Comunicação Corporativa e MBA em Gestão de Negócios . Na Dinamarca cursou 1 ano de Economia e Administração de Empresas e atualmente é mestranda em Cultura, Comunicação e Globalização com foco em Mercados e Consumo. Saiu do Brasil em 2012 e morou nos Estados Unidos como au pair nos estados de Washington e Carolina do Norte até 2015 ano que se mudou para Dinamarca onde mora atualmente com o marido dinamarques.

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