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    Home»Suíça»Brasileiras na Suíça investem na sororidade contra a depressão
    Suíça

    Brasileiras na Suíça investem na sororidade contra a depressão

    Fabi MesquitaBy Fabi MesquitaSeptember 10, 20192 Comments5 Mins Read
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    Foto by unsplash
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    Setembro é o mês brasileiro da consciência em relação à depressão e prevenção ao suicídio. Nós da plataforma Brasileiras pelo Mundo, recebemos constantemente  “pedidos de socorro” de mulheres expatriadas que enfrentam, como efeito colateral da vivência em solo estrangeiro, frequentes sentimentos de solidão e inadequação que por vezes evoluem para depressão.

    De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) o número de casos de depressão cresceu 18% em dez anos, prevendo-se que até 2020, esta será a doença mais incapacitante do planeta.

    Para muitos pesquisadores, a depressão é considerada o mal do século. Sendo que o número de suicídios na atualidade, já configuram uma epidemia.

    Photo by Unsplash

    Embora não haja estudos específicos sobre número de casos de depressão e suicídio entre mulheres expatriadas, uma observação empírica nos leva a uma conclusão óbvia: a depressão tem “maltratado” muitas mulheres brasileiras imigrantes ao redor do mundo.

    Em todos os lugares onde vivi (cerca de cinco países diferentes) observei que no meu entorno, muitas brasileiras sofriam de depressão, ansiedade e síndrome do pânico.

    Leia também: A vida de expatriada me trouxe uma depressão horrível

    Eu mesma enfrentei tempos muito difíceis em alguns momentos da minha vida “longe de casa” e posso dizer que o mais difícil dessa doença é o estigma em torno dela.

    Sempre achei engraçado, que quando você tem câncer ou diabetes, ninguém fala para você se curar com pensamento positivo. Ninguém diz para você passear pela praia para a dor passar ou os níveis glicêmicos baixarem. Mas quando se sofre de depressão, todo mundo acha que tem uma boa resposta para resolver seu problema,

    Claro que pensamento positivo, alimentação e fé, influenciam na saúde das pessoas, mas doença é doença, tem que se tratar com seriedade. Não é frescura, falta de Deus ou necessidade de chamar atenção. A dor de quem sofre de depressão é real e merece atenção.

    Meu momento mais agudo em matéria de depressão aconteceu na Suíça. Para além de uma predisposição genética, enfrentei diversos gatilhos como deixar o trabalho pelo qual eu era apaixonada, cansaço em fazer novos amigos e abandoná-los (tive imensa dificuldade em fazer novos amigos na Suíça. Leia mais aqui) e o principal: não estava preparada para o interminável inverno de Genebra.

    Saí do Brasil no auge do verão, diretamente para um dos piores invernos da Suíça dos últimos anos.

    A primeira vez que vi a neve foi emocionante e poético observá-la caindo sobre as árvores. No entanto os dias foram passando e a neve não.

    Eu queria sair às ruas, mas o frio era insuportável.

    Onde a neve derretia, virava lama e sujeira, e por conta das baixas temperaturas, o comércio fechava ainda mais cedo do que de costume. Entre quatro e cinco da tarde.

    No Brasil quando faz frio ou chuva, todo mundo corre para os shoppings, mas em Genebra o shopping fecha cedo (por volta das seis da tarde então, se você trabalha, essa não é uma opção de lazer disponível) e não abre aos domingos. Na Suíça somos imensamente afetados pelo inverno e as limitações para viver ao ar livre.

    A falta de sol faz muita diferença para a nossa saúde, e mesmo muitas pessoas que nunca tinham enfrentado depressão em suas vidas, encararam a depressão sazonal, ocasionada pelo inverno e a falta de luz solar.

    Em Genebra, no verão, o sol brilha até cerca de dez da noite, no inverno o sol desperta por volta das nove e se põe por volta de cinco da tarde. Haja escuridão!

    Foi assim que eu enfrentei um dos piores episódios de depressão da minha vida, só que eu tive infraestrutura médica, afetiva e familiar. E quem não tem?

    Infelizmente, a maioria das mulheres brasileiras que vive em Genebra, não encontra o suporte necessário para enfrentar essa condição. Muitas dessas mulheres imigram sozinhas, não têm seguro de saúde e inúmeras enfrentam condições adversas de trabalho e moradia. Já ouvi diversas histórias de mulheres, que incapazes de reverter seu quadro depressivo e com vergonha de contar aos familiares no Brasil, sobre seu suposto “fracasso”, chegaram a tirar suas vidas.

