Muitas mulheres estão em busca de um amor verdadeiro e de viver um relacionamento duradouro. Porém, não tem que ser a todo custo. Muitas mulheres nesta procura, nunca se questionaram sobre sua auto-estima e de como a mesma pode estar interferindo negativamente em sua vida amorosa.
De que maneira a baixa auto-estima pode afetar seu relacionamento?
O cuidado com a nossa auto-estima favorece a construção e o desenvolvimento de um relacionamento saudável.
A baixa auto-estima está intimamente ligada a várias dificuldades emocionais que enfrentamos em nossos relacionamentos amorosos como: ciúmes, medo de intimidade, sentimento de inferioridade, sensibilidade aflorada, abuso, controle coercitivo e submissão.
Quando desenvolvemos a nossa auto-estima, aprendemos a nos posicionar de maneira diferente em nossos relacionamentos e ficamos menos inclinados a nos envolver em relacionamentos destrutivos ou sair de relacionamentos saudáveis. Mais ainda, adquirimos mais auto-confiança e auto-respeito e deixamos de aceitar comportamentos de outros que nos fazem mal.
O QUE É AUTO-ESTIMA?
No senso comum, poderíamos dizer que auto-estima é definida como “valorizar-se”, “respeitar-se”, “gostar de si mesmo”. Não estou dizendo aqui, que estas definições estão erradas, mas devemos entender que o conceito da auto-estima vai além disto. Falando de uma maneira simples, eu diria que é a soma do auto-conceito (crenças e pensamentos que formamos ao longo da vida de si mesmo) com o valor e sentimentos que temos de si mesmo.
Podemos ver muitos casos de mulheres que se envolvem com homens que a tratam mal ou que não a valorizam como deveriam. Muitas delas tem vários tipos de pensamentos que fazem com que permaneçam nesta situação como “Já estou na idade, ninguém mais vai me querer’ “O que vou fazer sozinha? Como vou conseguir ficar sozinha?” “Ele as vezes fica nervoso mas ele também me faz um agrado de vez em quando” “Quem mais vai me querer, bom que tenho um marido” “Ele é uma boa pessoa, só está nervoso”. Estes são exemplos de pensamentos de mulheres que estão com uma baixa auto-estima e que encontram justificativas para permanecer no relacionamento mesmo que sejam tratadas mal pelos companheiros.
De acordo com Branden (1998), a auto-estima apresenta dois componentes: sentimento de competência pessoal e o de valor pessoal, ou seja, é a soma da auto-confiança com o auto-respeito.
Os pensamentos desagradáveis que temos de si mesmo interfere na maneira como nos sentimos e comportamos no relacionamento, e do tipo de relacionamento que “atraimos” para a nossa vida. Por exemplo, os pensamentos como “Sou feia” “As outras garotas são mais bonitas que eu” “Estou gorda, ninguém vai gostar de mim” pode gerar sentimentos de tristeza e de insegurança, e consequentemente pode se comportar de forma ciumenta ou se esquivar de relacionamentos.
Estes pensamentos que são disfuncionais e crenças limitantes podem influenciar no nosso comportamento diante a vida amorosa. È o que acontece com muitas mulheres que se envolvem com homens que não lhe dão o devido valor, o amor, carinho e atenção. Persistem em relacionamentos como este por acharem que o pouco que recebe já é o bastante como se não fosse merecedora.
Isto vai variar de pessoa para pessoa, portanto um psicólogo pode ajudá-lo a identificar quais crenças, pensamentos e sentimentos sobre si mesmo podem estar relacionados com a sua baixa auto-estima e de que maneira te impede que viva um relacionamento saudável.
O QUE FAZER?
Existem muitas maneiras de se trabalhar a auto-estima, porém neste texto vou citar apenas uma delas.
Para aumentar a auto-estima, observe seus pensamentos. Perceba quais pensamentos negativos tem de si mesmo, anote em uma folha de papel e o analise criticamente. Por exemplo, você percebeu que pensa “eu nunca faço nada direito” “só falo besteira” “Eu não sou interessante”, depois que anotar estes pensamentos, questione-os utilizando frases como “Estes pensamentos são baseados em evidências ou são frutos da minha imaginação?” “Será que eles realmente são verdadeiros?”. Desconstrua estes pensamentos aos poucos e persista, por mais que eles voltem. A mudança da auto-estima acontece gradualmente como qualquer outra dificuldade emocional. É necessário disciplina e treino.
Procurando por psicólogas brasileiras pelo mundo?
Em resumo, trabalhar a auto-estima é essencial para estabelecer um relacionamento saudável com o seu parceiro ou para que se envolva com pessoas que podem agregar valor a sua vida, não destruir o seu valor. Mais ainda, quando desenvolvemos a nossa auto-estima enfrentamos a vida com mais confiança e otimismo. Consequentemente, expandimos a nossa capacidade de ser feliz em nosso relacionamento amoroso. Portanto, se posicione no seu relacionamento caso você perceba que seu companheiro não está te valorizando. Não é fazer isto brigando, mas sim demonstrando por atitudes que você não aceita ser colocada em uma posição submissa ou de desvalorização. Fazendo isto, vai se sentir melhor consigo mesma e vai fazer com que ele te valorize mais.
Caso faça isto e mesmo assim ele continue, deve refletir se o mesmo apresenta traços agressivos o que vai além de uma mudança de posicionamento de sua parte. Procure um profissional ou busque ajuda caso esteja passando por situações mais extremas como agressão física ou verbal, controle coercitivo, entre outros.
2 Comments
Olá
vivo em Lisboa, Portugal. Li atentamente a sua publicação mas. No meu caso há exemplos pouco comuns sobre o tema da baixa auto estima. Estive 7 anos num relacionamento com uma mulher com três filhos já adultos.Tenho 57 anos e a minha ex 53. Casou cedo para se livrar de um pai austero que faleceu há mais de 20 anos e a minha ex sentiu alivio pela morte do próprio pai, morreu de repente. Nunca amou o marido com que esteve 18 anos e conheceu-me 3 após o divorcio. esteve em alguns relacionamentos ruinosos e quando me chegou aos braços estava desfeita, apercebi-me da situação e aconselhei-a ir a um psicólogo.
Não sabia o que era um orgasmo, nem tinha vivido experiências para uma mulher de 45 anos na época.
Apercebi-me das dificuldades que tinha pela frente e não desisti. Fomos ultrapassando os obstáculos mas, ao longo destes 7 anos, interrogava-se muitas vezes, parava para pensar quase um vez por ano, no inicio uma semana, tinha medo que eu me fartasse. o tempo desses interregnos passaram para um mês ou dois.
Voltava sempre dizendo que era bom sentir saudades.
Tive problemas pessoais de varia ordem e ela dizia que esses problemas a cansavam, que eu trabalha muito. Que me ia dando sinais mas não abordava o tema cara a cara com poucas palavras.Até que um dia me liga a dizer que queria estar sozinha, depois que precisava de mais tempo e passados 3 meses porque foi pressionada por mim, disse finalmente que tinha deixado de acreditado na relação, mais foi dizendo que gostava de mim, que os sentimentos não tinham um botão para desligar, ficava furiosa quando lhe dizia que eu ia partir para uma nova vida etc…etc…
Um caso estranho, uma pessoa confusa e eu fiquei destruído por dentro.
Excelente artigo, o amor-próprio tem que vir em primeiro lugar. Para amar alguém é importante que estejamos de bem consigo mesma. Se amar primeiramente para assim poder amar alguém. Nós atraimos o que emitimos ao mundo.