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    Home»México»Voltar ao Brasil depois de sete anos no México – parte 1
    México

    Voltar ao Brasil depois de sete anos no México – parte 1

    Simone GonçalvesBy Simone GonçalvesMarch 31, 20182 Comments5 Mins Read
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    Acervo pessoal
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    Voltar ao Brasil depois de sete anos no México – parte 1

    Esses últimos textos são de despedida do BPM, escrevo um pouco de como vim parar no México, e todos os meus desafios. Como o texto ficou grande, dividi ele em duas partes. Enquanto vocês leem, já começo a arrumar as minhas malas para voltar ao Brasil. Estou indo de volta pra casa.

    Vida de idas e vindas. Minha história de cigana começou aos 15 anos. Até então eu nunca tinha mudado nem de casa. Minha família se mudou de União da Vitória para Curitiba. Em 2001 fui para Cuba e fiquei estudando lá até 2008. Voltei ao Brasil e de 2009 para 2010 passei no Chile, país adorável, diga-se de passagem, e em outubro de 2010 vim para o México. Onde começa esta história que durou sete anos e meio.

    O país ganhou entre Venezuela e Espanha, pois tinha vários amigos aqui, sentia que estaria perto da minha terra e tinha além de tudo um amor mal resolvido na época. Ao inicio fui morar no Norte, em Cidade Vitoria. Uma cidade pequena, apesar de ser a capital do Estado de Tamaulipas. Fui recebida pelos meus amigos, que fizeram festa na minha chegada, pois nos conhecíamos desde nossa estadia em Cuba.

    Tudo era festa, tudo era novo, mas existia um sentimento de estar em casa. Chegar a outro país quando temos pessoas conhecidas é completamente diferente de chegar a um lugar sem conhecer ninguém. Para mim isso fez toda a diferença.

    Chegando ao hospital vi um cartaz que dizia “mestrado em tanatologia”, e fui com meu amigo no Instituto para saber se eu podia ingressar. Por sorte, o mestrado começava naquele fim de semana, e me autorizaram a participar desde que eu levasse todos os documentos e providenciasse meu visto de estudante, e foi o que eu fiz. Quem não acompanhou esta maratona pode dar um pulinho neste artigo que conto a revalidação do meu diploma.

    Costumo dizer, o ato de migrar para quem o faz é tão cheio de novas experiências, e desafios que às vezes não percebemos o tamanho da montanha a ser escalada.

    Graças ao mestrado, ter o que estudar, aos amigos velhos e novos, a minha família mexicana, e ao trabalho na equipe do hospital não tive tempo de sentir tristeza, saudades. Tinha ido atrás do sonho de ser médica no México.

    Leia também: Cheguei no Brasil, será que vou sobreviver?

    Depois de uns meses aluguei meu apartamento e fui mobiliando. E acabei dividindo com um residente de cirurgia, naquela época. Porém, chegar em casa e não ter quem me recebesse, era triste, e aí sim senti que a tristeza estava procurando um lugar para se instalar.

    Foi então que ela chegou, a minha querida Aly Hada de Si – minha gatinha que foi resgatada de um albergue de animais. No primeiro dia ela procurou um lugar debaixo dos móveis da cozinha e ficou lá. E me senti frustrada porque nosso primeiro contato foi catastrófico. Mas não tem nada que uma lata de atum não resolva não é mesmo? E assim a Aly foi confiando em mim, e nós tornamos as melhores amigas. Um dia percebi que aquela barriga era um pouco grande, e fiz um exame físico na minha amiga. Diagnóstico: gravidez. Até hoje não entendo como foi tão rápido isso. Nasceram os gatinhos e então surgiu a Akasa Tara Blanca.  De aí em diante, o apartamento nunca foi o mesmo, todos os dias alguma coisa estava fora do lugar, ou quebrada.

    Em 2013 no inverno, um belo dia descíamos as três as escadas da nossa casa e ela reagiram de uma maneira estranha, havia alguém na parte de baixo da casa, olhei com medo e encontrei um serzinho todo arrebentado dormindo, era um gatinho mourisco, de uns três meses de idade, com o nariz e orelhas arranhados de provavelmente brigar na rua. Comentei com ele que poderia ter abrigo durante o inverno, mas não poderia manter os três. E assim apareceu o Sufi na nossa vida.