    Claro que esses são casos mais extremos, mas não há como subestimar o que muitas de nossas compatriotas vivenciam.

    Pensando muito na condição destas moças, algumas das moradoras trouxeram essa questão para um grupo de apoio mútuo de mulheres brasileiras em Genebra. O grupo de WhatsApp congrega mulheres de Genebra que possuem as mais diferentes histórias de vida. De donas de casa a faxineiras, de funcionárias da ONU a cabelereiras, o grupo não faz distinção de pessoas.

    Ali todas são iguais, compartilhando do mesmo barco. Uma das moderadoras do grupo, Rafaela Pinheiro é uma referência para todas as mulheres que se mudam para o país. Idealizadora do grupo virtual Brasileiras na Suíça ela conecta brasileiras através de troca de informações e apoio entre pares.

    Agora Rafaela e outras compatriotas estão à frente de mais um projeto de extrema importância para as brasileiras na Suíça. A ideia é conectar essas mulheres com psicólogas e terapeutas, que prestem auxílio voluntário a brasileiras em situação de depressão ou vulnerabilidade emocional. Outra iniciativa é um espaço anônimo, onde mulheres podem expor seus problemas e pedir ajuda.        Paralelo a isso, seguem as atividades sociais, as trocas de informação, propostas de emprego e até apoio mútuo para o aprendizado de idiomas.

    A oferta de apoio psicológico vem como a “cereja do bolo” desse trabalho transformador, onde pratica-se o exercício da empatia e da sororidade feminina.

    Mulheres apoiando mulheres!

    Se você é psicóloga e se dispõe a oferecer parte do seu tempo para atender voluntariamente (pode ser online) brasileiras em situação de vulnerabilidade na Suíça, por favor, entre em contato: brasileirasnasuica@gmail.com

    Falar sobre o setembro amarelo é bom, mas promover saúde e vida o ano todo é ainda melhor.

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    Fabi Mesquita
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    Fabi é uma mulher de fibra, que carrega no coração o mundo inteiro. Jornalista e bailarina, tem mestrado em Educação, Arte e História da Cultura e é doutoranda em Antropologia, mas nem liga para esses títulos porque o que ela gosta mesmo é de estar no meio da moçada, promovendo Direitos Humanos e empoderamento popular. Atua com educomunicação e juventude desde que se entende por gente, e ganhou em 2015 o título de mulher inspiradora pelo coletivo feminista "Think Olga" que nomeia os destaques femininos em suas áreas de atuação. Fabi é consultora em comunicação e mobilização social e ja trabalhou para diversas agências das Nações Unidas, além do CDC de Atlanta, além de diversas ONGs e Fundos. Escreve para esse blog desde 2013. Ela tem rodinhas nos pés e asas nas costas. Talvez por isso alguns a chamem de fada. Não tentem descobrir de onde ela é, porque ela pertence a muitos lugares e ao mesmo tempo a nenhum. Essa aquariana de riso farto, tira leite de pedra por onde quer que vá. Saiu do Brasil para morar na Indonésia em pleno pós Tsunami sem falar nenhuma palavra de inglês, se virou bem e daí pras Filipinas e Vietnã. Fez uma pausa no Brasil e depois Suíça. Agora está em Myanmar. Por quanto tempo? Não se sabe. Ela segue à risca o conselho de Frida Kahlo que diz: Onde não puderes amar, não te demores...

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    2 Comments

    1. Yasmim on September 27, 2019 4:04 pm

      Olà Fabi td bem? Estou morando na Suìça a pouco tempo, em Montreux, porèm ja me sinto como fala no texto. Està mto dificl conviver e a mudança de habitos e saudade de pessoas no Brazil. Por mais q eu quisesse isso, agora estou um pouco arrependida. Estou sozinha e com medo ja do inverno q esta chegando. Mas imagino q seja sò o começo, poderia me colocar no grupo de whats app das mulheres de genebra, por favor? Agradeço desde jà e obgda pelas òtimas informaçoes!

      Reply
      • Fabi Mesquita on September 30, 2019 1:55 am

        Oi querida!!! Vai ficar tudo bem! Me manda um zap que te incluo +5561998714955

        Reply

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