Para quem acompanha o BPM, deve ter lido que no mês de dezembro houve eleições para Presidente aqui na Espanha. O curioso é que até este mês ainda não está claro quem será o novo Presidente do país, porque para que se dê o resultado, o candidato deve ter uma maioria de votos e isto somente será possível através de acordos posteriores às eleições.
O atual momento da política espanhola é de incerteza. Há quatro partidos negociando e ainda não se chegou a nenhum consenso entre as partes.
Assim como a política e a economia brasileira está atravessando um momento bastante delicado, a Espanha também tem suas peculiaridades.
A política é a ferramenta através da qual se articula a economia (e outras áreas) de um país. São funções interdependentes entre si. Talvez por ter estudado Economia julgo que é algo mais palpável, já que se trata de uma ciência, ainda que também se defenda a ideia de que a primeira, por sua vez, também seja uma ciência. O fato é que a economia sempre esteve estreitamente relacionada à política de um país.
Pensando um pouco em política e em economia, me lembrei que em Madri existe uma entidade que representa a Ibero-América (Portugal, Espanha e América Latina) e oferece sempre alguns eventos e informação sobre este continente à sociedade.
A SEGIB é uma entidade direcionada e preocupada com assuntos da região Ibero-americana . Sua função principal é coordenar as Cumbres do bloco. É uma organização muito importante na relação política e econômica para todos os países membros.
Como março é o mês das mulheres e o BPM está abrindo o espaço para que falemos um pouco sobre as mulheres importantes do país onde moramos, não foi difícil relacionar este momento e me lembrar da Rebeca Grynspan, Secretária Geral da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB).
Rebeca nasceu na Costa Rica. Estudou Economia e atua ativamente na Política exercendo vários cargos de destaque em organizações importantes no mundo. É Secretária Adjunta da ONU (Organização das Nações Unidas) e Administradora Associada do Programa para o Desenvolvimento da instituição. Iniciou sua trajetória na SEGIB em 2014, depois que o anterior Secretário deixou o cargo.
A SEGIB tem um papel fundamental nesta nova consciência do bloco ibero-americano. É a entidade que representa este novo valor da América Latina com Portugal e Espanha. É onde cada país associado tem sua própria voz e pode se comunicar no seu próprio idioma sem sentir-se incômodo e ser compreendido.
Já participei de vários eventos da SEGIB e sempre que posso ainda participo. Rebeca sempre está presente na maioria deles. É uma pessoa muito simpática, receptiva e uma excelente anfitriã. Além disso, está muito comprometida com o trabalho que faz e tem consciência da importância dele para a Ibero-América. Uma mulher muito segura e com ideias claras, que entende os objetivos da entidade que representa e os desafios da região. Nota-se uma profissional muito apaixonada pelo que faz.
Como brasileira, estou muito satisfeita de o Brasil ter se juntado ao grupo de países que já vêm caminhando juntos na SEGIB, com a nossa nova representação na Espanha, o Embaixador Sr. Antonio Simões. É bom saber que teremos uma cadeira na primeira fila nos eventos que estão por vir e que teremos nosso lugar reservado em cada um deles.
E que poderemos contar com Rebeca Grynspan para representar, expressar, transmitir e difundir a todos nós o passado, presente e futuro da Ibero-América.
Para finalizar, independentemente de quem seja o novo Presidente da Espanha e os próximos cursos que seguirão a política e a economia brasileira, o que desejo e acredito que desejamos todos é que venham dias melhores, que nosso futuro esteja assegurado por políticos conscientes e capazes de dar o melhor de si para que ambos os países possam continuar se desenvolvendo. Que tudo siga adiante da melhor maneira possível e que a população possa ter uma vida digna.
Tanto o Brasil (país onde nasci) como a Espanha (país onde escolhi morar) são países com grandes potenciais, interessantes e importantes para o mundo. Dentro da minha perspectiva, o momento atual representa uma transição para uma próxima etapa. E esta nova etapa ainda não conhecemos e vai depender do que se defina neste período. O certo é que vai haver mudanças. O que nos resta fazer é acreditar que serão para melhores.
Quem já tem alguns anos de vida sabe que as melhores decisões são aquelas que chegam pouco a pouco e naturalmente. Decidir o futuro de um país não é uma lição fácil nem imediata. São necessários muitos processos até chegar ao resultado final.
O que fazem os momentos de crise é aflorar outras faltas e debilidades. E é a partir daí que se devem dar as mudanças, baseada em passos seguros e conscientes.