    Duas semanas depois o velador da rua bateu na minha porta num domingo e disse: “doutora, lhe entrego a coleira da sua gatinha preta”. Na hora agradeci e não entendi o que aconteceu. Aí perguntei: “porque você esta me entregando a coleira?” óbvio… Tinham atropelado a minha amiga Aly e ela faleceu. Fiz seu funeral, muito breve, voltei para casa abracei a Tara e chorei de soluçar.

    Desde então o Sufi passou a ser parte da família.

    Estando em Tamaulipas vi coisas horríveis, uma cidade dominada pelo narcotráfico, e recheada de violência, traição, inveja, e pessoas lutando por algo melhor, parecia que o fim justificava os meios.

    Fui denunciada pelo “exercício ilegal da medicina” quando estava fazendo meu serviço social, e passei 4 horas na imigração sendo interrogada por algo que não devia. No final o diretor me pediu desculpas e perguntou se eu tinha alguma pergunta a fazer. Eu lhe disse que sim, queria saber quem fez a denúncia. Sua resposta foi: “sinto muito isso é confidencial”. Olhei para ele depois de respirar fundo e lhe disse: “que pena, vou lhe dizer como eu me sinto. É como se eu estivesse vivendo com o inimigo, porque tem alguém que provavelmente eu comprimento todos os dias, de beijo no rosto talvez, sabe da minha vida, e mesmo assim eu não tenho o direito de saber quem tentou me prejudicar”. Com isso ele me disse que a queixa obviamente não procedia e que seria retirada do meu expediente.

    Na parte 2 deste texto, que será publicado mês que vem, conto mais um pouco desse meu período no México.

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    #mexico brasileiras no México México machista ser mulher no México vida no mexico violencia no mexico
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    Simone Gonçalves
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    Catarinense de certidão, aos 15 anos Simone mudou-se com sua família para Curitiba, e aos 24 foi embora para Cuba, onde estou Medicina Geral. Morou no México aonde fez mestrado, e doutorado em tanatologia. Depois de 17 anos fora do Brasil decidiu voltar em março de 2018. Tem certificações em Flebologia, Coach de Talentos, Tanatológico, de vida, e Risoterapia. Costuma dizer que tem uma irmã gêmea, a Dra. Limoné, sua personagem Clown, a qual se diverte em visitas voluntárias como Palhaço de Hospital. O que ela ama mais que chocolate e brigadeiro? Seus sobrinhos e seu casal de gatos... e o mundo do motociclismo.

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    2 Comments

    1. Simone Vignochi on April 4, 2018 4:20 am

      Poxa Simone,fico triste de que tu ja não esteja no Mexico, feliz pq tu esta com tua familia no nosso pais, mas bastante frustrada em saber oque passou com a sua gatinha e com essa denuncia que me faz imaginar tua impotencia nesse momento. Mas somente posso te dizer que o MX vai sentir muito tua falta, da Dr. Limoné que eu gostava muito de ver as fotos e como tu alegrava as crianças e adultos aqui com tua energia positiva, alegria e dedicaćão a tua profissão e ao proximo. Era bonito de ver… espero que se tu tem vontade de voltar que volte e siga fazendo esse trabalho maravilhoso que tu fez aqui. Vou seguir te acompanhando de longe e esperando a segunda parte. Abração muito forte mas muito forte mesmo!

      Reply
      • Simone Gonçalves on April 9, 2018 5:41 am

        Oi Simone minha xará querida! Obrigada pelo seu comentario! A Dra. Limoné pediu para te dizer que assim que ela encontrar outro grupo de palhacos de hospital comecará a fazer as visitas no Brasil, para a nossa alegria! Viu que legal? O Mexico trouxe coisas tristes como qualquer lugar, mas tambem amores amore! Tem a parte 2 deste texto, nao perde viu? Te mando um abracao e obrigada pelo carinho!

        Reply

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